Governo do Amapá transferiu início das aulas do dia 2 para 9 de março.
Data pode mudar se não houver desbloqueio das contas de caixas escolares.
| Secretária Conceição Medeiros concedeu entrevista coletiva (Foto: Cassio Albuquerque/G1) | 
 O início do ano letivo de 2015 nas escolas da rede estadual do Amapá 
foi adiado pela terceira vez, pela Secretaria Estadual de Educação 
(Seed). O início das aulas foram transferidas do dia 2 para o dia 9 de março. A 
falta de estrutura nas escolas e dívidas com fornecedores e 
trabalhadores que atuam nos colégios seriam os motivos para o atraso do 
processo, segundo a Seed. Inicialmente, o calendário escolar começaria no dia 23 de fevereiro.A secretária de Educação, Conceição Medeiros, informou que o bloqueio 
judicial das contas dos caixas escolares através de ações trabalhistas 
impedem os pagamentos das dívidas das instituições de ensino. Segundo 
ela, estão embargados mais de R$ 28 milhões em recursos vindos do Governo
 Federal e do tesouro estadual, que deveriam ser repassados às escolas.
 "Esse desbloqueio se faz urgente e necessário para que possamos começar
 o ano letivo. Sem merenda, sem transporte e sem manutenção fará com que
 esse calendário inicie com sérios problemas", falou a secretária, 
durante entrevista coletiva nesta quinta-feira.
 A Seed chegou a anunciar a liberação
 de recursos emergenciais para reformas e compra de alimentos para a 
merenda dos alunos de instituições de Macapá e dos interiores do estado, mas a medida não atenderia a todas as escola, segundo a secretária.
Mais de 50% das nossas escolas precisam de reformas e de pequenos 
serviços, como esvaziamento de fossas, descupinização, manutenção na 
rede hidráulica e elétrica. Temos recebido diariamente demanda de 
escolas que passaram seis meses sem receber manutenção. Estamos atuando 
junto com a Secretaria de Estado da Infraestrutura (Seinf) para fazer um
 plano de reestruturação dessas escolas", disse Medeiros.
 A secretaria, através da Procuradoria Geral do Estado (PGE), informou 
também que está negociando com o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 
8ª Região acordos para o pagamento das ações trabalhistas.
| Seed diz que escolas estão sem merenda e estrutura para atender a alunos (Foto: Abinoan Santiago/G1) | 
 O subprocurador-geral do Estado, Julhiano Avelar, informou que a 
proposta do governo é garantir o pagamento de uma parcela das ações 
requeridas pelos trabalhadores, que atuavam em grande parte na Unidade 
Descentralizada de Educação (UDE), e reagendar o pagamento dos valores 
restantes.
 "A proposta é concentrar todas as centenas de ações em uma única vara 
em Macapá. A partir deste procedimento, iremos pagar parte destes 
valores através de recursos da Secretaria Estadual da Fazenda [Sefaz], 
para garantir o desbloqueio das contas dos caixas escolares. Estamos 
atuando para que isso seja resolvido no menor tempo possível, senão 
continuaremos em débito e pode ocorrer um novo adiamento das aulas", 
falou o subprocurador-geral. O término do ano letivo, segundo a Seed, 
está programado para o dia 9 de janeiro de 2016.
A Seed informou que a soma de todos os débitos da Educação, nos últimos quatro anos, resultam em quase R$ 1 bilhão, dos quais R$ 350 milhões são dívidas de 2014. Deste valor, mais de R$ 117 milhões são referentes ao atraso no pagamento de serventes e merendeiras, que estão há cinco meses sem receber os salários, além de férias e valores não repassados ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e Fundo de Garantia Por Tempo de Serviço (FGTS).
A Seed informou que a soma de todos os débitos da Educação, nos últimos quatro anos, resultam em quase R$ 1 bilhão, dos quais R$ 350 milhões são dívidas de 2014. Deste valor, mais de R$ 117 milhões são referentes ao atraso no pagamento de serventes e merendeiras, que estão há cinco meses sem receber os salários, além de férias e valores não repassados ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e Fundo de Garantia Por Tempo de Serviço (FGTS).
 A dívida com empresas de vigilância passa de R$ 14 milhões. Mais de R$ 
11 milhões são débitos com trabalhadores do transporte escolar, R$ 4 
milhões são referentes a serviços de manutenção e outros R$ 11 milhões 
são dívidas com fornecedores de merenda escolar.   
   
Fonte: G1/AP                          
 
 
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