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sábado, 30 de abril de 2011

NOVIDADES SOBRE UHE SANTO ANTÔNIO DO JARI


A Aneel autorizou o aumento da capacidade instalada na hidrelétrica Santo Antônio do Jarí, no Amapá, de 167 MW para 300 MW. A usina participou do último leilão A-5 em dezembro, já com a nova potência, e vendeu 190 MWm a R$ 104/MWh. O empreendimento foi arrematado pelo Consórcio Amapá Energia, formado pela ECE Participações e Jari Energética.

A usina também teve seu ponto de conexão com o SIN alterado. O projeto inicial foi modificado por orientação da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e a ligação será realizada pela subestação Laranjal do Jari, no linhão Tucuruí - Macapá – Manaus.

A geração comercial da primeira turbina está prevista para 30 de setembro de 2014, com obrigação de ter energia no sistema nacional em 2015.

Fonte: http://www.energiahoje.com

sexta-feira, 29 de abril de 2011

ANACRONISMO

Parece que eu nasci fora de época, pois acho certas coisas como besteirol e absurdos desmedidos.
Não entendo, por exemplo porque a imprensa brasileira está dando tanto destaque ao casamento do herdeiro do trono britânico, o príncipe William ao invés de mostrar tantos problemas ou belezas que existem em nosso Brasil.
Também não entendo porque tantas pessoas idolatram outros seres humanos a ponto de cometer loucuras desmedidas.
Talvez a explicação esteja no argumento de o Brasil ter sido colonizado por mais de três séculos e onde uma minoria se acostumou a impor seus valores importados de fora e viver às custas do trabalho e da exploração da maioria da população.
Isso tudo também se reflete no aspecto cultural, no alto índice de analfabetismo, na baixa qualidade da educação entre outros. A melhor música de 2009, segundo a imprensa tinha como título "Você não vale nada, mas eu gosto de você" uma composição que denegre a imagem da mulher e da família; isso acontece mesmo com tantas composições musicais que a mesma imprensa se omite em divulgar como é o caso da música"Pérola Azulada", do artista amapaense Zé Miguel e milhares de outras músicas de boa qualidade produzidas por esse imenso Brasil.
Isso é muito triste, pois vivemos numa sociedade onde precisa-se urgentemente pensar em equacionar riquezas, infomações e outros aspectos. No entanto, o que se vê é a valorização de coisas supérfluas e que não contribuem em nada para a construção de um mundo melhor e mais justo.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

O CAOS EM LARANJAL

Às vezes fico me perguntando que crime a população de Laranjal do Jari cometeu para ser tão castigada pelos políticos locais e nacionais.
Todos os dias ouvimos denúncias e mais denúncias. Hora são as obras inacabadas como a ponte sobre o rio Jari, o conjunto habitacional Novo Buritizal, o Centro de Fisioterapia entre outros sem que recebamos explicações plausíveis; outra hora são comentários sobre o repasse de R$ 600.000,00 para construção do matadouro municipal, sem que haja nem área para tal obra. Enquanto isso, a população sofre as agruras da incompetência e do abandono dos senhores governantes.
Na área da educação são escolas funcionando em prédios inadequados e em ruínas como as Escolas Estaduais Prosperidade, situada na esquina da Avenida Tancredo Neves com a Rua Vitória Régia; Bom Amigo do Jari, localizada no loteamento Sarney e Irandir Pontes Nunes, sobre palafitas na margem do rio Jari, no Bairro Santarém; todas condenadas pelo Corpo de Bombeiros como inadequadas a atividade educacional.
Na saúde, falta remédio, equipamentos hospitalares como incubadoras, médicos etc.
Enquanto o Amapá é manchete na mídia nacional com escabrosos casos de corrupção e desvio de dinheiro público, a população fica a mercê da falta de compromisso, do descaso dos políticos e do caos de um modo geral.
INDIGNAÇÃO é o que sentimos como cidadãos que trabalhamos honestamente, pagando uma absurda quantidade de impostos.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Laranjal do Jari - Enchente de abril de 2011

Laranjal do Jari - Enchente de abril de 2011
Hoje, 27 de abril de 2011 há cerca de vinte dias a cheia do rio Jari começou a inundar as casas situadas nas áreas mais baixas da cidade de Laranjal do Jari.
Até a presente data já foram contabilizadas 3 mortes, duas crianças, de dois e três anos e um senhor de 46 anos que após sofrer um ataque epilético caiu na água e se afogou.
De acordo com o coordenador da Defesa Cilvil, 1.185 famílias já foram atingidas pelas cheias do rio Jari, totalizando 4.397 desabrigados e desalojados.
O nível da cheia já chegou a 2,70 metros, sendo que do dia 25 para o dia 27.04.2011, a cheia baixou de para 2,54 metros.
A Defesa Civil, o Corpo de bombeiros e outras instituições tem ajudado a remanejar as pessoas das áreas ribeirinhas para os abrigos e com cestas básicas.
Os abrigos já são doze, entre eles estão: a Casa do Agricultor, Sede do B.Q. (Associação Bucho Quebrado), Estádio Queirogão; as escolas municipais Terezinha Queiroga, Zélia Con
ceição e as escolas estaduais Mineko Hayashida, Maria de Nazaré Rodrigues, Prosperidade, Santo Antônio do Jari entre outros.
Outras escolas como Sônia Henriques Barreto, Emílio Médici, Irandir Pontes, Weber Eider, Vinha de Luz e Paulo Freire, estão com suas aulas paralisadas há pelo menos dez dias por estarem localizadas nos lugares atingidos pela enchente.
Muitas soluções mirabolantes já são propaladas por várias autoridades como por exemplo a dragagem do rio Jari que comentam está assoreado em cerca de dez metros nas proximidades de Laranjal do Jari; outra solução comentada é a transferência total de todas as pessoas das áreas ribeirinhas para locais mais altos.
Enquanto esperamos pelas soluções definitivas, nos perguntamos quantas enchentes e desperdícios de dinheiro público ainda serão necessários para não mais presenciarmos essas tragédias? Ou será quem alguém está satisfeito ou está lucrando com tudo isso?

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Enchente em Laranjal do Jari


No ano de 2011, mais uma enchente em Laranjal do Jari. Os números contabilizados até hoje são: duas mortes por afogamento, mais de quatro mil desabrigados e muito estrago e destruição. Pelo menos, dez escolas já tiveram as suas aulas paralizadas; umas por estarem alagadas e outras por estarem servindo de abrigo aos desabrigados.
Apesar da cultura dos amazônidas de habitarem em áreas de várzeas, às margens dos rios, algo precisa ser feito ou mudado no sentido de evitar o sofrimento de tantas pessoas e os prejuízos advindos dessas tragédias. Afinal, nesses últimos dez anos foram pelo menos, três enchentes de grandes proporções e três incêndios. Muitos desastres que impendem o desenvolvimento da cidade.
As soluções têm que ser pensadas e efetivadas conjuntamente entre governos e sociedade.
Já está mais do que na hora de transferir os ribeirinhos para lugares mais altos e estruturados. Chega de depender dos favores governamentais, chega de sofrimento, chega de servir de chacota nacional. É hora de pensar em soluções sérias e urgentes e agir o mais rápido possível.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Revolta do Cezário - Conflito no Jari

Assim como a Guerra de Tróia, a Revolta do Cezário teria ocorrido por causa da esposa do seringueiro José Cezário de Medeiros que diziam ser jovem e muita bonita.
Ela teria adoecido e precisando de maiores cuidados foi levada para Arumanduba, sede das empresas de José Júlio de Andrade
. De Arumanduba ela seria levada para Belém, onde iria receber cuidados médicos. Na sua estadia em Arumanduba o senhor Duca Neno, gerente da empresa de José Júlio simpatizou com ela e, como a mesma não aceitou o seu assédio ele passou a maltratá-la.
O motim contou com o envolvimento de cerca de oitocentas pessoas, entre homens, mulheres e até crianças.
Segundo Cristóvão Lins, José Cezário começou a arquitetar a revolta a partir de 17 de junho de 1928, após o recebimento de uma carta de sua esposa contando as intenções de Duca Neno e a forma como ela estava sendo tratada em Arumanduba.
Quando o navio, Cidade de Almeirim, responsável pelo abastecimento das filiais e o recolhimento da produção extrativista florestal chegou à vila de Santo Antônio da Cachoeira, em 5 de julho de 1928. Ocasião em que José Cezário prendeu o camandante do navio José Américo juntamente com o restante da tripulação.
Depois do embarque dos revoltosos o navio seguiu pelo rio Jari para a Arumanduba, sede do conglomerado do coronel Zé Júlio.
Chegando em Arumanduba os revoltosos prenderam Duca Neno no porão de um navio maior, o cidade de Alenquer e rumaram para a cidade de Belém onde Neno seria entregue às autoridades. Nas proximidades de Belém uma corveta da marinha interceptou o navio com os revoltosos e libertou Duca Neno.
De acordo com Lins, a Revolta do Cezário foi o episódio mais negativo da história da empresa Jari e da fase em que a região pertencia ao coronel José Júlio (1899-1948).

domingo, 13 de fevereiro de 2011

A Vila do Pau-Roliço

Em 1967, Quando Daniel Keith Ludwig adquiriu as terras do Vale do Jari vivia nessa região cerca de dois mil posseiros que começaram a ser expulsos.
Os assessores de Ludwig, achavam que não era necessário reunir com os posseiros para discutir sobre a desocupação das terras de forma legal.
No mês de julho de 1968, a direção da Jari liberou uma área, hoje localizada à margem direita do rio Jari, próximo de onde fica a Casa da Amizade e um pouco abaixo da cabeceira da futura da ponte sobre o rio Jari. Aí foi permitido a construção de casas rústicas de madeira, em estilo palafita.
O povoado surgido deu origem, posteriormente a uma aglomeração urbana chamada de Vila do Pau-Roliço.
A autorização foi dada, também devido a destruição de alguns barracos por uma enchente, no lado esquerdo do Jari, no Território Federal do Amapá na localidade do Beiradão.
A vila foi erguida em três dias pelos próprios funcionários da Jari, com material doado pela empresa.
No início de 1971, o povoado contava com 26 palafitas, abrigando 229 pessoas, sendo que a maioria eram funcionários da Jari e os demais ex-empregados recém-demitidos e familiares.
Desde 1970, a direção da empresa Jari já somava esforços para a extinção da povoação por meio da força. Os motivos, segundo José Aragão, adminstrador de Monte Dourado, na época, um pequeno acampamento, era a falta de higiene e a promiscuidade causada pela constante presença de forasteiros, oriundos, principalmente do tráfego de regatões na Vila do Pau-Roliço.
Apesar da insistência, por parte dos diretores da Jari em destruir a Vila do Pau-Roliço através da coação e da violência, as casas só foram desocupadas e destruídas definitivamente em 9 de maio de 1971, com a devida indenização do moradores.
Com isso, os habitantes da Vila do Pau-Roliço venceram a poderosa empresa norte-americana nessa disputa.
Dessa forma, afirmamos que a Vila do Pau-Roliço constitui-se numa página da história da região do Vale do Jari e foi o embrião que deu origem ao povoado Beiradão, já que seus moradores, ao ser dispersos, atravessaram o rio e foram construir suas residências no lado esquerdo do Jari onde o controle da empresa não era tão rígido.