O Ibope realizou uma 
pesquisa nas escolas públicas do Brasil. O resultado foi divulgado 
ontem, quarta-feira (28), e apontou que os espaços de ensino brasileiros
 não possuem espaços destinados para a prática da educação física.
 A pesquisa entrevistou professores e diretores de mais de 450 escolas 
em todo o país e ainda identificou a ausência de um programa de ensino 
com qualidade na aplicação da disciplina.
A ONG Atletas pela Cidadania, juntamente com o Instituto Ayrton Senna
 e o Instituto Votorantim foram os responsáveis pelo pedido da pesquisa.
 Como um professor e um diretor das escolas avaliadas foram 
entrevistados por telefone, a pesquisa conta com uma margem de erro de 
5%.
Ana Moser, profissional atuante na área do esporte educacional e 
diretora da ONG Atletas pela Cidadania, destacou que um dos sinais 
apontados pelo estudo é o da precariedade da infraestrutura, deficiente 
nas regiões nordeste e em áreas rurais. Outro ponto destacado por ela é 
que a disciplina em si não tem sido ofertada com um objetivo claro.
A metodologia do Ibope aponta que o espaço para a prática esportiva 
não é apenas a construção e oferta de uma quadra poliesportiva, por isso
 o número alto de escolas que foram identificadas sem a estrutura 
adequada.
A precariedade fica mais aparente quando analisada a formação dos 
professores. Foi identificado que apenas 44% dos educadores possuem 
pós-graduação e mais outros 36% possuem ao menos uma licenciatura. 
Entretanto, um número próximo de 6% possui completo apenas o ensino 
médio. 
Satisfação profissional
No quesito contentamento pessoal, a satisfação atingiu um grande 
número dos profissionais. A pesquisa revela que 72% dos entrevistados 
indicam as notas entre oito e dez ao serem questionados sobre a 
satisfação com a profissão, sendo o dez “muito satisfeito”.
Mesmo indicando como objeto da prática da educação física desenvolver
 práticas para uma vida saudável nos alunos, juntamente com habilidades 
de colaboração e comunicação, 78% dos pesquisados afirmara que avaliam 
os alunos apenas pelo desempenho nos exercícios.
Viviane Senna, presidente do Instituto Ayrton Senna, explicou que a 
pesquisa funciona como uma “fotografia” da situação do que precisa ser 
revisto nas escolas públicas brasileiras, destacando que é hora de 
trabalhar também na metodologia dos docentes.
Fonte: www.noticiasbr.com.br
 
 
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