Para
 o Sindicato, a volta das aulas forçada pela Secretaria de Educação 
significa ainda mais prejuízo para os estudantes e desorganização do 
calendário.
Com
 a boca e mãos atadas, os professores em greve há 57 dias, fizeram ontem
 (14) pela manhã a Marcha da Mordaça. Da Praça da Bandeira, eles 
percorreram a Avenida Fab, no Centro de Macapá, até chegar em frente à 
Secretaria de Estado da Educação (Seed), onde fizeram manifestação em 
protesto às medidas anunciadas pelo Governo do Estado de cortar o ponto 
dos servidores e a regência de classe daqueles continuarem de braços 
cruzados. A cor amarela do lenço envolto na boca, nas mãos e amarrado no
 corre-mão do prédio da Secretaria, foi escolhida para representar o 
PSB, partido do governador Camilo Capiberibe.
As
 mobilizações seguem por todos os municípios amapaenses em diferentes 
pontos de concentração. Como a negociação saiu do campo do diálogo, o 
Sindicato dos Servidores Públicos em Educação no Amapá (Sinsepeap), 
agora está tentando reverter a decisão judicial que considerou o 
movimento ilegal. Ontem, a assessoria jurídica do Sindicato entrou com 
quatro ações nas instâncias superiores a fim de neutralizar as sanções 
administrativas do Governo contra os servidores em greve.
Aqueles
 que optaram por retornar às salas de aula, não estão sendo bem 
recebidos nas escolas, informou o presidente do Sinsepeap, Aroldo 
Rabelo. “Eles estão sendo perseguidos, humilhados. Quem está voltando é 
por pressão e ameaça de demissão. Eles assinam o ponto numa folha 
separada. Certamente é porque sofrerão algum tipo de retaliação”, disse.
Para
 Rabelo, a volta das aulas forçada pela Secretaria de Educação significa
 ainda mais prejuízo para os estudantes e desorganização do calendário. 
“Tem diretores obrigando o professor a dar aula para um número reduzido 
de alunos. E como ficam aqueles que não estão indo? Tem pais que não 
mandam os filhos pra escola, porque sabem que ainda tem professor em 
greve. Como vão recuperar essas aulas? Vemos estudantes em todo o lugar 
no horário de aula porque são dispensados por falta de professor”, 
observa.
Retorno das aulas
A
 Seed anunciou o retorno das aulas no início da semana, após a decisão 
judicial favorável ao Governo que criminalizou a greve dos professores. 
Mas, a categoria decidiu em assembleia geral no dia 6 de junho continuar
 com o movimento. Um dia depois da medida anunciada pelo Sindicato, a 
Secretaria apelou para o corte na regência de classes. O ponto dos 
servidores em greve está cortado desde segunda-feira (11), o que implica
 na reposição das aulas, a qual ficará comprometida, uma vez que esses 
professores não se veem mais obrigados a repô-las. (Maiara Pires/aGazeta)
 Fonte: www.amapadigital.net
 
 
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