Gabinete do governador lidera com aumento de 103 servidores.
Dados são do Portal da Transparência do governo amapaense.
| Portal da Transparência mostra evolução da folha de pagamento (Foto: Reprodução/Portal da Transparência) | 
 De acordo com o Portal da Transparência, em fevereiro de 2016 estavam 
na condição de cargo comissionado 1.607 pessoas. No mesmo mês do ano 
anterior, eram 567, uma diferença de 1.040 funcionários a mais nomeados 
sem concursos públicos no governo amapaense.
 O G1 enviou email e ligou por dois dias para a 
Secretaria de Estado da Comunicação, que prometeu enviar resposta, mas 
até esta publicação não o havia feito.
 Para chegar aos números, foram levantados dados das secretarias de 
Estado que existiam em fevereiro de 2015 e que continuam no mesmo mês de
 referência de 2016. Ao todo, são 53 pastas.
 Não foram usados para efeito de comparação os cargos de confiança das 
secretarias de Indústria, Comércio e Mineração (Seicom), Relações 
Institucionais (Serin), de Governo (Segov) e Agência de Desenvolvimento 
do Amapá (Adap), porque as pastas foram extintas para a criação de 
outras - a Secretaria das Cidades (SDC) e Agência Amapá.
 Também não foram consideradas as nomeações em contratos 
administrativos, cargos que também podem ser ocupados por decreto de 
livre escolha do gestor.
 Segundo o Portal da Transparência, a instituição para onde mais pessoas
 foram nomeadas em um ano foi o gabinete do governador, com o incremento
 de 103 servidores em cargos. Em fevereiro de 2015, existiam 24. Um ano 
depois, o número saltou para 127, fazendo a despesa com a folha de 
pagamento do Palácio do Setentrião aumentar de R$ 322 mil para R$ 565 
mil no período.
| Gabinete do governador lidera aumento de cargos (Foto: Reprodução/Portal da Transparência) | 
 Em segundo lugar no ranking das nomeações está a Procuradoria Geral do 
Estado, com o incremento de 83 cargos. O resultado é a diferença entre 
as 22 pessoas listadas no Portal da Transparência em fevereiro de 2015 
diante das 105 no mesmo mês deste ano. A folha de pagamento do órgão 
saltou de R$ 1.239.662 para R$ 1.708.069.
 Também estão na lista dos cinco primeiros com nomeações a mais a 
Defensoria Pública, com 71; Super Fácil, com 55, e Departamento Estadual
 de Trânsito, com 54.
 Por outro lado, três órgãos diminuíram os cargos de confiança. Foi o 
caso do Instituto de Administração Penitenciária (-7), Polícia 
Técnico-Científica (-7) e Polícia Militar (-1). Mantiveram as mesmas 
quantidades de cargos a Vice-Governadoria (6) e Delegacia Geral de 
Polícia Civil (1).
Pastas unidas
Ao longo de 2015, o governo do Amapá anunciou a criação de duas pastas a partir da extinção de outras quatro.
Ao longo de 2015, o governo do Amapá anunciou a criação de duas pastas a partir da extinção de outras quatro.
Deixaram de existir a Adap, Seicom, Serin e Segov  e foram criadas a Agência Amapá e Secretaria das Cidades.
 O G1 não contabilizou os cargos das referidas pastas 
no levantamento total de nomeações entre 2015 e 2016. Mas os números do 
Portal da Transparência mostram que as secretarias criadas têm mais 
servidores sem concurso público que a soma das excluídas do organograma 
do governo.
 No caso da Agência Amapá, foram contabilizados 43 cargos de confiança 
diante dos 13 somados pela Seicom e Adap. Na SDC, existiam 24 pessoas 
nomeadas em fevereiro de 2016. No mesmo mês do ano anterior, eram 9 na 
Serin e Segov.
Cortes prometidos
Por causa da crise financeira, o governo do Amapá chegou a publicar um decreto de contenção de gastos e propôs o corte de pelo menos 470 cargos de confiança, sendo 200 comissionados e 270 contratos administrativos. Na posse, em janeiro de 2015, Waldez Góes (PDT) também prometeu diminuir cargos de confiança.
Por causa da crise financeira, o governo do Amapá chegou a publicar um decreto de contenção de gastos e propôs o corte de pelo menos 470 cargos de confiança, sendo 200 comissionados e 270 contratos administrativos. Na posse, em janeiro de 2015, Waldez Góes (PDT) também prometeu diminuir cargos de confiança.
 O aumento quantitativo da folha de pagamento ocorre em meio à falta de 
condições do governo em pagar as despesas de salários. A remuneração de 
março será paga em duas parcelas.
 Conforme o cronograma fixado pelo governo, a primeira parcela, de 60% 
dos salários, será paga no dia 31 de março. O restante no dia 10 de 
abril.
 Dados informados pelo governo mostram que o Amapá teve uma queda de R$ 
127 milhões nas receitas do primeiro trimestre dentro do previsto para o
 período. Em comparação aos três meses de 2015, foram R$ 87 milhões a 
menos.
 Os números do estado também evidenciam a previsão de aumento da dívida 
pública do governo com os bancos. Em 2016, por exemplo, serão pagos R$ 
270 milhões em dívidas, cifra maior que a registrada em 2015 (R$ 188 
milhões) e mais que o dobro de 2014 (R$ 72 milhões).
 Fonte: G1/AP
 
 
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