Novo capitulo da luta pelo piso
Por Luiz  Araújo, no Blog do Luiz AraújoEsta semana foi marcada por mais um capítulo na luta para que o  magistério tenha efetivamente um piso salarial nacional. Finalmente o  STF publicou o Acórdão da Decisão tomada em 27 de abril deste ano,  quando julgou improcedente a ADIN 4167 que tentava derrubar a lei do  piso.
A pauta de reivindicação é bastante semelhante: os professores querem  o cumprimento o pagamento do valor do piso sobre o vencimento inicial  de suas respectivas carreiras e a garantia de que os professores com  habilitações acima do nível médio continuem recebendo salários  diferenciados, ou seja, que as carreiras não sejam destruídas para poder  pagar o piso.
Os salários dos professores são, em média, apenas 65% dos salários de  outros profissionais de igual formação universitária, situação que  desestimula as novas gerações a abraçarem o magistério como profissão.
Caso as metas do novo PNE [Plano Nacional de Educação] sejam cumpridas no decorrer da próxima década, o Brasil precisará contratar pelo menos 250 mil novos professores.
Caso as metas que dizem respeito aos professores também sejam  cumpridas, ao final de dez anos todos os professores terão um curso  superior e metade deles pelo menos uma especialização. Tudo isso  significa mais necessidade de oferecer carreiras profissionais atrativas  e estimulantes.
O primeiro desafio é fazer cumprir a lei do piso. Os governantes que  estavam descumprindo a norma utilizando como argumento a falta de  publicação do Acórdão perderam o argumento esta semana.
O segundo desafio é impedir que as carreiras do magistério sejam jogadas na lata do lixo.
E o terceiro e maior desafio é obrigar o governo federal, ente  federado que fica com 57% de tudo que pagamos de impostos e  contribuições, tenha maior participação no financiamento deste processo  de valorização do magistério. Nesta batalha o movimento dos educadores,  os gestores estaduais e municipais enfrentarão adversários poderosos.  Especialmente se posicionarão contra um aumento de gastos federais na  educação os credores de nossa divida pública, principais beneficiários  da política de superávit primário. E estes senhores possuem muito espaço  ma mídia do pais e contam também com muito espaço no governo.
Bem, mas nada que o povo brasileiro conquistou veio de mão beijada.  Por isso ainda veremos muita greve, muita passeata, muita pressão sobre o  Congresso e sobre o governo.
 Fonte: www.planetaosasco.com
 
 
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