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terça-feira, 13 de agosto de 2013

ASSENTADOS REIVINDICAM MELHORIAS SERVINDO FEIJÃO EM FRENTE AO INCRA

Assentados ameaçaram permanecer acampados em frente ao Incra até reunião com a direção da instituição (Foto: Reprodução/TV Amapá)
Assentados ameaçaram permanecer acampados
em frente ao Incra (Foto: Reprodução/TV Amapá)

Assentados cobram liberação de créditos e retomada do 'Luz para Todos'.
Incra recebeu manifestantes para ouvir as demandas.

Cerca de 70 pessoas de 14 assentamentos do Amapá mobilizaram-se na manhã desta segunda-feira (12), no prédio do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária no Amapá (Incra/AP). Com redes atadas, caixas de som e distribuição de feijoada, os assentados acamparam nas dependências do prédio para entregar demandas dos 45 assentamentos do estado ao órgão.
Sob a ameaça de permanecerem no local por tempo indeterminado, os manifestantes foram recebidos pela direção do Incra, que ouviu as principais reivindicações dos assentados. A liberação de créditos para a construção de casas nos assentamentos, a retomada das obras do ‘Luz Para Todos’ e reparos em estradas e ramais que dão acesso às respectivas comunidades, foram as demandas apresentadas pelas famílias rurais.
Assentada distribuindo feijão durante protesto em frente ao Incra, no Amapá (Foto: Reprodução/TV Amapá)
Assentada distribuindo feijão durante protesto
em frente ao Incra, no Amapá
(Foto: Reprodução/TV Amapá)

Um dos membros da comissão formada pelos assentados, Rogério Chucre, 27 anos, mora no assentamento de Maracá, no município de Mazagão, a 32 quilômetros da capital. Ele diz que a principal reivindicação das famílias dessas áreas é referente à liberação de créditos de habitação para construção ou reforma de casas na comunidade, o que foi paralisado pelo Incra há 15 dias, provocando problemas a alguns beneficiários.
“O Incra tirou todos esses créditos que estavam em contas de associações. Com isso, muitos assentados que fizeram suas casas ou ainda estavam construindo, tiveram o recurso devolvido, o que não deu para pagar a mão-de-obra, por exemplo”, destacou Rogério Chucre.
Representantes do Incra ouviram as reivindicações dos assentados (Foto: Abinoan Santiago/G1)
Representantes do Incra ouviram as reivindicações
dos assentados (Foto: Abinoan Santiago/G1)
De acordo com a superintendente do Incra no Amapá, Maria Assunção Giusti, o crédito aos assentados foi paralisado por causa de uma readequação na liberação dos recursos. O apoio inicial de crédito é de R$ 3,2 mil para cada assentado.
“Os créditos passam por uma mudança de aplicação sugerida pela CGU [Controladoria Geral da União]. Agora, as associações não aplicarão mais os recursos, e sim, cada assentado vai ter uma conta própria para recebê-los”, explicou Maria Giusti.
O Incra Amapá acredita que até o fim de agosto, o crédito seja regularizado por causa da demora na abertura de contas correntes para cada assentado. Atualmente, o Amapá possui 18 mil pessoas vivendo em 45 assentados distribuídos no estado.
Sobre as obras do ‘Luz Para Todos’, a superintendente do Incra afirmou que o órgão enviará um relatório a Brasília sobre o andamento das obras do programa do Governo Federal no Amapá.
Quanto às estradas, o Incra garante a reparação do ramal do Cassiporé e Carnot, em Calçoene, a 374 quilometros de Macapá, com investimento de R$ 5 milhões. "Temos vários assentamentos, mas devemos escolher prioridades”, acentuou Maria Giusti.

Fonte: g1.globo.com

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Vitória do Jari Promove Movimento em favor da Paz

Idealizadores do movimento, Rosa Malena, Adirei Furtado e Gracy Andrade (Foto: Fabíola Gomes/ G1)
Idealizadores do movimento: Rosa Malena, Adirei
Furtado e Gracy Andrade (Foto: Fabíola Gomes/ G1)
 Acadêmico de Biomedicina levou uma facada em uma praça do município. Movimento cobra melhorias nas áreas de segurança pública e saúde.
Moradores do município de Vitória do Jari, a 300 quilômetros de Macapá, no extremo sul do estado do Amapá, criaram o "Movimento Viva Andreson", com o objetivo de chamar a atenção do poder público para a falta de segurança e saúde para a população.
O movimento foi criado após o assassinato do jovem Andreson Maxson de Lima Andrade, 28 anos, no dia 20 de julho, na praça Beira Rio, em Vitória do Jari. O acadêmico de Biomedicina passava pelo local quando foi surpreendido por um homem que desferiu-lhe uma facada na região do peito. 
Segundo o pai de Andreson Maxson, Adirei Andrade, o jovem foi vítima da falta de segurança no município. "Ele estava próximo de casa quando foi atingido. Chamamos a polícia, mas não conseguimos achar o suspeito no momento do acontecido. Depois levamos ele para ser socorrido, mas não tinha médico no município. Atravessamos para Laranjal do Jari, mas ele não resistiu e morreu no caminho", lamentou Andrade.
Ele informou que o movimento tem ganhado força. "Ganhamos mais adeptos, famílias que  tiveram parentes vítimas da falta de segurança e saúde também nos procuraram, além de presidentes de associações de bairros, lideranças evangélicas e católicas", discriminou.
Uma caminhada foi realizada no dia 26 de julho, com saída no bairro São Pedro, em direção à quadra da Escola Munguba do Jari, onde foi realizado um culto ecumênico de sétimo dia do falecimento de Andreson Maxson. "Conseguimos reunir cerca de 2 mil pessoas, todos com camisas e bandeiras brancas pedindo paz para o nosso município", falou a mãe da vítima, Rosa Malena.
Os moradores de Vitória do Jari solicitaram uma audiência pública na Assembleia Legislativa do Amapá, para o dia 15 de agosto, para discutir as problemáticas referentes à saúde e segurança pública.