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segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Ausência do professor não será mais motivo para liberar alunos

Também não é só dá uma bola para o aluno jogar na quadra ou mandá-lo para a sala de vídeo para assistir filme. A atividade tem que ser planejada e ter ligação com o conteúdo que ele está estudando.
A Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) da Câmara de Deputados deverá votar, em decisão terminativa, o Projeto de Lei nº 43/2010 que proíbe a dispensa, pela escola, de alunos da educação básica em caso de falta do professor. Nessas circunstâncias, de acordo com o proposto, os alunos devem permanecer na instituição de ensino e receber atividades complementares, respeitadas a faixa etária e a grade curricular de cada série.
O argumento utilizado para justificar o projeto de lei é que muitas vezes os alunos são dispensados e vagam pelas ruas, à mercê do perigo, sem conhecimento dos pais, que estão no trabalho. Além disso, longe da sala de aula as crianças são privadas da merenda escolar, fundamental para grande parte dos alunos das escolas públicas. Em Macapá, por exemplo, está se tornando corriqueira a presença de alunos, em horário de aula, ao redor da Fortaleza de São José – muitas vezes até namorando.
O projeto vem responder a muitos questionamentos feitos por pedagogos e especialistas em educação. A partir do momento que a criança chega à escola, passa a ser de responsabilidade pública. No caso de um professor faltar, a escola deve estar preparada para suprir esse horário com atividades complementares. O que acontece hoje é que o aluno também falta quando o professor não se encontra na sala de aula.
A escola não parece estar preparada para atender plenamente o Projeto de Lei nº 43/2010, porque existem professores nos ambientes da TV Escola, Sala de Leitura, Lied. Muitas vezes fazem do Lied uma lan-house, da TV Escola um depósito para quem não quer estudar e da sala de leitura um lugar arrumado, onde o estudante não vai ler.
A Secretaria de Estado da Educação (Seed) concordou que a maioria das escolas tem salas superlotadas. A situação piora com o grande número de professores à disposição de outros ambientes, não concretizando a regência de classe. Mesmo com esse disparate, ainda não querem perder a gratificação. A Seed terá que requalificar os professores que estão há muito tempo fora da sala de aula. “É preciso fazer uma formação continuada permanente para que saibam as novas metodologias”, frisou a coordenadora de Educação Básica e Profissional, Eunice Bezerra de Paulo.

 Fonte: www.jornalagazeta-ap.com

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