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sábado, 4 de junho de 2011

Governo irredutível também com servidores da Saúde

Diante da postura rígida do Setentrião, categoria cruza os braços por tempo indeterminado a partir da próxima terça-feira.
A postura inflexível do governo em relação à crise do funcionalismo público fez o Estado entrar pelo mês de junho envolto em greves. A irredutibilidade do Setentrião rendeu mais uma greve anunciada. Depois dos professores, será a vez da categoria ligada à Saúde cruzar os braços.
O Sindicato dos Trabalhadores em Saúde no Estado (Sindesaúde) anunciou para a próxima terça-feira (7) o início da greve. A decisão foi tomada em reunião, ontem (3), na qual foram também definidos como serão realizados os protestos.
Após um período de tentativas de negociação com o governo do Estado, os sindicalizados afirmam não enxergar outra saída senão protestar com greve. Uma das principais reivindicações da categoria é a negociação das perdas inflacionárias. O Sindicato não engole só os 3% oferecidos pelo poder estadual. Para descruzar os braços, ela aceita este percentual para agora, mas quer negociar para o mês de setembro mais 3,31% – proposta não aceita pelo Executivo. “O reajuste de 3% é considerado irrisório, uma vez que a inflação do ano passado foi de 6,41% e os acúmulos de perdas salariais somam um total de 36%, e ainda existem progressões atrasadas”, afirmou o presidente do Sindesaúde, Dorinaldo Malafaia.
Ele informa que os servidores são a favor da retirada da lei 010/2011, revogada pelo governador Camilo Capiberibe, que segundo eles, aboliu direitos adquiridos no ano de 2002. “Estamos lutando negociar as progressões funcionais e o reajuste da Gratificação de Atividade em Saúde (GAS), que é apenas R$ 100,00. É muito pouco para o trabalho que realizamos em diversos hospitais”, ressaltou. Ele complementou que na reunião, uma mesa de negociações foi aberta, para tratar de assuntos sobre Fundo Estadual de Saúde, o qual será discutido a aplicação dos recursos na saúde pública.

Local de trabalho
Ao contrário de outras categorias, o Sindesaúde não realizará atos de manifestações em vias públicas da cidade, como Av. FAB ou em frente ao Palácio do Setentrião. Eles serão realizados no próprio local de trabalho dos servidores, a cada dia em um hospital diferente. Cerca de 30% dos trabalhadores estarão no expediente.
A técnica em enfermagem Sara Jane acredita que a greve é a única forma de a categoria garantir os seus direitos. “Forçadamente temos que tomar uma atitude, não adianta ficar de braços cruzados. Nosso salário é de R$ 1.900, o que é baixo para o serviço que executamos, diariamente, sem acréscimos”, relatou.
A partir de hoje (4), a categoria tem um prazo de 72 horas para fazer a divulgação da greve e as manifestações ocorrerão nos dias úteis de trabalho.

Fonte - www.jornalagazeta-ap.com

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