Rio Jari, palco da Revolta do Cezário |
Coronel José Júlio, dono da Jari na época |
Ela teria adoecido e precisando de maiores cuidados foi levada para Arumanduba, sede das empresas de José Júlio de Andrade. De Arumanduba ela seria levada para Belém, onde iria receber cuidados médicos. Na sua estadia em Arumanduba o senhor Duca Neno, gerente da empresa de José Júlio simpatizou com ela e, como a mesma não aceitou o seu assédio ele passou a maltratá-la.
O motim contou com o envolvimento de cerca de oitocentas pessoas, entre homens, mulheres e até crianças.
Segundo Cristóvão Lins, José Cezário começou a arquitetar a revolta a partir de 17 de junho de 1928, após o recebimento de uma carta de sua esposa contando as intenções de Duca Neno e a forma como ela estava sendo tratada em Arumanduba.
Quando o navio, Cidade de Almeirim, responsável pelo abastecimento das filiais e o recolhimento da produção extrativista florestal chegou à vila de Santo Antônio da Cachoeira, em 5 de julho de 1928. Ocasião em que José Cezário prendeu o camandante do navio José Américo juntamente com o restante da tripulação.
Depois do embarque dos revoltosos o navio seguiu pelo rio Jari para a Arumanduba, sede do conglomerado do coronel Zé Júlio.
Embarcação típica da Amazônia; um barco parecido os revoltosos sequestraram |
navio maior, o cidade de Alenquer e rumaram para a cidade de Belém onde Neno seria entregue às autoridades. Nas proximidades de Belém uma corveta da marinha interceptou o navio com os revoltosos e libertou Duca Neno.
De acordo com Lins, a Revolta do Cezário foi o episódio mais negativo da história da empresa Jari e da fase em que a região pertencia ao coronel José Júlio (1899-1948).
Vila de Santo Antônio da Cachoeira; aí teve início a Revolta do Cezário |
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