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sexta-feira, 5 de agosto de 2011


PMs acusados de farrear com bens públicos são afastados

O sargento PM Idamor, o soldado PM Clebson e o cabo PM Valdenir são acusados de espalhar o pânico na vila de moradores de Jarilândia. Eles seriam responsáveis pela promoção de festas no próprio destacamento da Polícia Militar da região.
A comunidade da Vila de Jarilândia, distrito do município de Vitória do Jari, já consegue sentir o alívio de não ter mais por perto o trio de militares denunciados por indisciplina e utilização de bens públicos para a própria diversão. Eles foram afastados de suas funções por determinação do Comando Geral da Polícia Militar (PM) do Estado. Seus desmandos foram pontuados numa carta-denúncia formulada pelos moradores da vila e entregue à Promotoria de Justiça da região, que investiga o caso.
O sargento PM Idamor, o soldado PM Clebson e o cabo PM Valdenir são acusados de espalhar o pânico em Jarilândia. Eles seriam os responsáveis pela promoção de festas no próprio destacamento da PM na região e numa boate que, segundo a denúncia, seria do agente distrital de Vitória do Jari.
Os militares também teriam utilizado a lancha cedida à corporação da região para a prática de lazer entre amigos e familiares. A embarcação é destinada à atividade de policiamento fluvial. O empréstimo de armas de uso exclusivo da polícia para a caça ilegal, e a troca de mercadorias, do tipo bebidas alcoólicas, por combustível pertencente ao Estado também compõem a ficha de denúncias contra os PMs.
Segundo descreve a carta-denúncia dos moradores, durante quatro anos o soldado Clebson e o cabo Valdenir (ambos com acusações antecedentes de envolvimento em procedimentos de tortura e bagunça sob o efeito de álcool) promoveram arruaça na vila, com a realização de festas regadas a muita bebida alcoólica e a participação de menores de idade e garotas de programa.
Pelo comportamento indisciplinar dos militares, o sargento Idamor teria sido transferido no ano passado para a vila com a responsabilidade de ordenar o local e impor regras a seus subordinados. Mas, segundo descreve a carta, Idamor foi fisgado pelo charme da cunhada do cabo Valdenir. “Ele (sargento Idamor) passou a beber junto com os policiais e a praticar os mesmos atos. Mentiu para o capitão Petrúcio (que o teria enviado à corporação), informando que o Clebson havia melhorado de comportamento”, diz um trecho da denúncia.
O sargento também teria levado a cunhada do cabo Valdenir, naquela ocasião na condição de sua namorada, para morar no quartel. A mulher, que, segundo a carta, estava frequentemente embriagada, agia com arrogância diante dos demais soldados da corporação, chegando ao cume de desacatá-los, sem que algo fosse feito pelo sargento.
“Idamor passou a beber constantemente. Ele ficava apenas de cueca no quartel e promovia gritarias nas madrugadas e efetuava disparos com uma pistola. Isso causava pânico aos moradores”, diz a carta.
O fim da tolerância da comunidade de Jarilândia aconteceu quando, numa festa em estilo “hallowen”, a namorada do sargento Idamor exibia seu uniforme militar, e menores de idade consumiam bebida alcoólica diante dos olhares do sargento e de policiais de plantão. O evento propiciou a formulação da denúncia, protocolada recentemente na Promotoria de Justiça de Vitória do Jari. 

Afastamento
Ontem, por telefone, o comandante-geral da Polícia Militar do Estado, coronel Pedro Paulo Rezende, disse que tomou conhecimento do caso a partir da denúncia feita pelos moradores de Jarilândia. Ele assegurou que os três militares foram afastados de suas funções até a conclusão das investigações. Se confirmadas as acusações, o trio pode pegar até trinta dias de prisão. 
Responsável pelo policiamento ostensivo do Vale do Jari, o comandante do 11º Batalhão, tenente-coronel PM Ludfrankson, informou que promotoria de Vitória do Jari também apura o envolvimento dos três policiais no uso da lancha da corporação.
Vila de Jarilândia

Curtição e troca de mercadorias por combustível da PM

A carta-denúncia da comunidade de Jarilândia expõe a repulsa dos moradores aos atos praticados pelos policiais. Dentre eles, o fato de o cabo Valdenir e o soldado Clebson utilizarem a lancha da corporação para promover farras entre amigos e familiares, com direito à prática de esqui aquático e exibicionismo.   
Os militares também teriam o costume de emprestar um fuzil e rifles (Puma 38) para a caça ilegal de jacarés e animais silvestres, nas matas de Jarilândia. O beneficiário do armamento seria um homem apenas conhecido como “Beneco”.
Ainda faz parte da denúncia o fato de os policiais consumirem mercadorias (alimentos e bebidas alcoólicas) do comércio de Dionísio Souza e João Peludo, pagando com gasolina e óleo diesel da PM.
Fonte da imagem: http://pmapjari.blogspot.com
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