O Amapá irá exportar energia elétrica para outros Estados, de acordo 
com a diretoria executiva da Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA). Isso
 será possível a partir da interligação do Estado ao Sistema Integrado 
Nacional (SIN), por meio do Linhão de Tucuruí. Empreendimento do 
Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Federal, que vai 
possibilitar a redução do consumo de combustíveis nos parques 
termelétricos da Amazônia e o recebimento de energia gerada por 
hidrelétrica, denominada de energia “limpa”. 
Duas empresas ganharam o leilão de nº 004 de junho de 2008, realizado
 pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O leilão foi 
dividido em lotes, sendo a empresa espanhola Isolux vencedora da 
concessão dos dois lotes iniciais A e B. O lote C foi arrematado pelo 
consórcio Amazonas, liderado pela Eletronorte. As obras compõem o 
empreendimento denominado Linhão Tucuruí-Manaus-Macapá, que terá 1.829 
Km de extensão. 
De acordo com o engenheiro civil, Marcos Rodrigues, assessor da 
Diretoria Técnica da CEA, as obras teriam o prazo inicial de até 36 
meses para a conclusão dos trabalhos, porém, demora na autorização das 
licenças ambientais, responsabilidade das próprias empresas, atrasou o 
cronograma das obras. 
“De fato o contrato foi assinado no final de 2008 e a ISOLUX 
pretendia conseguir as licenças no decorrer do ano de 2009, mas isso não
 aconteceu, atrasando um pouco as obras. O inicio de operação dessa 
linha estava previsto inicialmente para final de 2011, hoje tem como 
data provável julho de 2013”, explicou o engenheiro da CEA.
Marcos disse ainda que a interligação será composta por sete linhas 
de transmissão e oito subestações, das quais sete são totalmente novas, 
onde as empresas deverão investir para ter remuneração ao longo do 
tempo. Quer dizer, Governo Federal, Governo do Estado e CEA estão 
isentas de qualquer investimento, ou seja, as próprias empresas são 
responsáveis pelo total do que será investido.
O potencial hidrelétrico do Amapá é outro atributo que fortalece a 
tese de exportação de energia elétrica, pois o Estado tem possibilidade 
de gerar cerca de 1.000 MW de energia, sendo que atualmente é 
aproveitado apenas 78 MW, através da Hidrelétrica Coaracy Nunes, no rio 
Araguari. 
Existem mais dois aproveitamentos em fase de construção que é a UHE 
Ferreira Gomes, que terá mais de 252 MW de energia, também localizada no
 rio Araguari, e a UHE Santo Antonio, com 300 MW, sendo construída no 
rio Jarí. 
Além desses, o aproveitamento denominado UHE Cachoeira do Caldeirão 
encontra-se em fase avançada de estudos, com 134 MW, devendo fazer parte
 do próximo leilão A-5 da ANEEL, para entrega de energia a partir do ano
 de 2017. 
Conclui-se que esse conjunto de hidrelétricas, terá no médio prazo, 
final do ano de 2016, capacidade para gerar 764 MW, ultrapassando as 
necessidades para consumo de energia do Estado do Amapá, previstos para 
alcançar aproximadamente 314 MW. 
“Assim como a gente poderá receber energia de Tucuruí, através do 
SIN, poderemos também seguir o fluxo contrário, sendo exportadores de 
energia para outros Estados”, concluiu otimista Jucicleber Castro, 
Diretor Técnico da CEA.
—
Tina Sanches
Ascom/CEA
Tina Sanches
Ascom/CEA
 Fonte: www.correaneto.com.br
 
 
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