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segunda-feira, 11 de setembro de 2017

VALE A PENA LER: BANHO DE RIO, CABEÇA FRIA

Por Fernando Gabeira

Tenho viajado pelo interior do Amapá, divisa com o Pará, para conhecer melhor a região que Temer quer abrir às empresas mineradoras. Não estava satisfeito com o debate. É preciso ver de perto. Tenho falado com geólogos, pilotos extrativistas, garimpeiros, para ouvir suas opiniões.
Devo refletir um pouco sobre algumas experiências decisivas do Amapá. Uma delas foi a extração de manganês na Serra do Navio. A outra é o projeto Jari, do famoso Daniel Ludwig, que aconteceu a poucos quilômetros do lugar onde estou baseado. Elas deixaram um rastro de decepção.
Navegando num calor de rachar, vi algumas pessoas no rio, à sombra de uma árvore, apenas com a cabeça fora d’água. Invejei seu conforto. Gostaria de estar assim no momento em que escrevo sobre a semana no Brasil. É preciso muito sangue-frio para falar de alguns temas, como as Olimpíadas de 2016 e as malas cheias de dinheiro de Geddel Vieira Lima, ou mesmo os diálogos de Joesley Batista.
As Olimpíadas foram desastrosas para a imagem do Brasil. No princípio, argumentávamos que elas foram pensadas num momento de euforia econômica. A chegada da crise iria mostrar ao mundo nossa vulnerabilidade. Depois, surgiu o debate sobre a Baía de Guanabara e a poluição nas lagoas do Rio. Era ingênuo supor que, ao se revelar para o mundo, os observadores não iriam descobrir que ainda estamos no século XIX em termos de saneamento.
Passados os jogos, reacendeu a discussão sobre o legado. Piscinas abandonadas, velódromo em chamas. Percebemos ali que a tendência era perder muitas das construções, algumas delas superfaturadas.
Quando o “Le Monde” denunciou o suborno para que o Rio fosse escolhido, emergiu de novo a figura de Arthur Soares, o Rei Arthur da corte de Sérgio Cabral. Mas o tema caiu num certo vazio. Era muito constrangedor para nós. Alegrei-me quando Malu Gaspar fez um perfil de Rei Arthur na revista “Piauí”. Pensei: agora sim, não só o enigmático personagem viria à tona como vai ficar mais claro o mal que esse gente fez ao Rio e o tremendo desgaste que os dirigentes, eufóricos com a escolha, impuseram à imagem do Brasil.
A Operação Unfair Play, em colaboração com investigadores franceses, confirma a denúncia do “Le Monde”. E mostra que além de Cabral e do Rei Arthur, contaram também com Carlos Nuzman. Os dirigentes esportivos disputam hoje com os políticos quem joga mais baixo a imagem do Brasil. Nuzman está proibido de participar do sorteio das Olimpíadas. A polícia não o deixa mais sair do país. O presidente da CBF também não deixa o país, com medo de ser preso lá fora.
Devem olhar para as cadeiras vazias do Brasil e lamentar como um país de importância internacional tenha chegado a esse ponto. A medalha de ouro no constrangimento nacional foi a descoberta das malas e malas de dinheiro no apartamento usado por Geddel Vieira Lima, em Salvador.
R$ 51 milhões, horas de trabalho contando o dinheiro nas máquinas. A imagem dessas malas cheias de dinheiro correu mundo, um político de segundo escalão no Brasil tornou-se uma espécie de Tio Patinhas. Creio que o melhor caminho para contornar o constrangimento no exterior é o que usamos aqui dentro para nós mesmos: tudo isso está acontecendo porque há uma competente investigação policial, que conta com o apoio da maioria da população.
Os mecanismos de justiça ainda não parecem à altura do desafio quando vemos que Geddel estava solto, sem tornozeleira, porque não havia dinheiro público para comprá-las. A um quilômetro dali, Geddel acumulava dinheiro para comprar todas as tornozeleiras do país. Suspeito que o dinheiro daria para comprar a fábrica. De qualquer forma, o dinheiro foi recuperado, e, segundo ouvi no rádio, Geddel ocupa hoje o sétimo lugar no ranking de maior assalto no mundo.
Ao pensar nas gravações de Joesley Batista, enquanto descia o rio de volta para Laranjal, tive inveja de novo dos meninos mergulhando no rio Jari. A delação de Joesley foi o ponto mais vulnerável da Lava-Jato, e por ele entraram também os adversários que querem enfraquecer o combate à corrupção e deixar tudo como está. Há sempre tempo, numa operação complexa como essa, para reparar erros. O melhor caminho, creio, é o de anular a delação de Joesley, mantendo as provas que ele entregou.
Lula, Dilma e o dirigentes do PT foram denunciados. A situação do partido se agrava, e seguem numa caravana pelo Nordeste que lembra um pouco a Caravana Rolidei, numa espécie de despedida. Apesar de o filme de Cacá Diegues “Bye Bye Brasil” ser mais poético e complexo; por isso foi tão discutido por ensaístas no exterior.
A aposta do PT em negar as acusações, reduzi-las a uma perseguição política, continua de pé. Mas vai transformá-lo em algo mais próximo da religião. Será preciso acreditar neles, apesar de todas as evidências, supor que a crise econômica nasceu com o governo Temer, que os assaltos gigantescos à Petrobras não aconteceram.
Benza Deus, como se dizia em Minas. A semana merecia um banho de rio.

Fonte: Diário do Amapá

Fonte: galeravaledojari.blogspot

Fonte: galeravaledojari.blogspot 

Fonte: Heraldo Amoras

Fonte: galeravaledojari.blogspot
Fonte: oglobo

sexta-feira, 22 de julho de 2011

ALUNOS DA ESCOLA MINEKO HAYASHIDA EM LARANJAL DO JARI DESENVOLVEM PROJETOS PREMIADOS

Iniciativa é de uma dupla de professores que consegue incentivar os alunos a produzir ciência a partir da própria experiência
Professores coordenadores dos projetos premiados
Alunos da Escola Estadual Mineko Hayashida (EEMH), localizada no município de Laranjal do Jari, desenvolvem projetos científicos que foram premiados internacionalmente. A iniciativa é de uma dupla de professores, que conseguem incentivar os alunos a produzir ciência a partir da própria experiência. Os projetos são: "A física de Cada Dia" e o "Açaí e seus resíduos".
Com o projeto a "Física de Cada Dia", os jovens são envolvidos com a construção de equipamentos e instrumentos feitos de sucata (pregos, fios de cobre, limão) para demonstrar experimentos associados a conceitos científicos, como os de velocidade, espaço e tempo. A metodologia ganhou a adesão dos alunos que, motivados, passaram a participar de feiras científicas, como a Febrace, conquistando também, com seus projetos, reconhecimentos internacionais.
A professora Elizabete Rodrigues explica que as aulas de física estavam se tornando muito monótonas, e o custo de desenvolvimento de laboratório é muito elevado. Foi então que os professores tiveram a ideia de criar, por meio de sucata, algumas experiências que possibilitassem um melhor aprendizado das aulas de química e física.
"Em 2009, recebemos o prêmio Destaque em Habilidade e Criatividade em Exibição de Ciência Atmosférica, que nos foi conferido pela American Meteorological Society, pelo projeto Pressão Atmosférica e suas Aplicações em Sistemas Energéticos ", conta a professora.
No trabalho, os estudantes apresentam uma alternativa para a construção de uma hidrelétrica na cachoeira de Santo Antônio, em Laranjal do Jari, preservando o potencial e a beleza de um ponto turístico do município.
O outro projeto é denominado "Açaí e seus resíduos", onde os caroços dos frutos são utilizados para produzir gás metano. O professor José Antônio da Silva explica que na região Norte é comum o consumo do açaí e isso está gerando uma tonelada de caroços que são desperdiçados todos os dias.
"Esse material acaba sendo jogado em locais impróprios, como é o caso dos rios, colaborando assim para a poluição do meio ambiente. A intenção do projeto é aproveitar esse material para gerar gás metano e adubo orgânico", explicou o professor.
Galeria de Fotos
Adryany Magalhães/Seed
Assessora de Comunicação
Secretaria de Estado da Comunicação

Fonte: www4.ap.gov.br

quinta-feira, 30 de junho de 2011

SINSEPEAP - ELEIÇÕES 2011


Após o adiamento do dia 29 de junho, devido a disputa judicial entre a chapa 04 e a chapa 03, foram realizadas ontem (29/06/2011), das 8hs00min às 17hs00min as eleições para a Diretoria Executiva Estadual, para as 16 Diretorias Executivas Municipais e Conselho Fiscal. 
Concorriam aos cargos da Diretoria Executiva Estadual seis chapas. Devido a votação em Macapá e Santana ter sido realizada no sistema eletrônico o resultado já era conhecido por vollta das 18hs de ontem (29/06/2011); a contagem dos votos proclamava a chapa 01, encabeçada pelo professor Aroldo Rabelo como a vencedora com cerca de 1.408 votos (40% do total de votos válidos da capital), faltando ainda computar os votos dos outros municípios.
Os sindicalizados em todo o estado do Amapá aptos a votar são em torno de 12.600 (doze mil e seiscentos) servidores, o que faz do SINSEPEAP (Sindicato dos Servidores públicos em Educação no Amapá) o maior sindicato do estado.
O número de abstenções foi grande, pois dos doze mil filiados pouco mais de seis mil filiados compareceram às urnas.
Nos municípios menores a votação se deu pela forma tradicional em urna manual sendo uma urna para cada cidade.
Em Laranjal do Jari a votação e apuração foram realizadas na Escola Estadual Mineko Hayashida. A totalidade de votantes foi de 146 servidores e apenas quatro chapas concorreram aos cinco cargos da Diretoria Executiva Municipal (a saber: Chapa 01, Chapa 03, Chapa 04, Chapa 06). Após a apuração pela mesa composta pelo professor Sagno Taveira e as professoras Edileuza Frazão e Maria da Paz, os resultados foram os seguintes:
Diretoria Executiva Estadual: Chapa 1 - 41 votos;  Chapa 03 - 43 votos; Chapa 04 - 43 votos; Chapa 5 - 4 votos; Chapa 06 - 8 votos.
Conselho Fiscal: Chapa 01 - 45 votos; Chapa 03 - 42 votos; Chapa 04: 39 votos; Chapa 05 - 4 votos; Chapa 06 - 6 votos.
Diretoria Executiva Municipal: Chapa 01 - 46 votos; Chapa 03 - 47 votos; Chapa 04 - 40 votos; Chapa 06 - 6 votos; Brancos - 5 votos.
As Três chapas mais votadas eram compostas dessa forma:
Chapa 01: Vice-Presidente - Claúdio Chaves; Tesoureiro - Ribamar Pereira; Secretária - Gildomara.
Chapa 03: Vice-Presidente - Erasmo Silva; Tesoureiro - Admilson Vilhena; Secretária - Marisete; Suplentes - Sancha e Geonildo.
Chapa 04: Vice-Presidente - Dilene; Tesoureira - Jodilene Taveira; Secretária - Sandra

Comissão Eleitoral - Chegou o momento da apuração dos votos


Professoras Edileuza, Maria da Paz e professores Sagno e Guilherme
Professor Vandercley no momento da votação










Sala de votação, mesários e votante
Professores (José Maria, Nilva, Jodilene e Admilson) concorrentes da chapa 03 e chapa 04

 

quinta-feira, 2 de junho de 2011

DESRESPEITO, HUMILHAÇÃO NO ATENDIMENTO BANCÁRIO EM LARANJAL DO JARI

Um absurdo o que vêem ocorrendo todo final de mês em Laranjal do Jari no que se refere ao atendimento bancário. Desde o dia 31/05/2011 fazer um simples saque, transferência  ou outra operação no caixa eletrônico do posto "avançado" do Banco do Brasil virou um teste de paciência, vexação e humilhação. Os clientes do referido banco chegaram a passar até seis horas na fila para efetuar uma operação bancária. A situação já vem se repetindo a alguns meses, mas no final do mês de maio quando saiu a pagamento dos servidores estaduais e do Programa Amapá Jovem chegou-se ao cúmulo do absurdo. A situção se tornou mais dramática porque o espaço do tal posto "avançado" é muito pequeno, assim como a quantidade de máquinas, apenas quatro (somente em três pode-se efetuar saques) e para piorar duas dessas máquinas não estavam funcionando. Ao circular pelo ambiente não vemos nenhuma explicação por escrito e nem são dadas justificativas para o o estado de caos instalado no banco. No último dia 31 as pessoas desesperadas para sacar os seus vencimentos faziam tumulto e até a polícia foi chamada para conter as confusões. A cidade de Laranjal do Jari já tem cerca de sessenta mil habitantes e não possui nenhuma agência bancária, apenas o posto "avançado" do banco do Brasil, uma agência da Caixa Econômica, inaugurada em 17/12/2010 e que só veio funcionar dois meses depois em prédio alugado e de forma improvisada, pois a sede da referida agência ainda não foi concluída; dois caixas eletrônicos do banco Bradesco e um casa lotérica.
Alguns flagrantes dos caos bancário em Laranjal do Jari nos dias 31/05, 01 e 02/06.
 Muitas reclamações, confusões no acesso aos serviços bancários.
 Em Laranjal do Jari por falta de opções os cidadãos são obrigados a passar horas e horas na fila do banco; haja paciência e falta do que fazer
A tendência é piorar; não se tem justificativa de nada; nem se fala em melhoras no atendimento; os servidores são obrigados a receber no Banco do Brasil já que o governo estadual vendeu a folha de pagamento para o referido banco, os servidores não tem opção.
A fila era enorme até fora do banco, isso para atendimento automático; para resolver pendências no balcão com os atendentes a situação era bem pior; só em Laranjal mesmo
As reclamações são muitas, mas providências para melhorar o atendimento, que é bom, NADA
 Posto "avançado" do Banco do Brasil em Laranjal do Jari, exemplo de desrespeito aos clientes
 Apertos, empurrões, máquinas quebradas, demora para efetuar operações no posto "avançado" de Laranjal do Jari
 Falta de informações sobre o porque de duas das quatro máquinas não estarem funcionando; para complicar mais a situação, os funcionários ao sair ainda desligam a central de ar, ai o calor fica insuportável, um verdadeiro calvário.

Nos dia 31/05 e 01 e02/06 os clientes levavam até seis horas para efetuar um saque, um DESRESPEITO
Vendo tudo isso só me resta perguntar "onde nós vamos parar"!
Que Deus tenha piedade de nós!

terça-feira, 24 de maio de 2011

MAIS SOBRE A ENCHENTE EM LARANJAL DO JARI

Além da verba federal que ainda não foi utilizada, existem R$ 500 mil, liberados pelo Governo do Estado para acudir as vítimas das cheias, que já se esgotaram
Enquanto Laranjal do Jari vive a sua terceira pior enchente, a Defesa Civil Estadual ainda não gastou nenhum centavo do recurso federal – R$ 1 milhão – destinado exclusivamente às vítimas da cheia. Apesar da verba já estar depositada na conta do Governo do Estado, um moroso trâmite documental impede que a ajuda chegue aos desabrigados.
Entrevistado por a Gazeta, o chefe da Defesa Civil, Clésio Rodrigues, que é também tenente-coronel do Corpo de Bombeiros, não soube estipular um prazo para que o problema seja resolvido. “O dinheiro já está disponível, mas ainda falta resolver um processo de documento. No momento, ainda não tem prazo”, informou Rodrigues. Ele garantiu que o impasse não está relacionado com nenhuma situação de inadimplência do Estado.
Segundo Clésio, 1.500 cestas básicas, enviadas pelo Governo Federal, devem chegar até amanhã à Laranjal. A situação da cidade voltou a se agravar no final de semana, quando os bombeiros registraram a maior alta do Rio Jari este ano: 3,13 metros – a terceira maior da história do município.
De acordo com informações da Defesa Civil Estadual, o número de famílias desalojadas e desabrigadas chegou a 1015. Isso representa 3.597 pessoas atingidas. Foram improvisados 14 abrigos – em sedes de entidades públicas e particulares, e, principalmente, em escolas públicas, o que comprometeu o ano letivo mais uma vez.
A Rua Tancredo Neves – principal via da cidade – ficou submersa. A água que invadiu a cidade alcançou a distância que vai desde o muro de arrimo até o prédio onde antes funcionava a sede da prefeitura. Todo o Centro Comercial está alagado. O comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Américo Miranda, está no local. Ele informou que além do efetivo da 6ª Companhia de Laranjal do Jari, outros 42 militares foram deslocados da capital, Macapá, para auxiliar às vítimas.
Além de Laranjal do Jari, outros sete municípios já sofreram com enchentes este ano: Ferreira Gomes, Porto Grande, Pedra Branca, Cutias, Oiapoque, Serra do Navio e Calçoene. Miranda disse que os R$ 500 mil liberados pelo Governo do Estado para acudir as famílias já foram utilizados. Segundo ele, os gastos ocorreram com combustível, aluguéis de carros e barcos, compras de cestas básicas, colchões, água potável, entre outros.
Em 2011, a cidade de Laranjal sofre com as cheias do Rio Jari desde o dia 18 de março último. Foram registradas as mortes de duas crianças durante este período. A pior enchente enfrentada pelo município de Laranjal ocorreu em 2000, quando o nível do Rio Jari atingiu 3,84 metros. Naquele ano, mais de 1100 famílias tiveram que deixar suas casas.

                                          S.OS. JARI
Parlamentares da bancada amapaense convidaram o  Ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, para ver de perto a situação de Laranjal e do Vale do Jari, fortemente atingidos pelas chuvas. O ministro aceitou o convite e ficou de agendar a viagem a Laranjal e Vitória do Jari. Além da inundação, moradia deverar ser o outro tema da pauta.                        (Fonte: Jornal A Gazeta)
Enquanto isso, o povo sofrido de Laranjal do Jari (fica a mercê das morosas decisões dos engravatados dos gabinetes oficiais  que ganham exorbitantes salários) passa imensas dificuldades nos abrigos improvisados, desconfortáveis e sem o mínimo de estrutura espera  pela tão sonhada ajuda que lhe é de direito. Só no Brasil mesmo; recursos disponíveis no banco e a bur(r)ocracia atrapalhando e emperrando os repasses. Resta a nós simples mortais indagar: Até quando meu Deus?

segunda-feira, 23 de maio de 2011

NÚMEROS E IMAGENS DA ENCHENTE EM LARANJAL DO JARI - 2011


A partir do dia 16 de maio, o nível da água do rio Jari que já encontrava bastante alto subiu novamente, só que de forma rápida e súbita. Isso fez com que muitos moradores que ainda não haviam deixados as suas residências fossem pegos de surpresa. Até hoje (23.05) o nível da água baixou apenas cinco centímetros em relação ao dia 21.05 quando atingiu o máximo de 3 metros e 10 centímetros acima do normal. Mais de duas mil famílias foram atingidas pelas enchentes do rio Jari em 2011, chegando a cerca de sete mil pessoas afetadas pelas cheias. As aulas estão suspensas em quase todas as escolas municipais e estaduais; as escolas que não estão alagadas, estão sendo usadas como abrigos. A Defesa Civil Estadual e Municipal, o Corpo de Bombeiros e outras instituições têm ajudado na remoção das famílias e de seus pertences da parte baixa de Laranjal do Jari para locais e abrigos situados nos bairros mais altos.
Todas as ruas, passarelas e casas situadas na parte baixa de Laranjal do Jari se encontram inundadas pelas cheias dos rio Jari


A travessia do rio Jari que era feita de catraia em menos de cinco minutos, agora dura entre 20 a 30 minutos. As catraias saem do início do bairro Agreste da garagem da Prefeitura até o porto de Monte Dourado e vice-versa; o valor da travessia que era de 0,50 centavos subiu para R$ 3,00 e agora está custando 2,00

Rua Goiás - Uma das ruas do Centro Comercial completamente inundada com a água chegando na altura dos joelhos

Rua da Usina -  Situada na parte baixa da cidade, Centro Comercial; uma da primeiras ruas a ser tomada pelas águas do rio Jari

Avenida Tancredo Neves - Apesar de completamente inundada continua intensamente transitada por trabalhadores, moradores e curiosos

Há mais de um mês as aulas estão suspensas nas escolas estaduais, municipais e particulares (localizadas nas áreas baixas da cidade), cerca de dez escolas foram inundadas

A Defesa Civil trabalha na remoção das pessoas e seus pertences das áreas alagadas para escolas e outros abrigos localizados nos bairros mais altos de Laranjal do Jari

A Defesa Civil trabalha no resgate e remanejamento dos atingidos pela enchente e no abastecimento de água potável aos insistem em permanecer em suas casas; contradição o carro que nos tempos normais trafegam pela avenida Tancredo Neves e a catraia que agora é usada nos trabalhos de resgate

Onda no meio da Avenida Tancredo Neves; nos tempos de enchente em Laranjal do Jari é assim mesmo

Canoa navegando em plena Avenida Tancredo Neves; em tempos normais a via por pedestres, ciclestas e veículos

Movimento intenso na Avenida Tancredo Neves; a principal via de trâsito e deslocamento da cidade

O nível das cheias do rio Jari, oscila em quase 2 meses de enchente; nos últimos dez anos já foram 4 grandes enchentes; a enchente de 2011 já considerada a terceira maior entre elas; os bairro atingidos são: Malvinas, Três Irmãos, Santarém, Samaúma, Centro, Parte do bairro Nova Esperança

Prédio situado ao lado da Avenida Tancredo Neves, onde o nível da água varia entre dez e oitenta  dez centímetros acima do asfalto

Enchente em Laranjal do Jari, 2011. Interrompeu diversas atividades: comércio, cultos religiosos, aulas, circulação de taxistas e mototaxistas entre outras

Avenida Tancredo Neves - Trânsito intenso e trabalho da Defesa Civil; as crianças ignoram os perigos do contágio de doenças, insetos e animais peçonhentos e afogamento

Avenida Tancredo Neves
A Avenida Tancredo Neves virou um imenso rio por transitam trabalhadores e curiosos; ao lado área destruída por um incêndio em outubro de 2008

Balsa Vitória do Norte - Os trabalhadores das empreiteiras da JARCEL, que antes faziam a travessia do rio Jari entre Laranjal do Jari e Monte Dourado em menos de 5 minutos de catraia agora gastam 2 horas para fazer a mesma travessia de balsa
 Centro Comercial, grande parte dos comércios, farmácias, açougues, padarias, importandoras e escolas estão fechados. Os saques são constantes. Os prejuízos são incalculáveis
A maioria da escolas estão alagadas ou servindo de abrigo. As aulas estão suspensas a mais de um mês por tempo indeterminado até a água baixar

                                               

sábado, 14 de maio de 2011

APÓS ANOS CORTANDO GASTOS O GRUPO ORSA QUITA A DÍVIDA DA JARI CELULOSE


No dia 16  de dezembro de 2010, uma quinta-feira o grupo Orsa pagou a última parcela da dívida  contraída ao adquirir o projeto Jari, no valor de US$ 112 milhões com os credores. O grande empreendimento de produção de celulose idealizado no meio da floresta amazônica, nos estado do Amapá e Pará pelo magnata americano Daniel Keith Ludwig. Com o fim da dívida com os credores originais, o grupo já planeja investimentos em modernização e a possibilidade de instalação de uma nova linha de produção, podendo abrir o capital ou incluir um novo sócio no projeto, conforme Sérgio Amoroso, presidente do grupo Orsa e principal controlador do empreendimento desde 2000.
Fábrica de celulose da JARCEL
Em 29 de fevereiro de 2000, Amoroso pagou R$ 1 pelo empreendimento, mas em contrapartida assumiu uma dívida de US$ 415 milhões com o Banco do Brasil, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), entre outros credores. Com a quitação dos compromissos financeiros, o próximo passo são investimentos estruturais e modernizantes, “Vamos investir cerca de US$ 100 milhões em projetos de geração de energia, para reduzir o uso de óleo e carvão mineral, além de aplicar em projetos para tornar a fábrica mais competitiva”, disse Amoroso.
O Projeto Jari ocupa 1,3 milhão de hectares – área do tamanho de um país como a Bélgica – e começou a ser idealizado e construído por Ludwig,  no final da década de 1970 e  importou duas fábricas desde Kure, no Japão até o porto de Munguba no Jari, depois de percorrer 80 mil km pelos oceanos Pacífico e Atlântico, rios Amazonas e Jari. Depois de muitos percalços o projeto acabou acumulando uma série de problemas e dívidas, sendo nacionalizado por um consórcio de empresas e bancos no início dos anos de 1980.
Laranjal do Jari - Cidade surgida em decorrência do Projeto Jari
Isso não deixa de ser uma ótima notícia; mas os trabalhadores do projeto Jari e os moradores das cidades em volta do mesmo, com certeza sabem a que preço.


terça-feira, 26 de abril de 2011

Laranjal do Jari - Enchente de abril de 2011

Laranjal do Jari - Enchente de abril de 2011
Hoje, 27 de abril de 2011 há cerca de vinte dias a cheia do rio Jari começou a inundar as casas situadas nas áreas mais baixas da cidade de Laranjal do Jari.
Até a presente data já foram contabilizadas 3 mortes, duas crianças, de dois e três anos e um senhor de 46 anos que após sofrer um ataque epilético caiu na água e se afogou.
De acordo com o coordenador da Defesa Cilvil, 1.185 famílias já foram atingidas pelas cheias do rio Jari, totalizando 4.397 desabrigados e desalojados.
O nível da cheia já chegou a 2,70 metros, sendo que do dia 25 para o dia 27.04.2011, a cheia baixou de para 2,54 metros.
A Defesa Civil, o Corpo de bombeiros e outras instituições tem ajudado a remanejar as pessoas das áreas ribeirinhas para os abrigos e com cestas básicas.
Os abrigos já são doze, entre eles estão: a Casa do Agricultor, Sede do B.Q. (Associação Bucho Quebrado), Estádio Queirogão; as escolas municipais Terezinha Queiroga, Zélia Con
ceição e as escolas estaduais Mineko Hayashida, Maria de Nazaré Rodrigues, Prosperidade, Santo Antônio do Jari entre outros.
Outras escolas como Sônia Henriques Barreto, Emílio Médici, Irandir Pontes, Weber Eider, Vinha de Luz e Paulo Freire, estão com suas aulas paralisadas há pelo menos dez dias por estarem localizadas nos lugares atingidos pela enchente.
Muitas soluções mirabolantes já são propaladas por várias autoridades como por exemplo a dragagem do rio Jari que comentam está assoreado em cerca de dez metros nas proximidades de Laranjal do Jari; outra solução comentada é a transferência total de todas as pessoas das áreas ribeirinhas para locais mais altos.
Enquanto esperamos pelas soluções definitivas, nos perguntamos quantas enchentes e desperdícios de dinheiro público ainda serão necessários para não mais presenciarmos essas tragédias? Ou será quem alguém está satisfeito ou está lucrando com tudo isso?