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terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Profissão vencer

Por: Prof. Edison Andrades é escritor, palestrante e sócio da Reciclare 
Ouvimos todos os dias que as coisas estão mudando, que o mundo está cada vez mais exigente e que a mão de obra qualificada está em extinção. Fiquei analisando um pouco esses fatores, aparentemente tão óbvios e que, com certeza, afetam a realidade de todos nós. Mas o que, diretamente, tudo isso poderia alterar na vida de uma nação? Já que nosso país ocupa a sétima posição no mundo, em relação ao ranking de PIBs?
Exportamos muita coisa e, em meio a tantas crises mundiais, ainda não estamos em recessão! Como explicamos os efeitos, por exemplo, da escassez de qualificação profissional, inclusive na área médica, quando aumentamos vertiginosamente o grau de instrução de nosso povo nos últimos vinte anos? Até sediar uma copa do mundo faremos em breve. Onde estão os reflexos? O fato é que tudo isso é verdade, tanto o desenvolvimento quanto a escassez são reais, mas, antes de olharmos nosso país por um telescópio, como uma nação em desenvolvimento e crescimento, precisamos vê-lo através de um microscópio, ou seja, atentar para o detalhe do cotidiano dos habitantes.
Nossos jovens representam 40% dos desempregados do Brasil. Aproximadamente 20% das pessoas entre 15 e 23 anos pertencem à geração “Nem Nem” (Nem estudam e Nem trabalham), portanto devemos ter cuidado com o ângulo assumido por nossa visão! Se optarmos por um olhar holístico e generalista, nosso país parecerá bem, mas nossos profissionais e algumas de nossas empresas estão perdidos: “batendo cabeça”. Pessoas precisando se qualificar, pois nosso ensino básico completou 350 anos sem grandes alterações. Modelo chato que não atrai ninguém para a sala de aula. Qualificação escolar básica fraca resulta em uma gama de problemas.
Dentre tais problemas, temos pessoas que se esforçam e buscam um curso universitário, mas sofrem para acompanhar as aulas, já que lhes faltou o alicerce. Algumas universidades se tornam coniventes com tudo isso e “pegam leve” na hora da cobrança, ou seja, não podem exigir demais do aluno diante do fato de que ele não consegue acompanhar o ritmo e nível das aulas. Caso o reprove, a instituição corre um sério risco de perder seu “cliente”. No entanto essa postura gera um efeito cascata que se reflete na diminuição da qualificação profissional e humanística dos indivíduos. Mas tudo bem, pois, nas estatísticas (políticas), elevamos os índices de instrução no país: uma piada! As empresas precisam contratar, mas não podem exigir demais, já que, caso o façam, não preenchem suas vagas. E assim o ciclo vai se realimentando.
Mas e o profissional de mercado? O que deve fazer em meio a esse tiroteio? Precisa vencer. Sim, essa é a exigência básica. Ainda bem que temos uma escolha. Optamos por nos tornar vítimas desse contexto e deixar a vida nos levar, ou buscamos, por meios próprios, aprimoramento, interesse e gosto por aquilo que fazemos. Ainda que intelectualmente estejamos aquém do exigido, podemos mudar nossas atitudes no meio em que habitamos. Caráter, ética, bom humor e amor pelo próximo ainda não são ensinados na escola. E essas características também estão em extinção nas organizações. Saiba que tais adjetivos também podem tornar você um profissional vencedor. 

Fonte: jcconcursos.uol.com.br

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