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quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Alunos terminam ensino médio sem aprender


Avaliações mostram que 90% não têm o conhecimento mínimo esperado para a fase. Veja exemplos práticos


Calcular quanto um trabalhador deve receber em cada parcela do 13º salário pode parecer uma tarefa trivial após 11 ou, mais recentemente, 12 anos de estudo que levam uma pessoa até o fim do ensino médio. A maioria dos jovens que concluíram essa fase na última década, no entanto, não consegue chegar ao valor correto. O exemplo ajuda a entender uma estatística alarmante sobre o conhecimento dos alunos no terceiro ano do ensino médio. Segundo o Ministério da Educação, apenas 10% dos estudantes adquirem os conteúdos esperados.


Foto: Reprodução
Tentativa de um aluno do 3º ano de resolver questão de matemática













A terceira reportagem da série especial do iG Educação sobre o ensino médio mostra como os jovens se formam com conhecimentos irrisórios. Nem todos os alunos dessa etapa escolar passam por avaliações do MEC – como ocorre no ensino fundamental – mas os resultados são suficientes para produzir estatísticas assustadoras.
A mais recente delas, do Ibope, mostra que 62% das pessoas com ensino médio não são plenamente alfabetizadas. A expectativa era que, aos 18 anos, e tendo frequentado a escola durante a infância e a adolescência, os jovens soubessem ler e entender textos longos, mas só 38% o fazem.
Para quem ainda está estudando, o governo aplica, desde 1999, uma prova por amostragem do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb). Em todas as edições, o porcentual de  alunos do 3º ano do ensino médio que chega à pontuação adequada nas provas de matemática variou entre 9,8% e 12,8%. No último exame, de 2009, foram 11%. “O que preocupa é que não saímos deste patamar, mesmo quando temos uma melhora no fundamental. Quando o jovem vai para o médio, estaciona”, comentou Mozart Neves Ramos, consultor do movimento Todos Pela Educação, em apresentação de números organizados pela ONG a partir da avaliação feita pelo governo.
Considerando apenas os conhecimentos de língua portuguesa, o resultado é menos ruim, porém ainda chocante: 28,9% alcançaram a nota mínima no teste de 2009. Os números valem para todos os estudantes, incluída a rede privada. Considerado só o sistema público, o porcentual cai para 23,3% em português e 5,8% em matemática. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais (Inep), a amostra apenas das particulares é pequena para concluir o porcentual de estudantes desta rede que aprende o necessário.
Exemplos em São Paulo, Paraná e Maranhão
O Ministério da Educação mantém entre suas publicações a escala do Saeb de língua portuguesade matemática com todas as capacidades que são esperadas dos estudantes ao final do ensino médio. Para ilustrar o que os números sobre a aprendizagem apontam, o iG selecionou um item em cada disciplina, buscou exemplos de situações em que eles sejam pedidos e levou um teste a jovens matriculados em escolas em São Paulo, no Paraná e no Maranhão. 
Em matemática, o iG sugeriu um problema já usado pelo MEC e uma questão elaborada pelo professor e autor de livros didáticos Luiz Imenes. Ambos avaliam a capacidade de “resolver problemas que envolvam variação proporcional entre três grandezas (regra de três simples)”, o que só 7% conseguem, segundo a estatística do governo.
Em língua portuguesa, foi escolhida uma habilidade que apenas 6% têm: a de distinguir um trecho opinativo entre as informações de um texto. Novamente foi apresentada uma questão usada pelo governo e outra baseada em dois textos do iG Educação que tratam do mesmo fato, um informando e outro opinando.


ACREDITE SE QUISER......

Acredite se quiser... mas as imagens abaixo são de uma verdadeira cratera localizada em um trecho por onde passa uma das ruas de Laranjal do Jari, conhecida como Rodovia do Gogô. Há mais de um ano que a rua se encontra nessa situação; a vala foi provocada pela erosão decorrida das fortes chuvas que castigam a cidade nos períodos de inverno. Até uma casa já  ameaça ser completamente engolida pelo buraco.
Foi construída sobre a vala, uma estreita passarela de madeira por onde pedestres, ciclistas e motociclistas atravessam. 
Como se pode observar pelas fotos, o perigo de acidente com crianças, idosos e veículos devido a grande depressão é iminente, constante e causa sérios transtornos aos moradores que vivem nas proximidades e que transitam pela via.











Abandono do ensino médio passa de 60% no Norte


Região tem os piores índices. Renda baixa é um dos elementos que contribui para a evasão escolar, aponta estudo

O estudo "Presença do Estado no Brasil: Federação, suas Unidades e Municipalidades", divulgado nesta terça-feira pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), mostra que os Estados da Região Norte têm os piores índices de estudantes que abandonaram a escola no ensino médio do País. Em todos eles mais de 60% dos jovens de 15 a 17 anos deixam a escola antes de completar esse nível de ensino. A pior situação se encontra em Rondônia, onde a taxa de evasão é de 68,4%. Por outro lado, o Distrito Federal apresenta a menor taxa, de 31,2%.

Os sete Estados do Norte ocupam as piores colocações no ranking de frequência escolar no ensino médio. Além de Rondônia, figuram na parte de baixo da tabela Acre (66,7% de evasão), Amazonas (65,6%), Roraima (63,9%), Pará (63,5%), Amapá (62,3%) e Tocantins (61,8%). Maranhão (60,4%) e Piauí (60,1%) completam a lista das unidades da federação cuja evasão escolar no ensino médio é superior a 60%.
De acordo com o presidente do Ipea, Marcio Pochmann, a renda baixa é um dos elementos que contribui para a evasão escolar, mas ele diz que o problema econômico é insuficiente para explicar os níveis de abandono da escola no ensino médio. Pochmann cita que em São Paulo, o Estado mais rico da federação, a taxa de abandono é de 45,6%. "O problema da escola não é apenas de ordem econômica. A forma como a escola incorpora o aluno é outro elemento importante", afirmou.
O quadro do ensino fundamental não é muito diferente, com os Estados do Norte e do Nordeste dominando as dez últimas colocações. Neste nível escolar, o Pará apresenta a pior situação, com uma taxa de abandono por crianças de 6 a 14 anos de 12,8%. Dentre as dez piores colocações aparece o Rio de Janeiro, com taxa de evasão de 10,8%. O Mato Grosso do Sul aparece, segundo o Ipea, como dono do menor índice de abandono no ensino fundamental - 5,6%. O estudo do Ipea utiliza dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios de 2009 feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Corpo docente

O documento do instituto chama atenção para a falta de qualificação dos professores das escolas públicas brasileiras. O número de docentes com formação superior não chega a 40% do total em Estados como Roraima, Maranhão e Bahia. Apenas em Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal essa proporção ultrapassa os 80%.
"No Plano de Desenvolvimento da Escola (PDE), a qualificação do docente constitui um de seus pilares de sustentação, com a criação do piso salarial nacional para o professor e o estímulo e a ampliação do acesso dos educadores à universidade", afirma o estudo. No entanto, "os baixos salários pagos em média aos docentes da educação pública têm dificultado a manutenção dos melhores profissionais nos quadros do magistério".


    quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

    Biocombustíveis e a ‘energia verde’ que vem da mandioca, babaçu e cupuaçu


    O Amazonas deve se tornar referência na produção de biocombustíveis para a geração de energia elétrica na região. Uma parceria firmada entre a Eletrobras Amazonas Energia, Instituto Energia e Desenvolvimento Sustentável (Inedes), Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e a Vale Soluções em Energia (VSE) permitirá a produção de energia elétrica por meio do etanol extraído da mandioca.
    A tecnologia de geração de energia elétrica, por meio do etanol produzido a partir da mandioca, segue o mesmo princípio de extração de etanol de cana-de-açúcar, como ocorre no Sudeste do País. “Os motores ainda estão em fase de testes na VSE. Ao todo, foram plantados quatro hectares de quatro espécies de mandioca na fazenda experimental. Também estamos trabalhando na montagem da infraestrutura da subestação para receber os motores geradores”, revelou o coordenador do projeto no Amazonas, o engenheiro Benjamin Cordeiro Júnior. Segundo ele, a previsão é de que o projeto, com duração de 27 meses, esteja em plena execução até fevereiro de 2012.
    Por enquanto, a pesquisa ainda não tem data confirmada para ser concluída. O experimento está em fase de licitação para que seja reformada a subestação de Lindoia, localizada no município de Itacoatiara (a 278 quilômetros a leste de Manaus), e para que possa receber os grupos geradores que serão adaptados com tecnologia genuinamente brasileira. A mandioca será cultivada na fazenda/laboratório da Ufam, localizada na BR-174 (Manaus – Boa Vista).
    Os parceiros esperam poder utilizar a nova tecnologia em pequenas comunidades isoladas no Amazonas. As áreas degradadas pelo homem serão utilizadas para o plantio da mandioca e posterior produção do etanol, bem como para a agricultura familiar. Além de utilizar energia renovável, também quer gerar oportunidades de trabalho para comunidades que sobrevivam com o cultivo da mandioca.
    Frutos do Babaçu
    Outro projeto desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), com recursos da Fapeam e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), no âmbito do Programa de Apoio ao Desenvolvimento de Tecnologias para a Produção de Biocombustíveis no Estado do Amazonas (Biocom), também visa aumentar as opções de combustíveis alternativos no Estado.
    Coordenado pelo pesquisador doutor em Microbiologia do Solo pela Universidade de Minnesota (EUA), Luiz Antônio Oliveira, o projeto pretende avaliar o potencial dos frutos de babaçu na produção de óleo. A iniciativa é desenvolvida no município de Barreirinha (a 331 quilômetros de Manaus) e os pesquisadores pretendem substituir o diesel, por exemplo.
    O babaçu é uma palmeira que pode atingir até 20 metros de altura. Rica da raiz às folhas, cada palmeira pode apresentar até seis cachos de frutos ovais e alongados. Sua polpa é farinácea e oleosa, envolvendo de três a quatro sementes oleaginosas. Suas folhas servem de matéria-prima para a fabricação de utilitários como cestos, abanos, peneiras, janelas, portas, armadilhas, gaiolas, entre outros. Durante a seca, essas mesmas folhas servem de alimento para animais.
    Gordura do cupuaçu
    Embora as amêndoas do cupuaçu (Theobroma grandiflorum) constituam cerca de 20% do peso do fruto e apresentem altos teores de proteína e gordura, segundo dados de pesquisas, elas são descartadas após o uso ou empregadas somente na fabricação de ração. No intuito de aproveitar a gordura das amêndoas, a pesquisadora e doutora em Química Ivoneide de Carvalho Lopes Barros desenvolveu o projeto ‘Estudo de aproveitamento do resíduo da gordura de cupuaçu para a produção do biodiesel’.
    A finalidade de produzir combustível alternativo para ser usado puro ou misturado com algum derivado de petróleo. “O foco da pesquisa é mostrar que os resíduos gordurosos descartados serão objeto de solução para a produção de biodiesel, contribuindo para uma exploração mais eficiente da cadeia produtiva, não somente do cupuaçu, mas também de outras oleaginosas nativas dessa região”, afirmou a pesquisadora.

    Fonte: ariquemesonline.com.br

    Inscrições para o Sisu terminam nesta quinta-feira


    Os estudantes que participaram do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2011 têm até a quinta-feira (12) para se inscrever no Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Para o primeiro semestre de 2012 estão disponíveis 108 mil vagas em 95 instituições públicas de ensino superior, que serão distribuídas a partir das notas dos candidatos no exame.
    Até as 18h da terça-feira (10),  o sistema registrou 2,6 milhões de inscrições de 1,3 milhão de participantes – cada candidato pode escolher até dois cursos. O Rio de Janeiro é o estado com o maior número de inscrições até o momento: 321 mil. Em seguida, vêm Minas Gerais ( 288 mil), São Paulo (226 mil), o Ceará (196 mil) e o Rio Grande do Sul (182 mil).
    Ao acessar o sistema, o estudante deve escolher duas opções de curso, indicando a sua prioridade. É necessário informar o número de inscrição e a senha de cadastro do Enem 2011. Diariamente, o sistema divulga a nota de corte preliminar de cada curso com base na nota do Enem dos candidatos que pleiteiam as vagas. Durante esse período, o participante pode alterar essas opções se achar que tem mais chances de ser aprovado em outro curso ou instituição.

    O resultado da primeira chamada será divulgado no dia 15 de janeiro. Os estudantes aprovados deverão comparecer às instituições de ensino de 19 a 20 para fazer a matrícula. O participante que foi selecionado para a primeira opção de curso é retirado automaticamente do sistema e perde a vaga se não fizer a matrícula. Aqueles que forem selecionados para a segunda opção ou não atingirem a nota mínima em nenhum dos cursos escolhidos podem participar das chamadas subsequentes.
    A segunda chamada está prevista para 26 de janeiro, com matrículas nos dias 30 e 31. Caso ainda haja vagas disponíveis, o sistema gera uma lista de espera que será disponibilizada para as instituições de ensino preencherem as vagas remanescentes. O candidato interessado em participar dessa lista deverá pedir a inclusão entre 26 de janeiro e 1° de fevereiro.

    Piso nacional de professor deve ter reajuste de 22% e ir a R$ 1.450 mensais


    Prefeitos e governadores alegam não poder arcar com aumento, mas governo deve manter valor


    O governo deve confirmar um reajuste de 22% no piso nacional dos professores. O índice representa a variação no valor mínimo de investimento por aluno do Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) entre 2011 e 2012 e levaria o salário-base dos atuais R$ 1.187 para R$ 1.450 mensais.
    Apesar da pressão de prefeitos e governadores, que alegam não poder arcar com o aumento acima da inflação do salário mínimo e dos professores, a tendência do governo é manter a lei como está. Qualquer valor inferior aos 22% abriria espaço para contestação judicial ou teria de ser apresentado com mudança na lei.
    A lei que criou o piso diz que o reajuste será feito todo janeiro, no mesmo porcentual da atualização do valor do Fundeb, e terá de ser o menor valor básico para os professores por 40 horas-aula semanais.
    Governadores e prefeitos pressionavam o governo federal para dar aos professores apenas a variação da inflação (6,5%). Em 2011, o reajuste de 16% já incomodou Estados e municípios. Hoje, 16 Estados não cumprem o piso. Outros cinco pagam menos que os R$ 1.450 que devem entrar em vigor em fevereiro.
    Não houve conversa definitiva sobre o assunto entre a presidente Dilma Rousseff e o ministro Fernando Haddad. A decisão final ainda não foi tomada, até porque o ministro espera os dados consolidados do Tesouro Nacional para fechar o valor final do reajuste do Fundeb. É improvável, no entanto, que esse seja menor que os 22% calculados até aqui. 

    Fonte: estadao.com.br

    Globo: audiência cai, lucro aumenta

    Por José Dirceu

    Os cofres da TV Globo vão bem, obrigado. Já o mesmo não se pode dizer da sua audiência. Ela vem caindo continuamente. Matéria deste início de ano da Folha de São Paulo indica que, em 2007, contava com 20,3 pontos de média nacional no Ibope; em novembro pp., havia perdido 2,5 pontos, batendo em 17,8 pontos. O declínio é consistente e expressivo, já que cada ponto equivale a 185 mil domicílios. E externa a perda de credibilidade, principalmente de seu jornalismo. Quem não se lembra, nas eleições 2010, da edição das imagens da bolinha de papel que caiu sobre a cabeça do candidato da oposição à presidência, José Serra, duas vezes perdedor? A manipulação feita pela emissora não passou desapercebida e foi um dos motivos, também, pelo qual o jornalismo da TV Record ganhou espaço naquele mesmo ano. Deformação de mercadoO faturamento da TV Globo, no entanto, observou uma trajetória diferente. Há cinco anos, a receita apurada foi de R$ 6,7 bi. Pela estimativa do Folhão, ela chegaria a R$ 11 bi no ano passado. Afinal, a TV aberta ainda canaliza para si 63% do investimento publicitário no país. Como a TV Globo consegue isto? Neste começo de ano circulou uma pesquisa da FGV-SP que vai direto ao ponto. Não se trata de uma opção “natural do mercado”, mas revela o papel dos bônus dados às agências de publicidade pelas emissoras, de forma a que direcionem anúncios para seus canais. Esta deformação da concorrência no setor da comunicação é simplesmente inaceitável. Preto no branco, ainda que haja queda na audiência de uma grande rede, esses bônus de volume alimentam a concentração do setor. Prática de agência estimula monopólio de informação. Com esta prática, agências de propaganda, de olho no incentivo, dirigem boa parte da publicidade de seus clientes para a maior rede de TV. O sistema, com isso, contribui para que a líder mantenha e amplie a sua participação no mercado e é um estímulo ao monopólio da informação. Este é só um dos motivos pelos quais o PT defende a regulação dos meios de comunicação, conforme debatido no seminário promovido pelo partido ao final do ano passado. Outro, é a situação comum a alguns Estados, na qual um só grupo de comunicação domina rádios, jornais e TVs. Por lá, assiste-se a um exercício escandaloso do monopólio. É sempre bom lembrar que países como EUA, Austrália, Canadá, Portugal, Espanha, França e Reino Unido têm leis de regulação do setor de mídia muito mais severas que as propostas pelo PT no Brasil, pois a preocupação nessas democracias é vedar a propriedade cruzada e o controle monopolista da audiência. É preciso aproveitar essas questões, sua discussão e o espaço que elas obtém na imprensa, para ressaltar a importância de o país contar com um marco legal de mídia moderno e democrático que atenda às preocupações republicanas, plurais e cidadãs, conforme os princípios da nossa Constituição.