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segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Anonimato favorece crescimento do bullying virtual

O bullying, nome dado à prática de agressões físicas e psicológicas contra jovens, especialmente crianças, avança para sua versão digital, o chamado cyberbullying. Protegidos pelo anonimato, adolescentes ridicularizam e humilham colegas pela internet, causando danos importantes ao desenvolvimento da vítima. O problema é mais frequente entre colegas de escola.
Segundo pesquisa da ONG Plan Brasil, especializada em direitos infantis, 10% dos 5.168 entrevistados já sofreram ou praticaram a agressão. O estudo mostra, ainda, que aproximadamente 35% dos alunos já vivenciaram o cyberbullying.
O estudante G.D., 16, afirma já ter praticado bullying com alguns colegas de escola. “Eu fazia brincadeiras porque meu status entre os outros meninos ficava maior, eu era reconhecido no colégio”, disse.
Em outra avaliação, conduzida pela ONG SaferNet Brasil, apenas 191 dos 732 professores brasileiros analisados admitiram saber de casos de exposição de jovens na internet. O baixo conhecimento dos educadores sobre este tipo de agressão mostra que esses profissionais pouco podem fazer para evitar os abusos virtuais.
De acordo com a diretora educacional Marta Marchetti, como as agressões são feitas pela internet, fica difícil acompanhar e intervir. “Podemos controlar o bullying, que é praticado dentro da sala de aula, mas não temos acesso ao ambiente online. O que a escola faz é conversar com os pais dos agressores para que eles tenham conhecimento do fato”, afirmou.
Os brasileiros passam muito tempo conectados à internet, superando a média mundial de 11 horas por semana. Uma pesquisa, feita em 2010 pela empresa de segurança digital Symantec, mostrou que os adolescentes no Brasil passam cerca de 18 horas semanais em frente ao computador.

Bullying real

Não é só pela web que as agressões aumentam. Assista no vídeo abaixo à reportagem sobre ataques feitos pessoalmente, que continuam acontecendo entre as crianças e adolescentes nos colégios.

Dicas de especialista

As crianças precisam de proximidade com a escola e com os responsáveis para que se sintam à vontade para falar sobre o problema. Confira no podcast abaixo dicas do psicólogo Fábio Menezes para lidar e evitar as práticas de cyberbullying e bullying.


*Reportagem foi produzida por alunos do curso de Jornalismo da Universidade Metodista de São Paulo.

Fonte: noticias.bol.uol.com

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