O  acesso de estudantes carentes ao ensino superior pode se tornar mais  fácil daqui pra frente. Isso porque a Câmara dos Deputados aprovou um  importante projeto de lei do deputado Fábio Souto (DEM/BA) que torna  gratuita a inscrição em vestibulares de instituições federais para  alunos que tenham cursado todo o ensino médio em escola pública. Quem  recebeu bolsa integral em escolar particular também será beneficiado com  a proposta.
Em ambos os casos, os candidatos precisam comprovar  renda familiar per capita igual ou inferior a um salário mínimo e meio  (R$817,10).
Para Fábio Souto, a cobrança das taxas em universidades  federais para alunos egressos do sistema público de educação contraria  dispositivos constitucionais. 
Segundo ele, a isenção é essencial  para a busca de equidade no acesso ao ensino superior. O parlamentar  destaca o interesse social intrínseco da matéria. 
“Além de todos os  obstáculos que enfrentam, muitos estudantes de baixa renda são impedidos  não de ingressar, mas até mesmo de se candidatar ao ensino superior. A  abolição dessa taxa discriminatória vai ajudar muitos estudantes que têm  condições de mérito para aprovação no vestibular, mas não financeiras  para pagar a inscrição”, afirma.
A PL 176/2007 foi aprovado de forma conclusiva pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Casa. 
Se não houver recurso para que seja analisado em Plenário, segue para apreciação do Senado.
Cotas
Outro  projeto que tramita na Câmara é o 924/11, que reserva 15% das vagas dos  cursos de graduação em universidades federais para pessoas com renda  familiar mensal per capita de até um salário mínimo.
A proposta cria o  Programa Universidade Social, vinculado ao Ministério da Educação  (MEC). Quem for beneficiado deverá cumprir requisitos acadêmicos  estabelecidos pelo MEC e terá um tempo limite para se formar: uma vez e  meia o tempo de duração do curso.
Segundo o autor do projeto, os  atuais programas de inclusão universitária têm critérios complexos que  podem gerar distorções nos benefícios. 
Para ele, a condição  econômica do cidadão é um parâmetro mais objetivo e pode “amenizar” os  erros.  “O programa cria possibilidade de as pessoas carentes  frequentarem cursos superiores de alta qualidade”, afirma. A autoria  ressalta ainda que a proposta não vai contra o ProUni (Programa  Universidade para Todos, estabelecido na Lei 11.096/05, específico para  universidades privadas, e o Programa Diversidade na Universidade (Lei  10.558/10), para promover o acesso de afrodescendentes e índios ao  ensino superior. 
 
 
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