Centenas
 de servidores ocuparam o prédio da Seed durante todo o dia de sexta-feira 
(31/08) para negociar o fim do ‘estado de greve’ e tentar reaver o salário 
cortado há três meses
A
 tentativa de acabar com o ‘estado de greve’ dos professores foi mais 
uma vez frustrada permanecendo o impasse entre educadores e gestores. 
Durante todo o dia 31/08, os profissionais ficaram acampados na 
Secretaria de Estado da Educação (Seed) em busca de reabrir a mesa de 
negociação com o Governo.
Os
 ânimos exaltados na porta do gabinete do secretário Adalberto Ribeiro 
foram motivados pelo corte no salário dos grevistas que estão sem 
receber há três meses. O dinheiro retirado da conta de centenas de 
servidores e que, se especula, está servindo como fundo de campanha de 
Cristina Almeida (PSB) candidata do governador Camilo Capiberibe à 
Prefeitura de Macapá, já passa de R$ 4 milhões, pelas contas do 
Sindicato dos Servidores Públicos em Educação do Amapá (Sinsepeap).
No
 lugar do salão vazio da recepção da Secretaria próximo à porta de 
acesso aos outros setores do prédio, os professores esperavam um sinal 
do gestor que não apareceu. O acampamento custou a resistência dos 
profissionais que foram barrados pelos funcionários. Em pé ou sentados 
no chão, os professores se recusavam a sair do local. Ainda pela manhã, 
choro e gritaria marcaram a manifestação cobrando a presença de 
Adalberto Ribeiro.
Da
 Praça da Bandeira onde o movimento começou, os professores foram 
acompanhados pela Polícia Militar que permaneceu durante toda a 
manifestação na Secretaria. Coube aos policiais a missão de intermediar a
 conversa com os professores. Por telefone, o secretário de Educação 
repassava as condições em que receberia a categoria para ouvir as razões
 da manifestação. “Ele quer receber só um professor com a presença do 
Ministério Público. Ele sabe que não faríamos isso. Tudo o que precisa 
ser deliberado é feito em conjunto. Nada é decidido isoladamente. Porque
 ele não recebe uma comissão?”, questionou a professora Cristiane 
Barbosa, que faz parte do comando de greve informando que o presidente 
do Sindicato, Aroldo Rabelo, se encontra fora do Estado, por ocasião da 
mãe que está doente.
Alunos sem aula
Ao
 contrário do que diz a nota da Seed de que “em todas as escolas da rede
 [pública] as aulas ocorreram dentro da normalidade sem nenhum prejuízo 
ao calendário escolar”, os alunos foram surpreendidos por serem 
liberados mais cedo em várias instituições. “Tive só duas aulas. 
Normalmente, a diretoria costuma avisar quando não haverá aula. Mas 
dessa vez ninguém disse nada”, disse uma estudante do 2º ano do ensino 
médio da Escola Estadual Cecília Pinto.
A
 nota também informa que o secretário Adalberto Ribeiro “encontrava-se 
visitando escolas e averiguando a paralisação orientada pelo Sinsepeap, 
razão pela qual não se encontrava na sede da secretaria”. E diz ainda 
que não era possível a participação de outros membros na reunião 
“considerando as recomendações do Ministério Público” na pessoa do Dr. 
Roberto Alvareis que disponibilizou o prédio da Procuradoria Geral do 
Estado para o encontro. (Maiara Pires/aGazeta)
 Fonte: www.amapadigital.net
 
 
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