Pedro Da Lua comentou investigação sobre excesso de cargos na Alap.
MP vai entrar na Justiça para anular nomeações na Assembleia.
 O deputado estadual Pedro Da Lua (PSC) disse em discurso nesta 
segunda-feira (8) na Assembleia Legislativa do Amapá (Alap) que 
precisaria de ao menos 100 assessores para trabalhar para ele. Da Lua 
fez menção à reportagem do Fantástico exibida no domingo (7), que mostrou a existência de 2.653 cargos de confiança nomeados na Assembleia do estado.
 Os números fazem parte de uma investigação do Ministério Público (MP) do Amapá,
 sobre as contratações do legislativo estadual. Uma ação deverá se 
ingressada até sexta-feira (12) pedindo a anulação das contratações 
acima do permitido de 810 cargos.
 "Eu tenho 33 assessores com os R$ 58 mil [de verba de gabinete]. Já 
solicitei 20 a mais para a presidência, e, honestamente, pelos meus 
cálculos, eu deveria ter mais 50, tendo um total de 100 assessores, 
porque trabalho em três comissões e presido uma. Todas as minhas 
comissões e meus assessores trabalham muito e merecem cada centavo que 
recebem", falou o parlamentar do PSC. 
 Na reportagem, o Fantástico mostrou que um dos deputados do Amapá teria
 à disposição 71 pessoas no gabinete. Durante o discurso na tribuna, 
Pedro Da Lua disse que as nomeações citadas na reportagem são de 
Raimunda Beirão, deputada do PSDB. Para ele, a colega de parlamento 
"dividiu o pão" e deu um "cadinho" para quem a assessora. O G1 não encontrou Raimunda Beirão para comentar o caso.
 "O que a Raimunda fez foi em tese o que o todos nós deveríamos fazer. 
Ela dividiu o pão. Pegou os R$ 58 mil e deu um 'cadinho' para cada 
assessor que viaja com ela nos municípios. São essas pessoas que trazem 
os apelos sociais", disse Da Lua.
 As supostas contratações acima do permitido, segundo investigação do 
MP, foram alvo de críticas de alguns parlamentares nesta segunda-feira.
 O pessolista Paulo Lemos disse que tem 17 assessores nomeados e que, 
por falta de espaço no gabinete, as pessoas de confiança contratadas 
atuam no interior e fora das salas da Assembleia Legislativa. Ericláudio
 Alencar, do PRB, falou que vai acionar a Justiça contra quem espalhou 
boatos sobre ele nas redes sociais em supostos esquemas de corrupção na 
Assembleia.
 "Antes da reportagem recebi várias mensagens no Whatsapp dizendo que 
seria revelado um esquema de corrupção com o meu nome. 'Printei' tudo e 
vou processar todos que fizeram isso", ameaçou Alencar.
O Fantástico mostrou que existem 2.653 cargos de confiança na Assembleia Legislativa do Amapá, somadas às nomeações dos 24 deputados estaduais. A informação é com base em investigação do MP, que prometeu entrar com ação na Justiça para anular os contratos.
O Fantástico mostrou que existem 2.653 cargos de confiança na Assembleia Legislativa do Amapá, somadas às nomeações dos 24 deputados estaduais. A informação é com base em investigação do MP, que prometeu entrar com ação na Justiça para anular os contratos.
 Consultado pela reportagem do Fantástico, o engenheiro-civil Carlos 
Eduardo Domingues da Silva, disse que exercer as funções nos gabinetes é
 um desafio para a física e servidores por causa do tamanho das salas em
 comparação à quantidade de funcionários. “Então, um total de 30 metros 
quadrados, trabalhariam no máximo cinco pessoas”, analisou o 
profissional.
 Um dos assessores nomeados na Assembleia Legislativa do Amapá delatou 
ao Ministério Público o excesso de contratações. Ele contou que prestava
 serviços particulares a um parlamentar no lugar das funções para a qual
 era nomeado no legislativo. "Nunca entrei na Assembleia. Era nomeado 
como assessor político e nunca peguei num papel", revelou ao Fantástico.
Fonte: G1/AP 
 
 
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