Em recente e interessante matéria, a revista Veja publicou o
primeiro ranking dos estados, mostrando quais os que estão melhores
preparados para receber o fluxo recorde de investimento estrangeiro que
chega ao país graças à estabilidade econômica interna e à proximidade da
Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016.
O indicador
elaborado pela Unidade de Inteligência da revista Economist analisa 25
indicadores em oito categorias para formar o ranking dos melhores locais
para investir. O Maranhão ficou classificado em 24° lugar (entre 27)
com 26 pontos, ocupando a última colocação entre os moderados. Os 26
pontos do estado estão muito longe da média nacional de 41,3 pontos e a
distância abissal de São Paulo, que foi o primeiro do ranking com 77,9
pontos. Atrás de nós, somente o Acre com 24,7; Amapá com 20,5 e Piauí
com 19,3 pontos, classificados como muito ruins, mas guardando pequena
diferença para o Maranhão.
Será coincidência a péssima colocação do Maranhão e do Amapá, estados dominados pelo senador José Sarney?
Observando-se os itens isoladamente, o Maranhão teve classificação
'Ruim'. A pior, em Infraestrutura, Recursos Humanos, Regime Tributário e
Regulatório e em Inovação, merecendo a classificação de Moderado apenas
em Ambiente Econômico, em Políticas Para Investimento Estrangeiro,
assim como em Sustentabilidade e teve a classificação de Bom apenas em
Ambiente Político, certamente pela força política da oligarquia no país,
embora nenhum benefício à população tenha resultado desse poder (José
Sarney inclusive exerceu a Presidência da República por cinco anos). É
digno de nota que o senador José Sarney e a oligarquia proclamam sempre
que o Maranhão tem uma excelente infraestrutura, uma das melhores do
país, e em recursos humanos, fundamental para o desenvolvimento e à
atração de empresas, São Paulo tem 97,3 e o Maranhão apenas 8,3. A
classificação é Ótimo, Bom, Moderado e Ruim. Estamos cada vez piores...
Assim, depois de três anos do melhor governo de Roseana, o Maranhão vai
se consolidando como um dos últimos estados do país em qualquer
indicador que se queira usar, tanto social quanto econômico. Esse tempo
de faz-de-conta que Roseana Sarney inaugurou no Maranhão não resiste a
qualquer análise mais séria realizada por qualquer instituição
respeitável.
E agora cai uma das mais caras mistificações para a
oligarquia – a da crença de que os seus representantes defendiam o
Maranhão e o Brasil, e eram muito importantes para o estado. 'Ruim com
eles, pior sem eles', ouvia-se.
A mesma edição da revista Veja
que comentei acima mostra o resultado de um trabalho de observação e
análise dos parlamentares das duas casas do Congresso realizados pela
revista que, para tanto, se juntou ao Núcleo de Estudos sobre o
Congresso do Rio de Janeiro e também com o Instituto de Estudos Sociais e
Políticos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (IESP-UERJ).
Essas instituições se aliaram para estudar o Ranking do Progresso e
classificaram deputados federais e senadores com base em seu ativismo
legislativo em favor de um Brasil mais moderno e competitivo. Eles
aferiram como os parlamentares se posicionaram com palavras e votos em
relação a questões vitais em tramitação nas duas casas do Congresso.
Identificaram-se oito grandes eixos: Carga tributária menor e sistema
tributário mais simples; Infraestrutura; Qualidade da gestão pública;
Combate à corrupção; Qualidade da educação; Marcos regulatórios estáveis
aplicados com transparência por agências independentes; Diminuição da
burocracia; Equilíbrio entre os três poderes.
O resultado da
análise mostrou que, do Maranhão, dois deputados federais da oposição e
um ligado ao governo ficaram entre os 30 melhores avaliados - são 513
deputados - e nenhum senador, nem do Maranhão, tampouco do Amapá.
O deputado Carlos Brandão fez um trabalho tão bom que mesmo estando
licenciado há vários meses, foi um dos distinguidos. Outro foi o
deputado Hélio Santos - da região tocantina - que exerce o primeiro
mandato. O único ligado ao governo que entrou na lista, é Gastão Vieira,
este com vários mandatos e muito experiente, e que agora exerce o cargo
de Ministro do Turismo. É de observar que 14 deputados federais fazem
parte do grupo do governo e apenas quatro são da oposição.
Contudo, impressionante mesmo é que, embora detendo enorme poder de
barganha e força e influência com o governo, ninguém (mas ninguém
mesmo!) da família Sarney, entre deputados e senadores, nem do Maranhão,
nem do Amapá, aparece na lista. E então, o que fazem de bom para o
Maranhão? Essas três entidades esmiuçaram tudo, mas não conseguiram
achar...
Assim, soube que Gastão Vieira, embora tivesse o que
comemorar e fosse natural que o fizesse, foi proibido de fazer qualquer
divulgação, a fim de não chamar mais a atenção dos maranhenses para a
ausência dos bambas da família Sarney na lista… Aguenta Gastão, tem que
se curvar!
Amapá e Maranhão, bem, deixa para lá…
Enquanto
Roseana Sarney persegue o prefeito Castelo dia e noite, ela se esquece
das dificuldades dos que moram na capital. São Luís poderia hoje estar
com muitos dos seus problemas resolvidos, se ela não tivesse tentado
tomar os recursos que Jackson Lago conveniou com Castelo, antes dela
usurpar o poder, respeitando a vontade daquele que a venceu nas eleições
de 2006. As obras conveniadas eram todas muito importantes e a
tentativa de tomar o dinheiro, que nunca foi dela, representou uma
agressão aos maranhenses. Tomou o mandato de Jackson e, não satisfeita,
não quer permitir que importantes realizações que o ex-governador deixou
conveniadas sejam realizadas. Dupla agressão à memória de Jackson Lago
que ela devia respeitar.
Em troca, resta-nos o imobilismo
administrativo que vai deixando o estado cada vez mais para trás no
ranking dos estados brasileiros.
Fonte: jornalpequeno.com.br
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