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quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Excelente artigo de Ruy Guarany - Veiculado no site do correaneto.com

 Plebiscito e Separatismo

Impulsionado pela máquina pública do Estado e outros defensores do domínio absoluto, o plebiscito realizado no Estado do Pará, no último domingo, resultou na vitória do “NÃO”, frustrando o povo das regiões do Tapajós e Carajás, que votou em massa, a favor da divisão territorial do Pará. O resultado da eleição em Santarém e Sul do Estado mostra que o povo daquelas regiões distantes da capital, não vem recebendo a assistência do governo estadual e apostou na criação dos novos estados, como forma de pugnar por uma condição melhor de vida. A derrota do “SIM”, de início muito festejada pelo governador Simão Jatene-PSDB e seus aliados, igualmente defensores do atraso, deixou plantada a semente do separatismo, principalmente, no longínquo Município de Santarém, onde a prefeita decretou luto oficial de três dias, nem tanto, pela “morte” da idéia a favor da divisão, mas, sim, pela insensatez e descompromisso do tucanato paraense, com a nova realidade brasileira, que exige novas arrancadas em prol do desenvolvimento das regiões mais afastadas dos centros administrativos dominantes, que acabam deixando as populações em crescente convívio com o abandono e estagnação.

Observando-se as peculiaridades, verifica-se, que, mais do que Carajás, Tapajós oferece condições de desenvolvimento e emancipação, caso fosse criado o Estado. Santarém, hoje com mais de 300 mil habitantes, possui um porto moderno, que permite a atracação de navios de grande calado. Ligada por rodovia, ao Centro Sul, facilita o embarque de soja e outros produtos exportáveis. A sua localização, atrai muitos turistas interessados em assistirem o encontro das águas do Rio Amazonas, com o Rio Japajós, formando um espetáculo deslumbrante. Outros Municípios que ficariam no Estado, poderiam influir no desenvolvimento do Sul do Amapá, precisamente a região do Jarí. Talvez, mais cedo do que se poderia esperar, Tapajós e Amapá se completariam, incentivados por grandes projetos, com benefícios para os dois estados.
A vitória do “NÃO” criou um movimento separatista, que tende aumentar, obrigando o Congresso Nacional a aprovar uma emenda constitucional, que permita a criação dos dois estados, sem a necessidade de consulta popular, que, em se tratando de eleição, sofre a influência do poder econômico e da máquina pública.  

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