Nas feiras de Manaus, os remédios 
produzidos com matéria-prima da floresta fazem sucesso e são alvo de 
estudos de pesquisadores. 
Unha
 de gato, jatobá, chichuá e urapuama, além do uxi amarelo, são plantas 
com mais de 50 anos de pesquisa. Foto: Juçara Menezes/Portal Amazônia
O pesquisador titular do Inpa e especialista em botânica econômica, 
Juan Revilla, estima que, para cada quilo de casca de determinadas 
plantas (que custa de R$ 5 a R$ 10), o rendimento pode variar entre R$ 
25 e R$ 100. O uso do uxi-amarelo para inflamações no trato uterino – já
 amplamente utilizado pelas amazonenses – pode render até 1000% na 
indústria farmacêutica.
Em Manaquiri, os produtores serão treinados para extrair sem 
destruir, além de cuidar, plantar e reflorestar. A capacitação, que deve
 ocorrer até março de 2013, pretende habilitar 1.860 produtores das 62 
comunidades do município. “A indústria farmacêutica gosta de encontrar o
 princípio ativo para produção em escala, mas nem sempre é possível. Por
 isso, não encontramos no mercado uma planta que fortaleça o sistema 
imunológico. Quando não conseguem sintetizar, abandonam o projeto. Daí a
 importância da planta medicinal como medicamento como um todo”, afirmou
 o pesquisador.
Comércio no Centro
A necessidade sobre o conhecimento dos fitoterápicos fez a vendedora 
de plantas medicinais Sônia Maria passar duas semanas em aldeias 
indígenas. Com a tribo do Rio Jatapu (em Canauebe) e do Rio Anauá (em 
São José do Aruá), a autônoma aprendeu detalhes sobre as raízes e 
árvores amazônicas.
“É necessário conhecer o produto que vendemos. Como tratamos de 
saúde, isso é um assunto muito sério. As pessoas acreditam no poder das 
plantas. Homens e mulheres compram para si e os filhos, pais e amigos. E
 sempre retornam porque o fitoterápico funcionou”, assinalou a autônoma.
Com uma barraca próximo ao Mercado Municipal Adolpho Lisboa (Centro de Manaus),
 Sônia afirma ter sido procurada por um homem com pedras nos rins. Após 
tomar o chá feito de cavalinha, ele teria expelido três pedras.
De acordo com a autônoma, as plantas mais vendidas são a unha de gato
 (para o fortalecimento do sistema imunológico), uxi-amarelo e o 
‘quebra-pedra’, que auxilia no trato urinário e ajuda com a diabetes.
Quem concorda com Sônia são os irmãos Ageu Favacho e Jucilene da 
Rocha. Eles têm uma banca na Avenida 7 de setembro (também no Centro da 
capital) e garantem que as raízes e folhas amazônicas funcionam como 
medicamento natural. “As mulheres procuram mais por uxi-amarelo, devido 
ao trato uterino. A planta cura até mioma. Já os homens buscam por 
raízes para ajudar ou evitar os problemas na próstata. Para as crianças,
 o que mais sai são a camomila (calmante natural) e o eucaplito, muito 
usado na constipação nasal”, salientou Jucileide.
Estimulantes sexuais
O pesquisador Juan Revilla confirmou ao portalamazonia.com
 os efeitos energéticos do chichuá. A planta é um energético natural, 
pois fortalece o sistema cardiorespiratório. Mas os vendedores das 
folhas e raízes in natura garantem outra vantagem: a estimulação sexual.
O autônomo Josafá de Oliveira afirma que tanto o chichuá quanto a 
saragura mirar combatem a fraqueza sexual e até a frigidez. “As mulheres
 acima de 20 anos são as nossas clientes mais fieis. Elas compram não 
apenas para si, mas para toda a família. Sabemos que médicos também 
receitam plantas medicinais”, ressaltou.
Fonte: www.portalamazonia.com.br 
 
 
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