Meta polêmica que trata do investimento em educação ainda não foi apresentada pelo relator na Câmara
A sessão da comissão especial que analisa o Plano Nacional de Educação (PNE)
 foi suspensa por volta das 18h desta terça-feira sem que a leitura do 
texto tenha sido concluída. O relator Angelo Vanhoni (PT-PR) conseguiu 
apresentar até a meta 10 (de um total de 20) da proposta que define 
diretrizes para a educação brasileira na próxima década e deverá 
continuar nesta quarta-feira, às 14h30min.  
Segundo o presidente da comissão, deputado Lelo Coimbra (PMDB-ES), a 
votação do novo parecer de Vanhoni – uma complementação de voto – deverá
 ocorrer no dia 12. O item mais polêmico da proposta é a meta que define
 o percentual do Produto Interno Bruto (PIB) do País a ser aplicado no 
setor e consta na meta 20, a última do texto.
O presidente da Campanha Nacional pelo Direito à Educação avalia que o
 texto do projeto está bom, mas está preocupado com a tramitação da 
proposta. Segundo Daniel Cara, o governo está fazendo uma operação 
tartaruga para não aprovar o investimento de 10% do PIB para a educação,
 índice defendido por movimentos sociais e entidades educacionais. O 
governo até agora acenou apenas com 7,5%. Hoje, União, Estados e 
municípios aplicam, juntos, cerca de 5% do PIB diretamente na área.
Mesmo que o texto-base do relatório seja aprovado nesta quarta, ainda
 será necessário votar os destaques ao parecer, que somavam 150. Na 
complementação de voto, o relator agregou parte deles ao texto.
O diretor de relações institucionais da União Nacional dos Estudantes
 (UNE), André Vitral, avalia que o PNE está redondo, mas se preocupa com
 a meta sobre o financiamento da educação, que nem chegou a ser 
discutida. “A questão que está pegando é a porcentagem do PIB. 
Defendemos 10% para a educação e nossa pressão é para que seja votado 
tudo amanhã, mas há um imbróglio dentro do próprio governo em relação a 
este ponto. É provável que os deputados não cheguem a um acordo”, 
declarou.
Estão em jogo no projeto metas
 para todos os níveis de ensino, da creche à pós-graduação, os 
indicadores de qualidade da educação, as perspectivas de aumento da 
remuneração dos professores e de qualificação do corpo docente, os 
critérios para o ensino de jovens portadores de necessidades especiais, 
entre outros pontos.
 Fonte: ultimosegundo.ig.com.br
 
 
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