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Encerrado o Pan de Guadalajara, o saldo brasileiro foi de 141 medalhas e 23 vagas conquistadas em Londres-2012. Das 93 vagas disponíveis, a delegação conseguiu 24,73%. Treze modalidades ofereciam passaporte para os Jogos da capital inglesa, mas o país conseguiu a classificação em apenas cinco.
A delegação nacional até pode garantir mais uma com Cesar de Castro, bronze nos saltos ornamentais (trampolim 3 m), que vai recorrer à Fina (Federação Internacional de Natação), já que os mexicanos Yahel Ernesto Castillo (ouro) e Julian Isaac Sanchez (prata) já têm vaga olímpica. Mesmo assim pouco para as pretensões do COB (Comitê Olímpico Brasileiro).
Para COB, "jeitinho mexicano" ajudou os brasileiros no Pan
Estamos aprendendo, diz dirigente do COB, após o Pan.
Os últimos a garantirem vaga em Londres pelo Pan foram Erlon Silva e Ronilson de Oliveira, prata na canoagem na classe C2 1.000 m --o ouro foi dos cubanos Karel Aguilar e Serguey Torres, que já tinham vaga olímpica.
Os campeões das classes K1 200 m, K-1 1000 m, K-1 200 m feminino, K-1.500 m feminino, C-1 200 m masculino e C-1 1000 m masculino se classificam diretamente para Londres 2012. Mas o Brasil fracassou em todas.
No handebol, apenas a equipe feminina se classificou. O time masculino chegou perto, mas perdeu a final para a Argentina e vai ter de buscar a vaga no Mundial.
Luiz Pires - 28.out.11/Divulgação Vipcomm
Erlon Silva (esq.) e Ronilson de Oliveira com a medalha de prata na canoagem classe C2 1.000 m
No hipismo, somente o torneio por equipes dava vaga nos Jogos. Na categoria CCE (Concurso Completo de Equitação), o Brasil ficou com o bronze e se classificou. Nos saltos, já estava classificado. E no adestramento, foi terceiro, mas somente os dois primeiros iam para Londres-2012.
No pentatlo moderno, os dois primeiros garantiam vaga. No feminino, apenas a atleta Yane Marques (prata) se classificou. Priscila Oliveira foi a nona colocada. No masculino, ninguém levou a vaga. Luis Magno e Wagner Romão ficaram em 11º e 12º, respectivamente.
No triatlo, Reinaldo Colucci foi ouro no individual e garantiu presença em Londres-2012. Diogo Martins (quinto) e Bruno Matheus (14º) ficaram fora. No feminino, Pamella Nascimento (bronze) e Flávia Fernandes (13ª) também desperdiçaram a chance de ficar com uma vaga antecipada.
No tiro, os campeões de 11 provas garantiam vaga em Londres. Ana Luiza Ferrão, na pistola 25 m, foi a única a levar um ouro, mas ela já tinha vaga assegurada desde 2010 pelo Campeonato das Américas.
No polo aquático, o Brasil foi bronze no masculino e no feminino e ficou com a vaga no Pré-Olímpico --mas apenas o ouro daria a vaga diretamente para Londres-2012.
Nos saltos ornamentais, o país só conseguiu pódio com Cesar de Castro (bronze), mas tanto no trampolim 3 m como na plataforma 10 m a vaga olímpica estava reservada para os campeões. Nenhum levou ouro.
No tênis de mesa, o Brasil foi campeão por equipe (no masculino), mas apenas o título no individual (masculino e feminino) classificavam diretamente para os Jogos Olímpicos.
Daniel Marenco - 23.out.2011/Folhapress
Jogadoras da seleção brasileira de handebol comemoram o ouro nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara
104 CLASSIFICADOS
A menos de um ano de Londres-2012 (previsto para julho próximo), a delegação já tem 104 atletas classificados e, por enquanto, é menor do que a enviada na última Olimpíada. Em Pequim-2008, o país mandou a maior delegeção da história. Foram 277 atletas (144 homens e 133 mulheres).
O resultado em Pequim foi também o melhor da história do Brasil na Olimpíada, com 15 medalhas (três ouros, quatro pratas e oito bronzes). O resultado havia igualado o de Atlanta-1996, também com 15 medalhas, mas com uma prata a menos (três ouros, três pratas e nove bronzes).
Em junho último, há um ano da Olimpíada, o COB disse que a expectativa em Londres-2012 é repetir o desempenho de Pequim, quando terminou na 23ª posição no quadro de medalhas.
CONFIRA OS CLASSIFICADOS PARA LONDRES-2012:
Basquete (24 atletas)
Feminino - classificação no Pré-Olímpico da Colômbia, em outubro de 2011.
Masculino - classificação na Copa América da Argentina, em setembro de 2011.
Boxe (3 atletas)
Everton Lopes (-64kg) - classificação no Mundial de Baku, em outubro de 2011.
Esquiva Falcão (-75kg) - classificação no Mundial de Baku, em outubro de 2011.
Róbson Conceição (-60kg) - classificação no Mundial de Baku, em outubro de 2011
Canoagem (2 atletas)
Erlon Silva e Ronilson de Oliveira (classe C2 1000 m) - classificação no Pan de Guadalajara, em outubro de 2011.
Ciclismo (3 atleta)
Estrada (masculino) - uma vaga obtida no Campeonato Pan-Americano da Colômbia, em maio de 2011 e duas pelo ranking mundial.
Futebol (36 atletas)
Feminina - classificação no Sul-Americano do Equador, em novembro de 2010.
Masculino - classificação no Sul-americano (sub-20) do Peru, em fevereiro de 2011
Ginástica artística (2 atletas)
Arthur Zanetti (argola) - classificação no Mundial de Tóquio, em setembro de 2011.
Diego Hypólito (solo) - classificação no Mundial de Tóquio, em setembro de 2011.
Handebol (14 atletas)
Feminino - classificação no Pan de Guadalajara, em outubro de 2011.
Hipismo (10 atletas)
Equipe (saltos - cinco vagas) - classificação nos Jogos Equestres Mundiais dos EUA, em outubro de 2010.
Equipe (Concurso Completo de Equitação - cinco vagas) - classificação no Pan de Guadalajara, em outubro de 2011.
Natação (5 atletas)
Poliana Okimoto (maratona aquática 10 km) - classificação no Mundial de Xangai, em julho de 2011.
Revezamento 4x 100 m masculino - classificação no Mundial de Xangai, em julho de 2011.
Pentatlo moderno (1 atleta)
Yane Marques - classificação no Pan de Guadalajara, em outubro de 2011.
Taekwondo (1 atleta)
Diogo Silva (-68kg) - classificação no Pré-Olímpico do Azerbaijão, em junho de 2011.
Tiro esportivo (2 atletas)
Ana Luiza Ferrão Mello (pistola 25 m) - classificação no Campeonato das Américas no Rio, em novembro de 2010.
Felipe Fuzaro (fossa olímpica double) - classificação no Campeonato das Américas no Rio, em novembro de 2010.
Triatlo (1 atleta)
Classificação no Pan de Guadalajara, em outubro de 2011.
Mesmo com tanta alegria cabe uma crítica de um humilde observador.
Uma pequena ilha como Cuba conseguiu ganhar mais medalha do que um gigante como o Brasil. A explicação está no fato de que em Cuba o incentivo à prática de esporte começa nas escolas; e lá as crianças e atletas têm apoio do governo para desenvolver suas potencialidades. Enquanto no Brasil, essa forma de incentivo ainda deixa muito a desejar. Num país onde "heróis" como Solonei da Silva ex-catador de lixo, a piauiense Nonata entre outros, tiveram que travar árduas lutas para se tornarem atletas e vencerem, como o caso de Solonei que venceu a maratona do Panamericano e nos enche de orgulho. Já há muito tempo, o Brasil não é mais o país só do futebol, mas também do veleibol que no Panamericano de Guadalajara ganhou tudo o que disputou.
Esperamos que esse Panamericano sirva de exemplo para que nossos governantes despertem para a importância da prática do esporte pelas crianças desde cedo a partir das escolas e a grandeza e importância do Brasil seja demonstrada nas diversas modalidades espotivas.
Fonte: folha.uol
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