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segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Professores ocupam gabinete do secretário da Educação


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Centenas de servidores ocuparam o prédio da Seed durante todo o dia de sexta-feira (31/08) para negociar o fim do ‘estado de greve’ e tentar reaver o salário cortado há três meses

A tentativa de acabar com o ‘estado de greve’ dos professores foi mais uma vez frustrada permanecendo o impasse entre educadores e gestores. Durante todo o dia 31/08, os profissionais ficaram acampados na Secretaria de Estado da Educação (Seed) em busca de reabrir a mesa de negociação com o Governo.

Os ânimos exaltados na porta do gabinete do secretário Adalberto Ribeiro foram motivados pelo corte no salário dos grevistas que estão sem receber há três meses. O dinheiro retirado da conta de centenas de servidores e que, se especula, está servindo como fundo de campanha de Cristina Almeida (PSB) candidata do governador Camilo Capiberibe à Prefeitura de Macapá, já passa de R$ 4 milhões, pelas contas do Sindicato dos Servidores Públicos em Educação do Amapá (Sinsepeap).

No lugar do salão vazio da recepção da Secretaria próximo à porta de acesso aos outros setores do prédio, os professores esperavam um sinal do gestor que não apareceu. O acampamento custou a resistência dos profissionais que foram barrados pelos funcionários. Em pé ou sentados no chão, os professores se recusavam a sair do local. Ainda pela manhã, choro e gritaria marcaram a manifestação cobrando a presença de Adalberto Ribeiro.

Da Praça da Bandeira onde o movimento começou, os professores foram acompanhados pela Polícia Militar que permaneceu durante toda a manifestação na Secretaria. Coube aos policiais a missão de intermediar a conversa com os professores. Por telefone, o secretário de Educação repassava as condições em que receberia a categoria para ouvir as razões da manifestação. “Ele quer receber só um professor com a presença do Ministério Público. Ele sabe que não faríamos isso. Tudo o que precisa ser deliberado é feito em conjunto. Nada é decidido isoladamente. Porque ele não recebe uma comissão?”, questionou a professora Cristiane Barbosa, que faz parte do comando de greve informando que o presidente do Sindicato, Aroldo Rabelo, se encontra fora do Estado, por ocasião da mãe que está doente.

Alunos sem aula
Ao contrário do que diz a nota da Seed de que “em todas as escolas da rede [pública] as aulas ocorreram dentro da normalidade sem nenhum prejuízo ao calendário escolar”, os alunos foram surpreendidos por serem liberados mais cedo em várias instituições. “Tive só duas aulas. Normalmente, a diretoria costuma avisar quando não haverá aula. Mas dessa vez ninguém disse nada”, disse uma estudante do 2º ano do ensino médio da Escola Estadual Cecília Pinto.

A nota também informa que o secretário Adalberto Ribeiro “encontrava-se visitando escolas e averiguando a paralisação orientada pelo Sinsepeap, razão pela qual não se encontrava na sede da secretaria”. E diz ainda que não era possível a participação de outros membros na reunião “considerando as recomendações do Ministério Público” na pessoa do Dr. Roberto Alvareis que disponibilizou o prédio da Procuradoria Geral do Estado para o encontro. (Maiara Pires/aGazeta)
 
 Fonte: www.amapadigital.net

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