Viagens fluviais no Amazonas podem durar até três dias e três noites.
Jogar baralho e ouvir música estão entre as estratégias para driblar o tédio
Baralho já virou companheiro de Artur durante as viagens (Foto: Girlene Medeiros / G1 AM) |
Viajar é um costume que muitos gostam de cultivar. Na Amazônia, o
principal meio de transporte para as cidades da região são as
embarcações e, dependendo do destino, o passageiro pode enfrentar até
três dias e três noites pelos as águas dos rios.
O percurso longo exige que o viajante seja criativo e eleja
'artifícios' para matar o tédio enquanto chega em terra firme. Ler
livros, conhecer novos amigos, palavras cruzadas, ouvir músicas e até
mesmo jogos de baralhos são alternativas para os viajantes.
Acostumado ao vai e vem das viagens entre Manaus e o município de
Anori, por exemplo, com distância estimada em 195km, o pintor André Alves, de 34
anos, encontra nos jogos de tabuleiro o principal passatempo para a
rota. "A paisagem é muito bonita, mas chega um momento em que a gente
simplesmente se cansa. É quando entra em cena os joguinhos que a gente
sempre traz. O baralho é uma forma de diversão que encontramos até mesmo
para bater papo e sair do silêncio da viagem", disse Artur, afirmando
ter realizado mais de cem viagens pelos rios da Amazônia.
O vendedor Cirineu Oliveira, de 51 anos, trabalha com o transporte de
cargas entre os municípios do estado do Amazonas. O ofício já o fez ter feito mais
de 300 viagens pelas águas da Região Norte. Segundo ele, o enjoo é a
primeira coisa que se perde depois de algumas viagens feitas.
Muitos passageiros aproveitam para descansar enquanto viajam (Foto: Girlene Medeiros / G1 AM) |
"Viajo direto e é maravilhoso. Gosto muito de escutar música e apreciar
esse quadro vivo dado por Deus que é a paisagem amazônica. É muito
difícil ter enjoo e a música serve para dar uma relaxada e fazer a
viagem passar mais depressa", afirmou o vendedor.
Já a estudante Karina Lima, de 20 anos, é natural de Anori e visita Manaus uma vez por ano. A viagem mais longa da jovem foi para a cidade de Lábrea, 702 km de Manaus. O celular e a rede para dormir são os principais companheiros nestas jornadas.
"Viajei também para Anamã e Codajás também. Em geral, é bastante tempo que a gente fica sem fazer nada, durante as viagens, e fico ouvindo música, vendo mensagens no celular. Em uma das viagens, conheci uma pessoa que se tornou meu grande amigo. Tenho contato até hoje com ele e isso foi há oito anos", recordou Karina.
Já a estudante Karina Lima, de 20 anos, é natural de Anori e visita Manaus uma vez por ano. A viagem mais longa da jovem foi para a cidade de Lábrea, 702 km de Manaus. O celular e a rede para dormir são os principais companheiros nestas jornadas.
"Viajei também para Anamã e Codajás também. Em geral, é bastante tempo que a gente fica sem fazer nada, durante as viagens, e fico ouvindo música, vendo mensagens no celular. Em uma das viagens, conheci uma pessoa que se tornou meu grande amigo. Tenho contato até hoje com ele e isso foi há oito anos", recordou Karina.
Viagens fluviais podem durar até três dias e três noites (Foto: Girlene Medeiros / G1 AM) |
Girlene Medeiros
Fonte: g1.globo.com
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