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segunda-feira, 25 de abril de 2011

Enchente em Laranjal do Jari


No ano de 2011, mais uma enchente em Laranjal do Jari. Os números contabilizados até hoje são: duas mortes por afogamento, mais de quatro mil desabrigados e muito estrago e destruição. Pelo menos, dez escolas já tiveram as suas aulas paralizadas; umas por estarem alagadas e outras por estarem servindo de abrigo aos desabrigados.
Apesar da cultura dos amazônidas de habitarem em áreas de várzeas, às margens dos rios, algo precisa ser feito ou mudado no sentido de evitar o sofrimento de tantas pessoas e os prejuízos advindos dessas tragédias. Afinal, nesses últimos dez anos foram pelo menos, três enchentes de grandes proporções e três incêndios. Muitos desastres que impendem o desenvolvimento da cidade.
As soluções têm que ser pensadas e efetivadas conjuntamente entre governos e sociedade.
Já está mais do que na hora de transferir os ribeirinhos para lugares mais altos e estruturados. Chega de depender dos favores governamentais, chega de sofrimento, chega de servir de chacota nacional. É hora de pensar em soluções sérias e urgentes e agir o mais rápido possível.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Revolta do Cezário - Conflito no Jari

Assim como a Guerra de Tróia, a Revolta do Cezário teria ocorrido por causa da esposa do seringueiro José Cezário de Medeiros que diziam ser jovem e muita bonita.
Ela teria adoecido e precisando de maiores cuidados foi levada para Arumanduba, sede das empresas de José Júlio de Andrade
. De Arumanduba ela seria levada para Belém, onde iria receber cuidados médicos. Na sua estadia em Arumanduba o senhor Duca Neno, gerente da empresa de José Júlio simpatizou com ela e, como a mesma não aceitou o seu assédio ele passou a maltratá-la.
O motim contou com o envolvimento de cerca de oitocentas pessoas, entre homens, mulheres e até crianças.
Segundo Cristóvão Lins, José Cezário começou a arquitetar a revolta a partir de 17 de junho de 1928, após o recebimento de uma carta de sua esposa contando as intenções de Duca Neno e a forma como ela estava sendo tratada em Arumanduba.
Quando o navio, Cidade de Almeirim, responsável pelo abastecimento das filiais e o recolhimento da produção extrativista florestal chegou à vila de Santo Antônio da Cachoeira, em 5 de julho de 1928. Ocasião em que José Cezário prendeu o camandante do navio José Américo juntamente com o restante da tripulação.
Depois do embarque dos revoltosos o navio seguiu pelo rio Jari para a Arumanduba, sede do conglomerado do coronel Zé Júlio.
Chegando em Arumanduba os revoltosos prenderam Duca Neno no porão de um navio maior, o cidade de Alenquer e rumaram para a cidade de Belém onde Neno seria entregue às autoridades. Nas proximidades de Belém uma corveta da marinha interceptou o navio com os revoltosos e libertou Duca Neno.
De acordo com Lins, a Revolta do Cezário foi o episódio mais negativo da história da empresa Jari e da fase em que a região pertencia ao coronel José Júlio (1899-1948).

domingo, 13 de fevereiro de 2011

A Vila do Pau-Roliço

Em 1967, Quando Daniel Keith Ludwig adquiriu as terras do Vale do Jari vivia nessa região cerca de dois mil posseiros que começaram a ser expulsos.
Os assessores de Ludwig, achavam que não era necessário reunir com os posseiros para discutir sobre a desocupação das terras de forma legal.
No mês de julho de 1968, a direção da Jari liberou uma área, hoje localizada à margem direita do rio Jari, próximo de onde fica a Casa da Amizade e um pouco abaixo da cabeceira da futura da ponte sobre o rio Jari. Aí foi permitido a construção de casas rústicas de madeira, em estilo palafita.
O povoado surgido deu origem, posteriormente a uma aglomeração urbana chamada de Vila do Pau-Roliço.
A autorização foi dada, também devido a destruição de alguns barracos por uma enchente, no lado esquerdo do Jari, no Território Federal do Amapá na localidade do Beiradão.
A vila foi erguida em três dias pelos próprios funcionários da Jari, com material doado pela empresa.
No início de 1971, o povoado contava com 26 palafitas, abrigando 229 pessoas, sendo que a maioria eram funcionários da Jari e os demais ex-empregados recém-demitidos e familiares.
Desde 1970, a direção da empresa Jari já somava esforços para a extinção da povoação por meio da força. Os motivos, segundo José Aragão, adminstrador de Monte Dourado, na época, um pequeno acampamento, era a falta de higiene e a promiscuidade causada pela constante presença de forasteiros, oriundos, principalmente do tráfego de regatões na Vila do Pau-Roliço.
Apesar da insistência, por parte dos diretores da Jari em destruir a Vila do Pau-Roliço através da coação e da violência, as casas só foram desocupadas e destruídas definitivamente em 9 de maio de 1971, com a devida indenização do moradores.
Com isso, os habitantes da Vila do Pau-Roliço venceram a poderosa empresa norte-americana nessa disputa.
Dessa forma, afirmamos que a Vila do Pau-Roliço constitui-se numa página da história da região do Vale do Jari e foi o embrião que deu origem ao povoado Beiradão, já que seus moradores, ao ser dispersos, atravessaram o rio e foram construir suas residências no lado esquerdo do Jari onde o controle da empresa não era tão rígido.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

O que ocorre por aqui.

Segundo o governador do Estado do Amapá a dívida do governo atinge a ordem de R$ 1,7 bilhão - herança deixada pelos governos de Waldez Góes e Pedro Paulo.
Incrível, a facilidade que os nossos governantes têm para se safar da justiça quando se trata de corrupção.
Onde foi parar tanto dinheiro
? Como foi possível desviar quantia tão volumosa? Como os órgãos que deviam zelar foram tão displiscentes? Até quando isso vai continuar acontecendo? E nós, simples cidadãos o que podemos fazer?

O que ocorre por aqui.

Segundo o governador do Estado do Amapá a dívida do governo atinge a ordem de R$ 1,7 bilhão - herança deixada pelos governos de Waldez Góes e Pedro Paulo.
Incrível, a facilidade que os nossos governantes têm para se safar da justiça quando se trata de corrupção.
Onde foi parar tanto dinheiro
? Como foi possível desviar quantia tão volumosa? Como os órgãos que deviam zelar foram tão displiscentes? Até quando isso vai continuar acontecendo? E nós, simples cidadãos o que podemos fazer?

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

População laranjalense reage contra apagões


Nesta noite, quarta-feira, 29.12.2010, populares em protesto contra os constantes apagões que vêem ocorrendo nos últimos meses em Laranjal do Jari promoveram um quebra-quebra no escritório da CEA (Companhia de Eletricidade do Amapá) e prédio da Prefeitura Municipal, além de interditarem a Avenida Tancredo Neves em frente aos referidos órgãos com barricadas de pneus em chamas.
As manifestações foram reprimidas com violência pela polícia militar que exageraram com agressões e tiros.
O povo está de parabéns, pois há muito que população vêm sendo vítima da canalhice e jogadas políticas da corja de cretinos responsáveis pela administração da CEA.
Pagamos nossas contas religiosamente em dias enquanto passamos noites inteiras a mercê do calor infernal e dos ataques das carapanãs.
E o que acontece com os responsáveis pelos desvios dos repasses da tarifa paga pelos consumidores. NADA!
Ficam rindo da nossa cara.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

A Cara de Pau dos Deputados Federais e Senadores

Uma pouca vergonha o que os governantes fazem com o nosso país. O exemplo cabal disso, foi a aprovação, nesta quarta-feira (15.12.2010) do projeto de lei que aumenta o salário dos deputados e senadores em 61,8%, elevando a remuneração dos parlamentares federais ao nível dos funcionários do judiciário de R§ 16, 5 mil para R§ 26,7 mil.
Quando se trata do reajuste anual do salário mínimo as discussões e dificuldades são enormes, porque o tal reajuste beneficia a grande maioria dos brasileiros mais carentes.
O mais incrível, além do tamanho do aumento foi a rapidez com que a matéria foi aprovada, menos de dez minutos; enquanto projetos de grande relevância nacional passam décadas morfando nas gavetas das câmaras federais.
A votação foi de 279 votos favoráveis, 35 contra e 3 abstenções.
Será que um dia o nosso país vai ter jeito?