A greve inicia na quinta-feira, em todas as escolas do Estado. Profissionais da educação reivindicam o piso salarial nacional.
Os
profissionais da educação não aceitaram a proposta final do Governo do
Estado referente ao processo de negociação salarial, e deflagraram greve
geral a partir de quinta-feira (19). A decisão foi tomada durante
assembleia geral do Sindicato dos Servidores Públicos em Educação do
Amapá (Sinsepeap), realizada na manhã de ontem na quadra da escola
Gabriel de Almeida Café (o CCA).
A
proposta do governo discutida entre a categoria contemplava 8% de
reajuste linear, 7% de reajuste ao salário base e o pagamento do
retroativo, das promoções concedidas em 2010 e 2011, iniciado em agosto
de 2012, em 24 parcelas sucessivas. E também garantir a celeridade das
promoções dos professores da classe A para C, conforme cronograma
instituído após o desarquivamento dos processos referentes a estas
promoções que ainda estão na Comissão Permanente de Valorização dos
Profissionais da Educação Básica (CPVPEB).
A
proposta não foi aceita porque a categoria acredita que o Executivo
pode conceder, no geral, 20% de reajuste. Para chegar a esse percentual,
os trabalhadores na educação querem mais 5% somados aos 7% de reajuste
no salário base. Além disso, pedem mais 5% que podem ser negociados da
seguinte forma: concessão da metade desse percentual em agosto e a outra
em outubro.
O
vice-presidente do Sinsepeap, professor Leslie Gantus, informou que
haverá aula nesta terça-feira e amanhã. O sindicato tem 72 horas para
comunicar o governo sobre a decisão tomada em assembleia. Uma parte
considerada da categoria discordou da decisão tomada pela maioria. Eles
esperavam que fosse aceita a proposta do governo e, como os 15% não são
reais, os demais percentuais seriam negociados posteriormente.
O
professor Rildo Ferreira, um dos diretores do sindicato, explicou que
se fosse aceita a proposta do Executivo, ainda faltaria 18,7% para
chegar ao piso nacional. “Os 15% propostos pelo governo referem-se à
inflação e mais o percentual para tentar chegar ao piso. Podemos
alcançar os 18,7% no decorrer do ano, pois temos acompanhado a
arrecadação do Estado, que tem crescido mensalmente. Acreditamos que no
segundo semestre vai ter um percentual bem maior. Então, para nós seria
importante avaliar com bastante coerência a proposta”.
A
categoria pensa em apelar para o recurso judicial, pois é possível
entrar com uma ação contra o governo para cobrar o cumprimento da lei do
piso. Segundo fontes, a defesa do Executivo seria de que o exigido
pelos professores extrapola o orçamento do Estado. Não há uma clareza se
esses números estão corretos. O sindicato precisaria de um tempo para
avaliá-los e, assim, poder discordar. (Jorge Cesar/aGazeta)
Em Laranjal do Jari, numa assembleia realizada na quadra da Praça Central, no dia 16/4 os servidores estaduais da área da educação decidiram aderir ao movimento grevista estadual.
Fonte: www.amapadigital.net
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