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sábado, 24 de dezembro de 2011

OS DEZ MOTIVOS QUE MAIS INDIGNARAM OS BRASILEIROS EM 2011

Lista dos motivos que mais indignaram os brasileiros no ano de 2011 segundo Ruth de Aquino, colunista da Revista Época.
1) A falta de saneamento e habitação decente para os mais pobres. O número de brasileiros em favelas dobrou em uma década, segundo o IBGE.
2) O escândalo do Enem, um exame até agora em suspenso devido a vazamentos e confusões em cálculos de notas. E o analfabetismo no Brasil, maior que no Zimbábue. No ano passado, éramos a oitava economia mundial, mas em breve seremos a sexta. Quando a educação será nossa prioridade em número de alunos e qualidade de instrução?
3) Os absurdos privilégios dos deputados e senadores, que aprovam aumentos para si mesmos e, além de receber 15 salários por ano, dispõem de verba extra indecente: cerca de R$ 30 mil mensais, para gasolina, alimentação, correio, telefone, gráfica.
4) A impunidade de corruptos nos Poderes. Exonerar meia dúzia de ministros não basta.
5) A agressividade no trânsito, que torna o Brasil recordista em mortes em acidentes. São 40.610 mortos no trânsito, média de 111 por dia. Uma das causas é o aumento das motos. Morreram mais motociclistas que pedestres.
6) A falta de educação da elite brasileira. Boa parcela de ricos desenvolve falta de educação associada à arrogância e à crença na impunidade. Joga lixo nas praias e da janela de carros importados, dá festanças ignorando a lei do silêncio, viola a legislação ambiental e sempre quer levar vantagem.
7) Os impostos escorchantes, que não resultam em benefício para quem precisa.
8) A falta de um sistema de saúde pública eficiente. Grávidas ou velhos morrendo em fila de hospital ou por falta de leitos e médicos é inaceitável. Em Laranjal do Jari, pacientes eram (ou ainda são) transportados em ambulância juntamente com botijão de gás, vassoura etc.
9) A deficiência de transporte de massas, num país que fez opção equivocada pelo carro e hoje paga o preço de engarrafamentos monstruosos.
10) O descolamento do Supremo Tribunal Federal da realidade do país. Os meritíssimos juízes estão cada vez menos ágeis nas votações que interessam à população, como é o caso da Lei da Ficha Limpa e o escândalo do mensalão. Mas, quando o interesse é próprio, são rápidos até demais. Bom lembrar que não são todos os ministros que aprovam a conduta do STF este ano.
 Será que faltou vontade política ou atitude nossa? Ou ambos?
Indigne-se, mas não seja chato. Contribua para a mudança. Melhor ser um indignado otimista que um resignado deprimido. Espero, em 2012, escrever “10 razões para comemorar”. Boas festas!
 
E você tem algum motivo, além desses que o(a) deixou indignado(a) esse ano? Cite-o na caixa de comentário.
Fonte: revistaepoca.globo.com

Orçamento de R$ 3,599 bilhões reforça educação e saúde no Amapá

Emendas injetaram quase meio bilhão de reais à proposta do governo. AL, Tjap e MPE tiveram aumento no bolo orçamentário, que cresceu 32% em relação a 2011.
Com modificações de emendas parlamentares, o orçamento de R$ 3,599 bilhões para 2012, aprovado ontem (22) em sessão extraordinária pela Assembleia Legislativa, tem estimativa de receita de quase meio bilhão superior ao do texto original do governo. Além de ultrapassar os R$ 3,168 bilhões da proposta do Executivo, o valor representa um crescimento de 32,63% em relação ao orçamento do ano passado, que foi de R$ 2,702 bilhões.
Para dilatar a proposta do governo, o relator do orçamento, deputado Keka Cantuária (PDT), valeu-se de relatórios do Tesouro Nacional e do Tesouro estadual, que apontam o crescimento das fontes de receitas do Estado até setembro deste ano. Basicamente, Cantuária constatou o aumento nas transferências do Fundo de Participação dos Estados (FPE), do IPI de Exportações e do ICMS. O que significa que os números da proposta do governador Camilo estavam subestimados.
"Com base em estudos técnicos e após um amplo debate sobre as necessidades de cada Poder, resolvemos fazer os ajustes através de emendas, compatibilizando as receitas com as demandas dos diversos setores e dos Poderes Constituídos", explicou Cantuária. "Não modificamos a proposta do governo, apenas ajustamos os valores para o mais próximo da realidade", disse Keka, que considerou a aprovação da LOA como "um marco histórico para o Estado do Amapá".
Na redefinição do bolo orçamentário, quem saiu lucrando foram os setores da Educação, que saltou R$ 662.936.641 para R$ 839.048.149, incluídas as verbas da UEAP, que saltaram de R$ 10.175.053 para R$ 22.175.053; Saúde, de R$ 370.586.802 para R$ 435.610.062; Polícia Militar, de R$ 8.000.120 para R$ 16.637.520; e Polícia Civil, de R$ 5.001.920 para R$ 7.001.920. Os deputados destinaram outros R$ 8.000.000 à Secretaria de Administração (Sead), para contemplar o reajuste concedido aos policiais civis.
Quanto às fatias do orçamento de 2012 destinadas aos poderes, o Tribunal de Justiça subiu de R$ 152.369.941 para R$ 183.000.000; a Assembleia Legislativa, de R$ 113.834.747 para R$ 156.868.764; e o Ministério Público Estadual, de R$ 80.834.340 para R$ 113.438.282. O quinhão do Tribunal de Contas do Estado permaneceu inalterado, no montante de R$ 57.145.957.

Fonte: jornalagazeta-ap.com

Dilma Roussef fixa novo salário mínimo em R$ 622, a partir de janeiro

A partir de 1º de janeiro de 2012, o salário mínimo brasileiro será de R$ 622, segundo decreto da presidente Dilma Rousseff (PT), assinado nesta sexta-feira, dia 23.
A informação é da Secretaria de Comunicação da Presidência da República. Atualmente, o mínimo é de R$ 545. O novo valor passa a ser pago a partir de fevereiro referente ao mês de janeiro.
A correção do valor, proposta pelo Ministério do Planejamento em novembro, foi aprovada na quinta-feira, 22, pelo Congresso Nacional dentro do Orçamento da União de 2012. Em fevereiro, o Congresso aprovou a política de valorização do mínimo para os próximos quatro anos.
Segundo a regra, os reajustes serão calculados a partir do resultado da inflação do ano mais o resultado do Produto Interno Bruto – PIB dos dois anos anteriores. Se este formato de correção permanecer, o salário mínimo deverá superar a barreira dos R$ 800 em 2015. O texto estabelece ainda que o valor exato será fixado por decreto pela presidente.
A cada R$ 1 de aumento no salário mínimo, os gastos sobem cerca de R$ 300 milhões, segundo números do Governo Federal que estão na Lei de Diretrizes Orçamentárias sancionada recentemente pela presidente Dilma. Ou seja: o aumento de R$ 77 representa uma despesa extra de cerca de R$ 23 bilhões para o governo.

Fonte: portal G1

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Votação do Plano Nacional de Educação fica para 2012. Ivan Valente apresenta substitutivo ao texto final do relator

A votaçaõ do PL 8035/10, o novo  PNE (Plano Nacional de Educação), debatido em Comissão Especial na Câmara dos Deputados, ficou para o início do próximo ano, apesar de toda a pressão feita por setores do governo que queriam vê-lo aprovado ainda em 2011.
O adiamento reflete o impasse sobre a fixação da meta para os gastos em educação prevista no Plano.  Ao longo de todo o ano, os movimentos organizados e um grupo de parlamentares comprometidos com a defesa da escola pública travaram uma luta em defesa de 10% do PIB para as despesas diretas em educação, apresentando emendas, realizando atos e intervindo de forma consistente em todas as audiências e atividades oficiais da comissão.
Apesar dessa ampla movimentação em favor dos 10%, o governo federal, em especial a área econômica, foi intransigente na manutenção do texto original, que só prevê um gasto de 7% em 2021.
O relator, Deputado Angelo Vanhoni PT/PR, apresentou um substitutivo geral onde incorporou apenas algumas emendas que aperfeiçoavam o texto e uma ou outra proposta que não implicava em mudança na linha geral do projeto. Em relação ao ponto mais polêmico, o financiamento, a proposta apresentada por Vanhoni de 8%, além de tímida e absolutamente insuficiente, também continha um subterfúgio que tentava desmobilizar o movimento pelos 10% sem, no entanto, mexer minimamente na proposta do governo.
O relator alterou o texto original que propunha 7% do PIB com despesas diretas em educação para um a proposta de 8% do PIB com gastos totais em educação, o que permite que sejam considerados como gastos em educação uma série de despesas e repasses ao setor privado que não faziam parte da proposta original, tampouco do debate que se trava há mais de uma década sobre o tema.
“Os 8% do relator com gastos totais representam, na prática, pouco mais de 7% dos gastos diretos. Ou seja é uma nova redação mas que aponta praticamente para a mesma meta imposta pela área econômica”, criticou Ivan Valente.

 Substitutivo global

Após a apresentação do substitutivo do relator, foi aberto novo prazo para apresentação de emendas. O mandato Ivan Valente apresentou um substitutivo global ao novo texto, que procura resgatar os principais pontos deliberados pela Conferência Nacional de Educação (CONAE) de 2010 e que refletem a defesa de uma educação pública, gratuita e de qualidade para todos, combatendo a mercantilização da educação e as políticas neoliberais que estão em vigor há mais de uma década causando grandes prejuízos para a qualidade da educação no Brasil.
“Além disso, apresentamos emendas em separado, como uma forma de aprofundar o debate sobre alguns temais centrais. Recolocamos a meta de 10% do PIB já a partir de 2016, para garantir, por exemplo, a obrigatoriedade de formação inicial presencial para os profissionais da educação, aumentar a oferta de educação infantil em creches públicas e ampliar a oferta de ensino profissionalizante em instituições públicas”, disse Ivan Valente.
O esforço feito pelo movimento organizado para impedir que a votação ocorresse de forma acelerada e no apagar das luzes, impedindo um debate democrático sobre os temas, foi uma grande vitória. O adiamento da votação para 2012 permite que se amplie a mobilização em torno da defesa dos 10% e que se amplifique a pressão sobre os parlamentares e o governo, para que atenda essa reivindicação que está colocada desde a década de 90.

Fonte: ivanvalente.com.br

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

PROBLEMAS NO FORNECIMENTO DE ENERGIA EM LARANJAL DO JARI

Todos os anos com a aproximação do Natal e ano novo, a população de Laranjal e Vitória do Jari sofre com problemas no fornecimento de energia elétrica. Entra governo e sai governo e nada da solução para esse que é um dos piores percalsos para o desenvolvimento da região sul do Amapá. Há pouco mais de um ano, a população reunida promoveu uma das maiores manifestações já realizada em Laranjal do Jari devido a precariedade no fornecimento de energia elétrica; foi uma quebradeira generalizada onde os alvos principais foram a Câmara de Vereadores, a sede da Prefeitura, a residência da prefeita e o escritório da Companhia de Eletricidade do Amapá, CEA. A partir de então houve um melhoramento significativo na prestação do serviço. No entanto, nos últimos dias a população de Laranjal e Vitória do Jari vem padecendo com o mesmo problema. As explicações são as  mais estapafúrdias possíveis. Enquanto isso, vemos com pesar e revolta o nosso amado torrão servir de chacota na mídia nacional devido os escândalos de corrupção, a Assembleia Legislativa elevar para R$ 100.000,00 as verbas de gabinete dos senhores deputados estaduais e a estatal CEA servir de cabide de emprego para os apadrinhados dos políticos com poder de barganha.
São 2:00 hs da manhã e, acreditem caros leitores estou escrevendo essa postagem num calor infernal e dando bordoadas em carapanã, pois já foram dois apagões e há mais de uma hora não consigo ter o sono dos justos.
Contamos com a normalização desse serviço o mais breve possível, é o mínimo que esperamos.

NATAL EM LARANJAL DO JARI


A Iluminação de Natal na Praça João da Silva Nery superou a decoração dos anos anteriores. Está realmente muito linda. Dar para perceber que a decoração de Natal praça desse ano traz como temática a reciclagem, pois algumas árvores, arranjos e enfeites foram feitos de garrafas pet com bom gosto e criatividade. Parabéns aos idealizadores.
Segue algumas fotos abaixo.














Nove em cada dez alunos do 9º ano de escolas públicas não sabem fazer contas com centavos

Nove em cada dez alunos de escolas públicas brasileiras do 9º ano (antiga 8ª série) não sabem, por exemplo, fazer contas com centavos. Essa é uma das conclusões de um estudo feito com exclusividade para o UOL Educação com as notas da Prova Brasil de 2009. O exame serve para avaliar a proficiência dos estudantes e é utilizado no cálculo do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica). Mais de 80% dos estudantes brasileiros estão em unidades da rede pública.
De acordo com o estudo, feito pelo economista Ernesto Faria, 89,4% dos alunos do último ano do ensino fundamental tiveram desempenho “abaixo do básico” e “básico” na disciplina. Isso quer dizer que tiraram notas menores que 300 na prova –em uma escala que chega a 425 em matemática e a 350 em português.
Tirar menos que 300 significa, segundo um documento do MEC (Ministério da Educação) que divide as notas em faixas, que o estudante não consegue fazer operações de adição, subtração, divisão ou multiplicação que envolvam centavos em unidades monetárias, resolver problemas com porcentagens ou reconhecer um círculo e uma circunferência.
As classificações são usadas pelo movimento Todos pela Educação e por alguns Estados para “categorizar” o conhecimento estudantil e têm quatro níveis: “abaixo do básico”, “básico”, “adequado” e “avançado”. Um estudante no nível “básico”, por exemplo, tem domínio mínimo do conteúdo que deveria saber; um do “adequado”, por sua vez, tem domínio pleno.
No caso de matemática, no 9º ano do fundamental, “abaixo do básico” significa uma nota entre 125 e 225; “básico”, entre 225 e 300; “adequado”, entre 300 e 350; “avançado”, entre 350 e 500. Esses números variam com a disciplina e a série.
A situação é um pouco melhor em português: 77,6% dos estudantes do 9º ano das escolas públicas de todo o país não têm o conhecimento adequado para o nível em que estão. Esses alunos tiraram nota menor que 275 e não conseguem, por exemplo, reconhecer “posições distintas entre duas ou mais opiniões relativas ao mesmo fato ou tema”, de acordo com o documento do MEC.

Séries iniciais

Os resultados da Prova Brasil também mostram que quase sete em cada dez alunos do 5º ano (68,5%) não conseguiram atingir o nível “adequado” em português. Eles não sabem, por exemplo, localizar a informação principal em um texto, não entendem uma metáfora ou mesmo inferem o que provoca um eventual efeito de humor no que estão lendo.

Proficiência em português (escala Saeb)

5º ano9º ano
Abaixo do básico125-150125-200
Básico150-200200-275
Adequado200-250275-325
Avançado250-325325-350

Proficiência em matemática (escala Saeb)

5º ano9º ano
Abaixo do básico125-175125-225
Básico175-225225-300
Adequado225-275300-350
Avançado275-375350-425
Em matemática, o desempenho é praticamente o mesmo: 69,8% têm conhecimentos “abaixo do básico” ou somente “básicos”. Entre os que os estudantes deveriam fazer, mas não conseguem, está ler informações e números apresentados em tabelas ou identificar que uma operação de divisão resolve um dado problema.
A Prova Brasil é aplicada para alunos do 5º e 9º anos do fundamental de escolas públicas municipais, estaduais e federais, de áreas rural e urbana, que tenham, no mínimo, 20 matrículas na série avaliada. O exame acontece a cada dois anos e os dados mais recentes disponíveis são os da prova de 2009.
A divisão por faixas do MEC é a mesma para todos os níveis. Por isso, as notas mínimas para cada uma das categorias é diferente em cada série, já que o estudante vai adquirindo conhecimentos ao longo de sua vida escolar.

Escala não é rigorosa, diz especialista

Para Francisco Soares, especialista em avaliações em educação e professor da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), a escala montada não é rigorosa e traduz o que o estudante deveria saber. “Esses números são um ponto de corte razoável. A gente não está sendo rigoroso demais. Isso é o estado da educação brasileira, há 15 anos. Nos últimos anos, tem havido algumas melhoras. Mas, ao que tudo indica, elas têm sido produzidas por um número pequeno de alunos”, afirma.
  • Um total reduzido de estudantes com notas boas pode estar puxando a melhora dos índices nacionais (como o Ideb), apesar dos resultados na Prova Brasil, afirma Soares. “Os números sugerem que há alguns melhores. Eu brinco que, no Brasil, a melhor maneira é treinar [no ensino superior] são ‘Ronaldinhos’. Se você é bom, eu te dou mais, e você melhora. Mas isso não pode ser para a educação básica”, afirma, lembrando que a educação básica é um direito constitucional.
De acordo com Mozart Ramos, conselheiro do CNE (Conselho Nacional de Educação), órgão vinculado ao MEC, os resultados mostram, pelo menos, os caminhos que devem ser seguidos: mais investimento, melhor gestão, maior capacitação de professores e um currículo que estimule o jovem a estudar.
“Do ponto de vista da aprendizagem adequada, a gente ainda está patinando. Isso tanto se aplica tanto no ensino médio quanto no final do ensino fundamental. Onde estamos melhorando de forma de forma constante é nas séries iniciais do fundamental”, diz.