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terça-feira, 31 de janeiro de 2012

O Amapá deverá ser integrado ao SIN e exportar energia elétrica

O Amapá irá exportar energia elétrica para outros Estados, de acordo com a diretoria executiva da Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA). Isso será possível a partir da interligação do Estado ao Sistema Integrado Nacional (SIN), por meio do Linhão de Tucuruí. Empreendimento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Federal, que vai possibilitar a redução do consumo de combustíveis nos parques termelétricos da Amazônia e o recebimento de energia gerada por hidrelétrica, denominada de energia “limpa”.
Duas empresas ganharam o leilão de nº 004 de junho de 2008, realizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O leilão foi dividido em lotes, sendo a empresa espanhola Isolux vencedora da concessão dos dois lotes iniciais A e B. O lote C foi arrematado pelo consórcio Amazonas, liderado pela Eletronorte. As obras compõem o empreendimento denominado Linhão Tucuruí-Manaus-Macapá, que terá 1.829 Km de extensão.
De acordo com o engenheiro civil, Marcos Rodrigues, assessor da Diretoria Técnica da CEA, as obras teriam o prazo inicial de até 36 meses para a conclusão dos trabalhos, porém, demora na autorização das licenças ambientais, responsabilidade das próprias empresas, atrasou o cronograma das obras.
“De fato o contrato foi assinado no final de 2008 e a ISOLUX pretendia conseguir as licenças no decorrer do ano de 2009, mas isso não aconteceu, atrasando um pouco as obras. O inicio de operação dessa linha estava previsto inicialmente para final de 2011, hoje tem como data provável julho de 2013”, explicou o engenheiro da CEA.
Marcos disse ainda que a interligação será composta por sete linhas de transmissão e oito subestações, das quais sete são totalmente novas, onde as empresas deverão investir para ter remuneração ao longo do tempo. Quer dizer, Governo Federal, Governo do Estado e CEA estão isentas de qualquer investimento, ou seja, as próprias empresas são responsáveis pelo total do que será investido.
O potencial hidrelétrico do Amapá é outro atributo que fortalece a tese de exportação de energia elétrica, pois o Estado tem possibilidade de gerar cerca de 1.000 MW de energia, sendo que atualmente é aproveitado apenas 78 MW, através da Hidrelétrica Coaracy Nunes, no rio Araguari.
Existem mais dois aproveitamentos em fase de construção que é a UHE Ferreira Gomes, que terá mais de 252 MW de energia, também localizada no rio Araguari, e a UHE Santo Antonio, com 300 MW, sendo construída no rio Jarí.
Além desses, o aproveitamento denominado UHE Cachoeira do Caldeirão encontra-se em fase avançada de estudos, com 134 MW, devendo fazer parte do próximo leilão A-5 da ANEEL, para entrega de energia a partir do ano de 2017.
Conclui-se que esse conjunto de hidrelétricas, terá no médio prazo, final do ano de 2016, capacidade para gerar 764 MW, ultrapassando as necessidades para consumo de energia do Estado do Amapá, previstos para alcançar aproximadamente 314 MW.
“Assim como a gente poderá receber energia de Tucuruí, através do SIN, poderemos também seguir o fluxo contrário, sendo exportadores de energia para outros Estados”, concluiu otimista Jucicleber Castro, Diretor Técnico da CEA.

Tina Sanches
Ascom/CEA

 Fonte: www.correaneto.com.br

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