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sexta-feira, 30 de março de 2012

Ensino médio inovador, realidade ou utopia?

Em um debate sobre as novas políticas para o plano nacional de educação, realizado na Câmara Federal, o atual ministro da educação Sr. Aloizio Mercadante discursou sobre as futuras inovações que deverão ser implantadas na educação pública brasileira para os próximos anos.
Dentre as inovações que foram citadas pelo ministro em seu discurso, está a implantação nas escolas que trabalham com o ensino médio, o sistema de educação digital, que seria a distribuição de um aparelho de tablet para cada professor, e também a implantação em cada sala de aula de uma lousa digital.
Para nós educadores, que estamos ligados de forma direta com a educação, com toda certeza sabemos que são importantes passos para uma renovação da educação. Mas também sabemos que não seria as prioridades para o atual momento, vejamos alguns dos motivos onde mostra a incapacidade de planejar dos nossos governantes:
- os governos, nas diferentes esferas do poder, não conseguem planejar a distribuição dos livros didáticos de forma eficaz, onde atenda todas as escolas, pois assistimos todos os anos livros ficarem vencidos os seus prazos para utilização, e serem descartados ainda em suas embalagens originais no lixo;
- os governos não conseguem planejar os processos seletivos para contratação de professores substitutos no início dos anos letivos, onde o calendário escolar inicia e a falta de professores nas escolas é generalizada;
- além de fatos ligados a infraestrutura, onde as escolas estão sucateadas, sala de aulas em péssimas condições de uso, falta de cadeiras, em muitas escolas que foram instalados os sistemas de ar condicionado, a rede elétrica não suporta a sua utilização, e ficam desligados na maior parte dos dias.
Esses problemas elencados são mínimos em relação às dificuldades que os profissionais da educação sofrem no cotidiano das escolas. A partir desses investimentos divulgados pelo ministro, imaginem o tempo que será para a implantação dessas ferramentas nas escolas, além de aspectos ligados a treinamentos para os professores poderem se atualizar e utilizarem esses novos mecanismos?  Fica a dica para os nossos governantes, vamos fazer o básico, mas com qualidade.
(*) Josenilton Balbino de Melo é mestrando em Geografia – UFMT

 Fonte: www.atribunamt.com.br

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