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segunda-feira, 30 de abril de 2012

PERSONALIDADES DO JARI: BARBUDO SARRAF, O REI DO OURO

Idemar Sarraf Felipe, mais conhecido como Barbudo Sarraf, nasceu em Alemirim, estado do Pará, em 22 de julho de 1950.
Barbudo no seu flutuante exibindo suas jóias
Hoje com 61 anos de idade, Barbudo já fez de tudo foi pescador, taxista, garimpeiro e agora empresário é uma figura lendária de Laranjal do Jari que se tornou conhecido em todo o Brasil por suas extravagâncias com ouro.
Desde muito jovem, Barbudo tinha o ouro como fetiche e sonhava usar muitas jóias do minério. E ele conseguiu realizar seu sonho, transformando-se em uma das atrações culturais e liderança política da sua região o que lhe rendeu a alcunha de "O rei do ouro da Amazônia". Como você pode conferir no link http://www.youtube.com/watch?v=DElEmPvIC3Q. E foi com a extração do ouro que Barbudo Sarraf tornou-se um dos homens mais bem sucedidos do Amapá.
Sarraf circula nas ruas de Laranjal do Jari com adereços de ouro como pulseiras, botons personalizados, botões de camisas, armação de óculos, isqueiros, cifrão entre outros enfeites que chegam a pesar cerca de 3Kg que ele afirma ser de ouro legítimo.
No seu auge como garimpeiro e empresário, com todas as jóias  que carregava pelo corpo diziam que sem sombra de dúvidas, daria para comprar um luxuoso apartamento em São Paulo, avaliado em R$ 200 mil.
Em Laranjal do Jari, cidade onde reside atualmente muitos o admiram, ganhou fama e já se tornou lenda; é famoso nos estados do Amapá e Pará e, porque não dizer em todo o Brasil. 
Barbudo e sua ex-esposa dona Luíza
Muitos programas de televisão de âmbito nacional, como o Domingo Legal, de (na época apresentado por Gugu Liberato), Programa do Ratinho (ambos do SBT) e Repórter Record já mostraram Sarraf, como um exemplo de um brasileiro que alcançou o sucesso através de seu trabalho, da persistência e acima de tudo do seu carisma.
Ganhou grande notoriedade no Jari, em 1995 quando era empresário do ramo de transporte aquaviário (catraias e barcos de pequeno porte) na travessia entre Laranjal do Jari e Monte Dourado (e vice-versa) manteve o preço 50% abaixo da concorrência e isentou do pagamento idosos e crianças.
Ele é dono de muitas histórias. Numa delas contam que Barbudo foi a uma grande loja de Macapá todo desarrumado com chinelos de dedo e com um saco de sarrapilheira. Nenhum vendedor deu bola para ele. Quando enfim ele conseguiu escolher o que queria levar informou que pagaria à vista. Abriu o saco cheio de dinheiro e fez o pagamento a admiração dos ali estavam.
No ano de 2005, ele inaugurou uma boate flutuante, a Balsa do Barbudo (apelidada pelo próprio Barbudo de Putanic) oferecendo entretenimento às pessoas do Vale do Jari enquanto subia e descia o rio Jari. A Balsa do Barbudo, era uma espécie de boate flutuante com quatro andares/ambientes para a população se divertir com variados rítmos musicais.
Fonte: sarrafinho.fotoblog.uol.com.br       Balsa do Barbudo
Barbudo Sarraf já foi candidato à prefeito de Laranjal do Jari e a deputado estadual. Na eleição de 2008, quando foi candidato à prefeito pela coligação “Laranjal que Merecemos”, encabeçada pelo PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira), seu partido conseguiu, 25.86 % dos votos, a segunda maior votação, perdeu com a diferença de apenas 412 votos para a primeira colocada, Euricélia Cardoso.
Barbudo chegou a ser diplomado prefeito e governou a cidade por sete meses, entre  os meses de maio e dezembro de 2009 quando Euricélia Cardoso teve seu diploma de candidatura cassado pelo TRE do Amapá. 
* Barbudo como prefeito
No período em que esteve à frente da Prefeitura de Laranjal do Jari, a principal realização foi o polêmico aterramento da área destruída pelo incêndio de outubro de 2008, onde se localizava o Centro Comercial.
Atualmente, Barbudo faz parte dos quadros do PR (Partido Republicano) pelo qual mantêm o firme propósito de ser candidato à prefeito de Laranjal do jari em 2012.
Em 1 de julho 1995 foi tema de uma reportagem da extinta Revista Manchete do grupo Bloch. Abaixo está transcrita parte da referida reportagem com texto e fotos.
"...Idemar Barbudo Sarrafo Felipe, mais conhecido como Barbudo Sarraf diz ter orgulho da nascer no mato, como se refere à sua cidade natal.
Barbudo e sua onça de estimação
Herói ou bandido, comerciante do garimpo a sua fama já ganhou o Brasil. 'Vocês deveriam conhecê-lo. É riquíssimo, anda cheio de ouro e ajuda muita gente. Pena que esteja preso em Macapá'. 'É bom ter cuidado, o Barbudo só sai cheio de capangas e contrariá-lo é morte na certa. Só que agora ele está preso na cadeia de Belém. Veio um navio cheio de polícia para levá-lo', as duas opiniões se dividem.
Nem em Belém, nem em Macapá. Barbudo continua vivendo a maior parte do tempo na confortável casa - 'só de madeira boa' - que mandou construir no Beiradão. Mas anda cauteloso. Há pouco mais de dois meses teve este mesma casa invadida por policiais munidos de um mandado de busca e apreensão de armas e tóxicos. Não acharam nada. Nem mesmo Barbudo, que conseguiu fugir.
Barbudo pesando ouro
Ele sabe da fama que tem: 'No Jari, segundo o que o peão fala, eu sou o chefe da máfia. Deixo levar, porque é bom para esta vida que levo. Mas nunca sofri pressão de ninguém'. Suas filhas Priscila e Idemara estudam na escola de Monte Dourado; além disso, Barbudo frequenta clubes como Jariloca e é sócio do clube Ponte Maria onde, democraticamente, convive com o pessoal das três empresas Caemi [Jari Celulose, CADAM S/A e Mineração Santa Lucrécia].
A fortuna que tem, começou a acumular em 1984, vendendo cachaça nos garimpos próximos das terras do Jari: 'Peguei muito dinheiro, mas torrei tudo com vida mundana. Passei um ano só com boêmia. tinha cinco mulheres na minha conta. Blefado, cheguei nesse Monte Dourado e conheci a Luíza, minha esposa. Era era menina exemplar e eu garanhão. Então, gastei o dinheiro todo só para ficar de bacana. Depois, consegui me recuperar'.
Da venda de pinga - pela metade do preço dos concorrentes - o negócio evoluiu para o comércio de sacaria (arroz, feijão, farinha). O transporte por canoa foi incrementado com a compra de barcos a motor. As transações, feitas na beira do rio, foram transferidas para a cantina em terra firme.
O empresário Barbudo e uma de suas catraias
Hoje, Barbudo garante ter o suficiente para não precisar mais trabalhar. As economias foram sacadas dos bancos a partir do Plano Collor e investidas em ouro, terras, gado, telefones e motores para dragas de garimpo. A aventura teve um preço. Sarrafo já perdeu a aconta das malárias que contraiu; sofre de uma gastrite que o obriga a moderar na bebida; e tem dois medos na vida: de ser preso e de morrer. Porque, como ele mesmo diz, 'no garimpo não tem brabo, só medroso; ninguém discute; saca logo a arma e mata'.
Dos planos que fez para o futuro, o que mais o anima é eleger-se prefeito. Para isso, tem ido aos encontros regionais do PSDB do Amapá e garante contar com o apoio de um deputado federal. Votos - diz - ele tem.
A comunicação com o garimpo era feita por rádio
Desde que baixou o preço das catraias [em 1995] (ele é dono de quatro) [esse número aumentou muito] que fazem o transporte do Beiradão para Monte Dourado e determinou que grávida, velho e estudante não pagam, ganhou muitos votos virtuais. Mas sabe que terá de mudar alguns hábitos: "O maior problema é largar a minha vida de garanhão. Vai ser difícil porque meu hobby é mulher novinha - até 16 anos - para quem sou professor".         
Fonte: sarrafinho.fotoblog.uol.com.br     Barbudo e amigos

 * Fonte da foto: omundoemdebate.blogspot.com.br




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