Além da verba federal que ainda não foi utilizada, existem R$ 500  mil, liberados pelo Governo do Estado para acudir as vítimas das cheias,  que já se esgotaram
Enquanto Laranjal do Jari vive a sua terceira pior enchente, a Defesa  Civil Estadual ainda não gastou nenhum centavo do recurso federal – R$ 1  milhão – destinado exclusivamente às vítimas da cheia. Apesar da verba  já estar depositada na conta do Governo do Estado, um moroso trâmite  documental impede que a ajuda chegue aos desabrigados.
Entrevistado  por a Gazeta, o chefe da Defesa Civil, Clésio Rodrigues, que é também  tenente-coronel do Corpo de Bombeiros, não soube estipular um prazo para  que o problema seja resolvido. “O dinheiro já está disponível, mas  ainda falta resolver um processo de documento. No momento, ainda não tem  prazo”, informou Rodrigues. Ele garantiu que o impasse não está  relacionado com nenhuma situação de inadimplência do Estado.
Segundo  Clésio, 1.500 cestas básicas, enviadas pelo Governo Federal, devem  chegar até amanhã à Laranjal. A situação da cidade voltou a se agravar  no final de semana, quando os bombeiros registraram a maior alta do Rio  Jari este ano: 3,13 metros – a terceira maior da história do município.
De  acordo com informações da Defesa Civil Estadual, o número de famílias  desalojadas e desabrigadas chegou a 1015. Isso representa 3.597 pessoas  atingidas. Foram improvisados 14 abrigos – em sedes de entidades  públicas e particulares, e, principalmente, em escolas públicas, o que  comprometeu o ano letivo mais uma vez.
A Rua Tancredo Neves –  principal via da cidade – ficou submersa. A água que invadiu a cidade  alcançou a distância que vai desde o muro de arrimo até o prédio onde  antes funcionava a sede da prefeitura. Todo o Centro Comercial está  alagado. O comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Américo Miranda,  está no local. Ele informou que além do efetivo da 6ª Companhia de  Laranjal do Jari, outros 42 militares foram deslocados da capital,  Macapá, para auxiliar às vítimas.
Além de Laranjal do Jari, outros  sete municípios já sofreram com enchentes este ano: Ferreira Gomes,  Porto Grande, Pedra Branca, Cutias, Oiapoque, Serra do Navio e Calçoene.  Miranda disse que os R$ 500 mil liberados pelo Governo do Estado para  acudir as famílias já foram utilizados. Segundo ele, os gastos ocorreram  com combustível, aluguéis de carros e barcos, compras de cestas  básicas, colchões, água potável, entre outros.
Em 2011, a cidade de  Laranjal sofre com as cheias do Rio Jari desde o dia 18 de março último.  Foram registradas as mortes de duas crianças durante este período. A  pior enchente enfrentada pelo município de Laranjal ocorreu em 2000,  quando o nível do Rio Jari atingiu 3,84 metros. Naquele ano, mais de  1100 famílias tiveram que deixar suas casas.
                                          S.OS. JARI
Parlamentares da bancada amapaense convidaram o  Ministro  da Integração Nacional, Fernando Bezerra, para ver de perto a situação  de Laranjal e do Vale do Jari, fortemente atingidos pelas chuvas. O  ministro aceitou o convite e ficou de agendar a viagem a Laranjal e  Vitória do Jari. Além da inundação, moradia deverar ser o outro tema da  pauta.                        (Fonte: Jornal A Gazeta)
Enquanto isso, o povo sofrido de Laranjal do Jari (fica a mercê das morosas decisões dos engravatados dos gabinetes oficiais  que ganham exorbitantes salários) passa imensas dificuldades nos abrigos improvisados, desconfortáveis e sem o mínimo de estrutura espera  pela tão sonhada ajuda que lhe é de direito. Só no Brasil mesmo; recursos disponíveis no banco e a bur(r)ocracia atrapalhando e emperrando os repasses. Resta a nós simples mortais indagar: Até quando meu Deus?
 
 
 Postagens
Postagens
 
 

 
 
Nenhum comentário:
Postar um comentário