A Constituição Federal determina que 
estados e municípios devem investir em educação pelo menos 25% de sua 
arrecadação com o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e o 
Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Levantamento 
feito por meio do Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em 
Educação (Siope) mostra que em 2010 pelo menos dois estados e 52 
municípios não cumpriram a regra.
Eles aplicaram percentuais inferiores ao
 que estabelece a lei. Há ainda 60 cidades que não informaram os dados 
ao sistema, administrado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da 
Educação (FNDE) e que também são consideradas em situação irregular. Os 
dados de 2011 ainda não foram consolidados.
Na lista dos estados que não cumpriram o
 mínimo em 2010 estão o Rio Grande do Sul e o Rio Grande do Norte. De 
acordo com a secretária de Educação do Rio Grande do Norte, Betania 
Ramalho, até a gestão anterior os gastos com aposentados eram computados
 no cálculo feito pelo estado, o que não é permitido pelas regras do 
Siope. Por isso, em 2010 o patamar de investimento ficou em 22,4%. “A 
partir de 2011, nós desagregamos esses dados e identificamos que isso 
feria uma demanda da Constituição. Neste ano, já estamos retirando os 
aposentados do cálculo, mas isso será feito em escalonamento”, explicou a
 secretária.
O Rio Grande do Sul foi o estado que 
aplicou o menor percentual em educação em 2010: 19,7%. O secretário de 
Educação, Jose Clovis de Azevedo, culpa o governo anterior. Segundo ele,
 houve um decréscimo dos investimentos na área entre 2008 e 2010. “Em 
2011, já sabemos que investimos 28%, recuperando um pouco a perda. 
Certamente em 2012 o investimento será ainda maior”, disse. A conta que o
 estado gaúcho fez para 2011, entretanto, inclui os gastos com 
aposentadoria que não são contabilizados pelo Siope. De acordo com 
Azevedo essa metodologia é aceita pelo Tribunal de Contas do estado. Em 
outras unidades da Federação também há divergência sobre a inclusão dos 
aposentados no cálculo e não há um entendimento comum sobre a regra, 
apesar de o governo federal não considerar esse gasto um investimento 
direto em educação.
Na lista dos municípios “inadimplentes”,
 a maioria é do Rio Grande do Sul (nove), Paraná (sete), Minas Gerais 
(sete) e São Paulo (seis). O restante das prefeituras que não cumpriram a
 regra é do Acre, de Alagoas, do Amazonas, Amapá, da Bahia, do Ceará, 
Espírito Santo, de Goiás, do Maranhão, Pará, de Pernambuco, do Piauí, 
Rio de Janeiro, de Roraima e Sergipe.
Veja o percentual de investimento em educação de cada estado em 2010
- Acre - 26,21%
- Alagoas - 25,61%
- Amapá- 32,04%
- Amazonas - 25,78%
- Bahia - 26,28%
- Ceará - 29,20%
- Distrito Federal - 29,28%
- Espírito Santo - 30,57¨%
- Goiás - 27,48%
- Maranhão - 26,72%
- Mato Grosso - 26,01%
- Mato Grosso do Sul - 32,51%
- Minas Gerais - 27,25%
- Pará - 25,33%
- Paraíba - 26,54%
- Paraná - 31,79%
- Pernambuco - 26,45%
- Piauí - 27,27%
- Rio de Janeiro - 27,17%
- Rio Grande do Norte - 22,40%
- Rio Grande do Sul - 19,70%
- Rondônia - 26,21%
- Roraima - 25,65%
- São Paulo - 30,18%
- Santa Catarina - 26,19%
- Sergipe - 28,31%
- Tocantins - 25,90%
(AGÊNCIA BRASIL)
Fonte: www.cnte.org.br 
 
 
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