É bom que se diga que nem todos os políticos amapaenses são corruptos, mas grande parte deles estiveram envolvidos em escândalos de corrupção e desvio de dinheiro público nos útimos tempos.
Um dia depois de um programa da emissora de televisão globo exibir a reportagem "Persistência de uma professora leva alunos aos EUA", (a reportagem poderia se chamar "Um exemplo para Vida) sobre a luta da professora Elizabete Rodrigues e dos alunos Adymailson e Thisiane para participar de uma feira científica nos EUA, o que nos encheio de orgulho, outro programa vespertino noticiou mais um escândalo de desvio do dinheiro pública na Assembleia Legislativa do Amapá. Vergonha, revolta e indignação.
Acredito que o povo amapaense vai acordar desse pesadelo e dar o troco a partir das próximas eleições. O exemplo da professora Elizabete e outros que não são divulgados pela mídia nos deixa otimistas quanto a isso.
Leia a notícia
A Assembleia Legislativa do estado já foi alvo de investigação em 2010. Pelo que foi visto, nada mudou.
Em um esquema de corrupção denunciado pelo Ministério Público do Amapá, a Assembleia Legislativa do estado já foi alvo de investigação e, pelo que foi visto, nada mudou.
Prédio da AL do Amapá |
Quase um ano e meio depois da Operação Mãos Limpas, pouca coisa mudou
no Amapá. A assembléia legislativa é alvo de oito inquéritos do
Ministério Público. “As práticas ainda permanecem. Pelo menos, os
indícios indicam isso”, afirma o promotor Afonso Guimarães, do MP do
Aamapá.
O estado ainda tenta se recuperar politicamente do escândalo revelado
em 2010, que levou à prisão mais de 18 pessoas, entre elas o
ex-governador Pedro Paulo e o ex- presidente do Tribunal de Contas, José
Juluo de Miranda Coelho. O esquema de desvio de dinheiro público em
licitações e contratos superfaturados passou de R$ 100 milhões.
A cidade Santana fica a 30 quilômetros de Macapá.
Segundo o registro na Junta Comercial, a sede da empresa MFX fica em
uma rua, mas os moradores dizem que a empresa não funciona no local.
Bom Dia Brasil: O senhor já ouviu falar da MFX?
Morador: Eu nunca ouvi falar. Aqui não.
Morador: Eu nunca ouvi falar. Aqui não.
A MFX oferece mão de obra temporária para execução de obras, mas ela
já foi contratada pela assembleia legislativa para acompanhamento do
deputado Moisés Souza.
Em 2010, a Polícia Federal
constatou que a MFX não funcionava no endereço registrado nem tinha
funcionários. Mesmo assim, quatro meses depois do início da operação, a
empresa recebeu mais de R$ 800 mil da assembleia. Os pagamentos foram
feitos nos dias 21 e 25 de janeiro, como descobriu a investigação do
Ministério Público.
Nos mesmos dias, extratos bancários mostram que pelo R$ 360 mil foram
repassados a Ana Margarida Marques, ex-assessora do deputado estadual
Moisés Souza. Desde fevereiro de 2011, ele é o presidente da assembleia.
Ana Margarida não atendeu às ligações do Bom Dia Brasil.
Outra empresa que não funciona onde deveria é a Cootram, de aluguel de veículos.
Bom Dia Brasil: Aqui já funcionou alguma cooperativa de transporte?
Vizinho: Funcionou. Está desativada há mais de seis meses. O cara não veio aqui nem para desocupar o prédio.
Vizinho: Funcionou. Está desativada há mais de seis meses. O cara não veio aqui nem para desocupar o prédio.
A Cootram recebeu da assembleia legislativa mais de R$ 3,3 milhões
entre abril e novembro do ano passado. Se esse dinheiro fosse usado para
comprar carros novos de R$ 40 mil, cada um dos 24 deputados teria três
veículos à disposição.
O diretor financeiro da Cootram, Sidney Gonçalves, diz que está
surpreso com os valores pagos à cooperativa e que ela está no vermelho
desde 2010: “Eu, como diretor financeiro, não tinha conhecimento desse
fato ocorrido”.
Nós estivemos também no prédio que pertence à família do deputado
Eider Pena. No local, trabalham os funcionários da área administrativa
da assembleia. O valor do aluguel é de R$ 20 mil por mês. Por telefone, o
deputado Eider Pena negou ilegalidade: “Ético não é ilegal. Eu quero
trabalhar a ilegalidade. Eu quero que você me mostre onde está a
ilegalidade”.
O presidente da assembleia, Moisés Souza, diz que fez tudo dentro da
lei: “Inclusive o que você está me falando eu vou determinar apuração
agora e mandar documentos para vocês”.
Mas, na última terça-feira, a casa dele foi alvo de busca e
apreensão, parte de uma operação do Ministério Público, o que reforça a
suspeita de gastos irregulares da assembleia do Amapá. No momento da
operação, os deputados abriram uma CPI para investigar o Ministério
Público Estadual. “O que nos causa estranheza é que foi após a busca e
apreensão que os deputados se reuniram para investigar a instituição”,
declara a promotora Ivana Cei, do Macapá.
Nossos repórteres tentaram falar na empresa MFX , mas ninguém atendeu os telefones.
Fonte: g1.globo.com
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