Powered By Blogger

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

NEGLIGÊNCA

Coema responsabiliza Sema por morte de peixes e animais no rio Jari

O plano de salvamento de animais que habitam no rio Jari foi prejudicado pela atitude da Sema em se omitir, causando a morte de inúmeros peixes e animais.
O Conselho Estadual do Meio Ambiente (Coema) reclamou da ausência da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) na operação de salvamento dos animais situados nas margens do rio Jari, como parte de uma das etapas da construção da Usina Hidrelétrica de Santo Antônio. Trata-se de uma fronteira natural na chamada Amazônia Legal, onde 60% das terras situam-se no Estado do Pará, enquanto o restante no Amapá. O plano de salvamento foi executado no início deste mês.
A Usina Hidrelétrica de Santo Antônio está definida através do Decreto Federal nº 88.607, de 9 de agosto de 1980, o mesmo que criou o Distrito Industrial do Jarí. O empreendimento foi contemplado por uma área de aproximadamente 1,6 milhão de hectares, sendo que ao Sul limita-se com o rio Amazonas, a Leste com o rio Cajari, a Oeste com o rio Paru e falhas geológicas ao Norte.
O Coema acusou a Sema de não acompanhar os passos da construção da hidrelétrica de Santo Antônio. Nas audiências públicas em Monte Dourado (PA) e Laranjal do Jari houveram muitos questionamentos, inclusive a criação de uma comissão interinstitucional para acompanhar o desdobramento das ações, como por exemplo: a decisão de quem poderá se apropriar das madeiras que ficarão submersas.
O vice-presidente do Coema, José Airton Barbosa Soares, disse que houve uma falha da Sema em não acompanhar o Plano de Salvamento dos Animais. “O empreendimento é licenciado pelo Ibama, mas o Estado é um ente federativo que deve acompanhar essas ocorrências para que males não venham a acontecer. Afinal, são fronteiras com outros estados”, frisou. Foi discutido pelo Coema a timidez da Sema na região do Jari, pois o empreendimento obteve a licença ambiental e iniciou as atividades.
A secretaria continuou inerte, tendo como resultado a mortandade de peixes e animais na área alagada. “Na região onde foi feita a transposição do rio tem um espaço geográfico significante para os animais serem cuidados, evitando, assim, danos maiores. Mas isso não ocorreu de maneira criteriosa. Por causa disso, centenas, talvez até milhares, de animais foram mortos devido a deficiência no plano de salvamento”, acusou Airton Soares.
A reportagem do jornal A Gazeta tentou ouvir os titulares da Sema sobre o assunto. A chefia de gabinete disse que retornaria o contato assim que marcasse a entrevista, o que não ocorreu até o final da tarde de ontem (10). (Jorge Cesar/aGazeta)

Fonte: amapadigital.net


Nenhum comentário:

Postar um comentário