Tudo pronto para a I Feira Estadual de Ciência, Tecnologia e
Educação (Fecte) - Ciência em qualquer lugar, realizado pelo Governo do
Amapá, por meio da Secretaria de Estado da Ciência e Tecnologia (Setec).
Os 32 trabalhos estarão expostos no espaço Fecte até o dia 17 de
novembro, momento da premiação do Prêmio Jovem Sustentável Inovador. O
evento ocorre durante o Amazontech 2012, no Complexo Meio do Mundo.
Uma série de assuntos voltados à sensibilização ambiental, social e
tecnológica promete despertar a curiosidade do público, além de instigar
temas delicados. Os alunos da Escola Raimunda Rodrigues Capiberibe,
localizada no município de Laranjal do Jari, chegam à Feira como
favoritos. Principalmente pela orientadora Elisabete Rodrigues,
conceituada professora que levou o nome do município a várias feiras
nacionais e internacionais, sendo agraciada com prêmios de
reconhecimento na área de pesquisa.
Os estudantes vão participar da Fecte para mostrar um levantamento da
problemática do Rio Jari. O objetivo é analisar a percepção ambiental
dos moradores dos bairros Santarém, Sagrado Coração de Jesus e Malvinas,
localizados a margem esquerda do rio.
A coleta de dados estatísticos foi concebida por meio da aplicação de
questionários contento 15 perguntas abertas e fechadas, caracterizando
uma pesquisa quantitativa. Os alunos entrevistaram 122 pessoas divididas
nas localidades citadas. A faixa etária com maior representatividade
entre os moradores entrevistados foi de 12 e 25 anos, equivalendo a 57%.
Ao serem questionados sobre o tempo que residem nos bairros,
verificou-se uma variação entre três meses e 51 anos, com média de 14,6
anos. Observou-se que 20% não são alfabetizados e 48% possuem o ensino
fundamental incompleto. No quesito de números de pessoas que residem
numa mesma casa, 56% há uma variante de 5 a 9 integrantes num mesmo lar.
Degradação
Segundo 56% dos moradores consultados, o processo de degradação do
Rio Jari intensificou-se devido à ausência de coleta de lixo. Quanto ao
conhecimento de resíduos sólidos lançados no leito e na margem do rio,
78% responderam sim. Ao serem questionados sobre quais eram as
características do rio quando haviam chegado à localidade, 57% falaram
não ter lembrança sobre a imagem do rio antes de ser poluído.
Ao todo, 83% afirmam que não sabem aonde nasce o Rio Jari. Quanto ao
questionamento da recuperação do rio, 99% declaram serem de acordo.
Assim sendo, fica evidente a necessidade de uma intervenção na
comunidade estudada, começando com ações que visem a construção de uma
sensibilização ambiental em todos os residentes.
Franck Figueira/Setec
Fonte: www.agenciaamapa.com.br
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