A diretoria do Sindicato dos Servidores Públicos em Educação do Amapá protocolou pedido de afastamento do governador do estado do Amapá, Camilo Capiberibe, por crime de responsabilidade
A diretoria do Sindicato dos Servidores Públicos em Educação do Amapá
(Sinsepeap) protocolou, ontem, na Assembleia Legislativa, pedido de
afastamento do governador do estado do Amapá, Camilo Capiberibe, por
crime de responsabilidade. A medida foi tomada pela categoria depois de
reunião de conciliação na Justiça com representantes do governo
estadual. A audiência restou infrutífera.
Ainda na manhã de ontem os Professores afirmaram já ter recolhido cerca
de 2,8 mil assinaturas que foram entregues junto com o pedido à
Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa do
Amapá. O parecer da Comissão dirá se o pedido seguirá em forma de
matéria para apreciação em plenário.
De acordo com um dos advogados do Sinsepeap, Valdecy Alves, após o
documento ser lido pelo presidente em exercício da AL, o pedido é
encaminhado à votação na próxima sessão do parlamento estadual.
"Se conseguirmos dois terços do quantitativo da Assembleia, que é
16 deputados, nós afastamos o governador, pois ele não está seguindo a
lei federal do piso. Além disso, iremos dar entrada ao processo por
crime de irresponsabilidade contra Camilo", garantiu Alves. Se obtiverem
sucesso, o governador será afastado por 180 dias até a definição dos
autos.
Enquanto isso, o secretário estadual de Educação, Adalberto Carvalho,
disse que o Estado prosseguirá com o processo de ilegalidade da greve na
esfera jurídica, e adotando a medida de corte nas regências de classe.
Em relação ao corte da regência, o advogado do Sinsepeap responsável
por esse processo, Max Alves, declarou que essas gratificações dos
Professores grevistas não poderiam ter sido tiradas pelo Estado porque a
greve está em esfera judicial: "Entendemos que esse pagamento de junho,
é referente a maio. Então até a última decisão da Justiça, a greve era
legal e o Estado não pode usar de medidas administrativas enquanto a
greve estiver sob júdice".
Porém, o secretário Carvalho contesta. "Estamos tomando essa atitude
com base na lei, nós em nenhum momento, enquanto a greve não havia sido
julgada ilegal, não seguimos medida alguma. Esses cortes só começaram a
vigorar em 5 de junho, quando expirou o prazo para os Professores
voltarem as aulas".
Da Assembleia Legislativa, representantes do Sinsepeap acompanhados por
seus advogados, seguiram ao Ministério Público Federal (MPF) a fim de
querer a prestação de contas do governo estadual em relação aos recursos
do Fundo Nacional de Educação Básica (Fundeb). Em seguida os
Professores pedirão ao Superior Tribunal Federal (STF) a substituição do
desembargador relator na cautelar que pede a reparação no corte das
regências, Raimundo Vales.
Fonte: Diário do Amapá
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