Substância da almecegueira foi usada em pesquisa em Ribeirão Preto, SP. 
Eficácia contra raios UV foi evidenciada após testes em camundongos.
| Pesquisadora da USP testa gel que pode prevenir o envelhecimento e o câncer de pele (Foto: Rodolfo Tiengo/G1) | 
	Pesquisadoras da Universidade de São Paulo (USP) descobriram uma 
substância extraída de uma planta da região amazônica capaz de reduzir o
 envelhecimento da pele e de ajudar na prevenção contra o câncer. A 
partir de testes em camundongos sem pelos, uma equipe da Faculdade de 
Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (SP) desenvolveu um gel com um 
extrato da casca da almecegueira que consegue combater radicais livres –
 produzidos pela exposição aos raios ultravioleta - agressivos às 
células que revestem o corpo.
A descoberta foi anunciada durante um projeto de mestrado desenvolvido 
pela estudante Ana Luiza Scarano Aguillera Forte e orientado pela 
professora Maria José Vieira Fonseca, que se estendeu por dois anos. As 
pesquisadoras chegaram ao extrato depois de uma triagem com 40 plantas 
da Amazônia, das quais quatro tinham maior potencial para serem usadas 
como antioxidantes. Segundo Ana Luiza, a almecegueira foi a que 
apresentou menos propriedades tóxicas.
	“A nossa pele tem defesas naturais que vão diminuindo e sozinhas não 
são suficientes para combater todos os radicais que são produzidos. Essa
 substância ajuda esse sistema e evita os danos”, explicou. Segundo ela,
 apesar de ajudar a evitar o envelhecimento, o composto não pode ser 
utilizado sozinho para proteger a pele contra toda ação dos raios UV.
	De acordo com a farmacêutica, a substância já foi utilizada para outras
 finalidades, como no combate a alguns parasitas do organismo humano, 
mas pela primeira vez é testada como antioxidante natural da pele. 
Futuramente, ela acredita que o produto poderá ser utilizado tanto 
exclusivamente para reduzir o envelhecimento da pele quanto combinado a 
um protetor solar.
	Testes
Durante os testes, foram usados três grupos de camundongos submetidos a situações diferentes: os que foram expostos a raios ultravioleta sem nenhuma proteção extra; os que foram submetidos aos raios, mas receberam uma aplicação do gel desenvolvido pela USP; e um terceiro grupo que ficou no escuro.
Durante os testes, foram usados três grupos de camundongos submetidos a situações diferentes: os que foram expostos a raios ultravioleta sem nenhuma proteção extra; os que foram submetidos aos raios, mas receberam uma aplicação do gel desenvolvido pela USP; e um terceiro grupo que ficou no escuro.
	Verificou-se que o grupo de camundongos que recebeu a substância 
antioxidante havia mantido o mesmo nível de enzimas naturais de defesa 
da pele dos que tinham permanecido no escuro. O grupo exposto aos raios 
UV que não teve a proteção extra do gel apresentou um nível menor de 
enzimas naturais – pelo fato destas terem sido usadas para combater os 
radicais livres resultantes da exposição à luz.
| Testes com a substância começaram há dois anos em Ribeirão Preto (Foto: Rodolfo Tiengo/G1) | 
	O próximo passo das pesquisadoras é buscar investimentos para 
viabilizar os testes em humanos. Segundo Ana Luiza, o experimento só 
será viável com um sistema de irradiação de raios adequado, além de 
voluntários. “Não temos estrutura, precisamos de parceria com alguma 
empresa”, afirmou.
Fonte: g1.globo.com
 
 
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