O Ministério Público Federal (MPF) encaminhou ofício ao Ministério da
Saúde em que recomenda a adoção de medidas para solucionar o problema da
insuficiência de médicos na rede pública de saúde dos estados do Amapá,
Maranhão, Pará, de Rondônia e do Tocantins. Além disso, o documento
pede melhorias nas condições de trabalho dos profissionais do setor.
Pesquisa feita pelo Conselho Federal de Medicina e Conselho Regional de
Medicina de São Paulo (Cremesp), em 2011, aponta a Amazônia Legal, onde
estão os estados notificados, como a região mais carente do país em
números de profissionais de saúde em relação ao número de habitantes.
Enquanto a média nacional é de 3,33 profissionais a cada mil moradores,
na Amazônia Legal a taxa chega a 1,86 médico para cada mil habitantes.
Apesar de a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendar a existência
de, no mínimo, um profissional para cada mil habitantes, estados como o
Amapá, Pará e Maranhão não chegam a ter nem esse mínimo.
Para o MPF, é necessária providências urgentes, sobretudo para
atendimento à população do interior, e para isso devem ser levadas em
consideração ''as peculiaridades locais, como o espaço geográfico e a
acessibilidade às localidades na Amazônia Legal, fiscalizando a
realização da política pública de manutenção de profissionais da
medicina nos estados e municípios''.
O Ministério Público Federal ressalta que tem conhecimento de medidas
para melhorar o atendimento como a implantação de unidades de Saúde da
Família Fluviais e do Programa de Valorização dos Profissionais na
Atenção Básica, mas que tais ações ''não estão sendo suficientes para o
seu enfrentamento, milhões de pessoas continuam não tendo o acesso a
médicos''.
De acordo com a Procuradoria da República no Pará, caso o Ministério da
Saúde não encontre uma solução para o problema, o MPF poderá adotar
medidas judiciais. O ministério informou que ainda não recebeu a
recomendação do Ministério Público e que só comentará o caso após ser
notificado oficialmente.
Fonte: noticias.terra.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário