O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, voltou a defender nesta 
terça-feira a destinação de 100% dos royalties do petróleo para o setor,
 em audiência na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados. "A 
presidenta ainda não definiu sobre a questão, e mesmo que prevaleça a 
regulamentação atual, ela não estabelece nenhuma vinculação. Ela diz 
onde pode ser aplicado, mas não diz quanto pode ser aplicado para cada 
uma das possibilidades'', disse Mercadante.
O projeto que trata da nova distribuição dos royalties do petróleo foi 
aprovado pela Câmara dos Deputados, está em análise pela presidente 
Dilma Rousseff e não prevê recursos para a educação. Mais cedo, a 
ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, disse que a 
presidente deve usar todo o prazo disponível para analisar o projeto que
 redistribui os royalties do petróleo.
Para Mercadante, o Congresso Nacional deve definir a nova fonte de 
financiamento para garantir a implementação do Plano Nacional de 
Educação (PNE), que prevê a aplicação de 10% do Produto Interno Bruto 
(PIB) na educação. O ministro afirmou novamente que não há espaço para o
 aumentos de impostos. ''Não há como alcançar as metas do PNE se não 
houver uma receita nova'', disse.
A questão dos royalties também foi pauta de reunião realizada nesta 
manhã com estudantes representantes da União Nacional dos Estudantes 
(UNE), da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) e da 
Associação Nacional dos Pós-Graduandos (ANPG). O ministro disse que vai 
continuar lutando pela destinação dos royalties para a educação pública.
 "Nós vamos continuar com a bandeira dos 100% dos royalties do pré-sal, 
do pós-sal e da concessão de 50% dos rendimentos do Fundo Social para a 
educação."
Para o presidente da UNE, Daniel Iliescu, a educação foi atingida por 
uma ''bala perdida'' sem a regulamentação dos royalties para a educação.
 ''Aprovar 100% dos royalties para a educação era a questão central para
 nós. A educação não é o alvo desta polêmica, mas, ainda assim, o 
resultado a vitimizou'', disse Iliescu.
Mercadante também disse que vai pedir urgência para a aprovação do 
projeto de lei de reajuste dos professores e servidores da rede federal 
de ensino. O projeto garante aumento de 16,5%, em média, dos servidores a
 partir de janeiro. "Nós já estamos em novembro, vai encerrar o período 
legislativo e, se o projeto não for aprovado, o governo não pode pagar o
 reajuste que foi acordado com os professores e com os servidores 
universitários. E para nós é fundamental cumprir o acordo. Da outra vez, o Congresso não votou e o governo teve de editar uma medida provisória.''
Fonte: Agência Brasil 
 
 
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