País tem 13,9 milhões de brasileiros que não sabem ler e escrever, segundo Censo IBGE/2010. A região com maior índice de analfabetismo é o Nordeste
Ler ou escrever um bilhete simples ainda não é
tarefa possível para 13,9 milhões de brasileiros (ou 9,6% da população) com mais
de 15 anos, segundo dados do Censo Demográfico 2010 publicados nesta
quarta-feira, dia 16, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE). A taxa, embora represente uma redução no índice de analfabetismo em
relação ao levantamento de 2000, que era de 13,6%, mostra que o País ainda
precisa alfabetizar 9,7 milhões de pessoas para alcançar a meta do Plano Nacional de Educação e acordada com a ONU
para 2015, de ter apenas 6,7% de analfabetos.
Se consideradas na amostra as crianças com mais de 10 anos, idade em que elas
já deveriam estar alfabetizadas, a taxa reduz um pouco, para 9% da população ou
14,6 milhões de pessoas sem saber ler e escrever. Entre as crianças entre 10 a 14 anos, em
2010, havia 671 mil não alfabetizados, uma taxa de 3,9%, e entre os jovens que
têm de 15 e 19 anos chega a 2,2%.
Assim como nos últimos levantamentos sobre a alfabetização dos brasileiros,
os maiores índices de analfabetos aparecem entre os mais velhos, da zona rural,
nas regiões Nordeste e Norte.
Entre os que têm mais de 65 anos, a taxa chega a 29,4%. Na área urbana, de
2000 para 2010 o índice de pessoas de 15 anos ou mais sem ler e escrever caiu de
10,2% para 7,3%, mas na área rural ainda é de 23,2% (antes era 29,8%). O
Nordeste tem 19,1% de analfabetos, seguido da Região Norte, com 11,2%. Em ambas
as regiões aconteceu o mesmo que no resto do Brasil, o analfabetismo diminuiu:
em 2000, era de 26,2% e 16,3%, respectivamente.
As regiões Sul, 5,1% de analfabetos, e Sudeste, 5,4%, apresentam índices já de acordo com a meta brasileira para 2015. Se forem considerados os Estados, a menor taxa do País é a do Distrito Federal, com 3,5%, e a maior é a de Alagoas: 24,3%.
As regiões Sul, 5,1% de analfabetos, e Sudeste, 5,4%, apresentam índices já de acordo com a meta brasileira para 2015. Se forem considerados os Estados, a menor taxa do País é a do Distrito Federal, com 3,5%, e a maior é a de Alagoas: 24,3%.
Renda x alfabetização
A renda é dos fatores que influenciam diretamente o nível de alfabetização do
brasileiro. Levando-se em conta as pessoas com mais de 10 anos sem rendimento ou
ganhando até um quarto do salário mínimo per capita, a taxa de analfabetismo é
de 17,6%. No entanto, entre os que têm rendimento domiciliar por pessoa de 1 a 2
salários mínimos, essa taxa cai para apenas 3,5%, chegando a 1,2% entre os que
ganham de 2 a 3 salários e quase zerando nos que recebem mais de 5 salários
(0,4%).
Fonte: Tatiana Klix IN: ultimosegundo.ig
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