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quinta-feira, 30 de junho de 2011

SINSEPEAP - ELEIÇÕES 2011


Após o adiamento do dia 29 de junho, devido a disputa judicial entre a chapa 04 e a chapa 03, foram realizadas ontem (29/06/2011), das 8hs00min às 17hs00min as eleições para a Diretoria Executiva Estadual, para as 16 Diretorias Executivas Municipais e Conselho Fiscal. 
Concorriam aos cargos da Diretoria Executiva Estadual seis chapas. Devido a votação em Macapá e Santana ter sido realizada no sistema eletrônico o resultado já era conhecido por vollta das 18hs de ontem (29/06/2011); a contagem dos votos proclamava a chapa 01, encabeçada pelo professor Aroldo Rabelo como a vencedora com cerca de 1.408 votos (40% do total de votos válidos da capital), faltando ainda computar os votos dos outros municípios.
Os sindicalizados em todo o estado do Amapá aptos a votar são em torno de 12.600 (doze mil e seiscentos) servidores, o que faz do SINSEPEAP (Sindicato dos Servidores públicos em Educação no Amapá) o maior sindicato do estado.
O número de abstenções foi grande, pois dos doze mil filiados pouco mais de seis mil filiados compareceram às urnas.
Nos municípios menores a votação se deu pela forma tradicional em urna manual sendo uma urna para cada cidade.
Em Laranjal do Jari a votação e apuração foram realizadas na Escola Estadual Mineko Hayashida. A totalidade de votantes foi de 146 servidores e apenas quatro chapas concorreram aos cinco cargos da Diretoria Executiva Municipal (a saber: Chapa 01, Chapa 03, Chapa 04, Chapa 06). Após a apuração pela mesa composta pelo professor Sagno Taveira e as professoras Edileuza Frazão e Maria da Paz, os resultados foram os seguintes:
Diretoria Executiva Estadual: Chapa 1 - 41 votos;  Chapa 03 - 43 votos; Chapa 04 - 43 votos; Chapa 5 - 4 votos; Chapa 06 - 8 votos.
Conselho Fiscal: Chapa 01 - 45 votos; Chapa 03 - 42 votos; Chapa 04: 39 votos; Chapa 05 - 4 votos; Chapa 06 - 6 votos.
Diretoria Executiva Municipal: Chapa 01 - 46 votos; Chapa 03 - 47 votos; Chapa 04 - 40 votos; Chapa 06 - 6 votos; Brancos - 5 votos.
As Três chapas mais votadas eram compostas dessa forma:
Chapa 01: Vice-Presidente - Claúdio Chaves; Tesoureiro - Ribamar Pereira; Secretária - Gildomara.
Chapa 03: Vice-Presidente - Erasmo Silva; Tesoureiro - Admilson Vilhena; Secretária - Marisete; Suplentes - Sancha e Geonildo.
Chapa 04: Vice-Presidente - Dilene; Tesoureira - Jodilene Taveira; Secretária - Sandra

Comissão Eleitoral - Chegou o momento da apuração dos votos


Professoras Edileuza, Maria da Paz e professores Sagno e Guilherme
Professor Vandercley no momento da votação










Sala de votação, mesários e votante
Professores (José Maria, Nilva, Jodilene e Admilson) concorrentes da chapa 03 e chapa 04

 

sábado, 18 de junho de 2011

Professores mantêm greve e ganham apoio do Legislativo para derrubar a 1540


O substitutivo proposto pelos deputados de oposição derruba 9 dos 10 artigos da lei 1540, sancionada pelo governador Camilo Capiberibe. Com isso, ficará mantido apenas o dispositivo que garante o reajuste de 3% ao funcionalismo público. A decisão agradou os professores e decidiram, no plenário da Assembleia Legislativa, manter a greve até a aprovação da matéria. A propositura é em substituição ao projeto do deputado Dalto Martins (PMDB), que previa a revogação apenas dos artigos 3º e 10º.

A medida foi tomada na audiência pública, que debateu os problemas da Educação, realizada ontem (17) à tarde. As galerias do prédio do Legislativo foram tomadas pelos professores. O clima tenso e de insatisfação com as últimas decisões tomadas pelo governo eram evidentes em cada pronunciamento direcionados a deputados da base de apoio ao Setentrião e ao próprio governador.
“Gostaríamos que aqueles parlamentares que votaram a favor dessa famigerada lei, os ‘covardes’ da luta dos trabalhadores que revogaram os nossos direitos estivessem aqui”, disparou Cristiane Barbosa, do comando de greve.
“Como podemos confiar em um governador que prega uma coisa e faz outra tirando todos os direitos do trabalhador”, indagou Marlúcio Souza, presidente da Federação dos Servidores Públicos do Estado do Amapá (Fespeap).
Um dos alvos dos manifestantes foi à presidente da Comissão Permanente da Educação, Roseli Matos (DEM), por ter votado a favor da lei. “Eu só votei a favor da lei porque se todos fossem contra, a matéria só voltaria ao plenário depois de um ano e os servidores ficariam sem reajuste”, explicou, afirmando que vai votar a favor do substitutivo para derrubar os 9 artigos da 1540.
O representando do Sindicato dos Servidores Públicos em Educação no Amapá (Sinsepeap), Afonso Rodrigues, disse que os professores passaram a ter problema com a atual administração a partir da publicação da portaria baixada no início do ano pela demissionária Mirian Corrêa, “impondo a obrigatoriedade de 50 alunos por sala de aula”.
Segundo Afonso, a partir daí, os profissionais passaram a ser vítimas de perseguições, assédio moral e humilhações com devoluções de professores. Afonso responsabiliza o governo pela falta de uma melhor proposta salarial aos servidores. “Faltou diálogo com o governador que nos recebeu apenas uma vez e se a essa famigerada lei foi criada foi porque ele não dialogou com as categorias”, sentenciou.
O deputado keka Cantuária (PDT) disse que a 1540 é um retrocesso na política de valorização do servidor, além de afirmar que é inconstitucional e chamou o governador de autoritário. “Ele quer mandar no Estado, passar por cima de todos os Poderes os impedidos de concederam reajustes a seus servidores”, lamentou.
A líder do PDT na Assembleia Legislativa, Marília Góes, foi além. “A genética é muito forte. O pai vem rasga o estatuto do magistério, o filho rasga a agenda do servidor que o permitia a negociar com o governo”, relembrou a parlamentar sobre o modelo intransigente de administrar do PSB no Amapá.
Os quatro deputados que compareceram a audiência se juntam aos representantes do sindicato dos professores para a elaboração do substitutivo na segunda-feira (20), pela manhã. Após a formulação do novo texto, a matéria deve ser encaminhada para a pauta de votação.
A nova redação vai manter apenas o artigo que garante o percentual de 3% aos servidores. Os demais que eliminavam ganhos aos trabalhos, a Data Base, a reposição inflacionária serão eliminados. Ou seja, manteria os benefícios assegurados pela lei 0663.
Caso seja aprovada, a 1540 praticamente deixa de existir, como desejam os servidores públicos. “O que pode acontecer é o governador vetar e a Assembleia Legislativa derrubar o veto”, disse Eider Pena (PDT).

sexta-feira, 17 de junho de 2011

PREVISÃO PARA O FIM DA GREVE DOS SERVIDORES DA EDUCAÇÃO NO AMAPÁ

O governador Camilo Capiberibe se reuniu ontem (16/06/2011) com o comando de greve do SINSEPEAP (Sindicato dos Servidores Públicos em Educação no Amapá) às 18:30 hs, na sede do governo estadual, o Palácio do Setentrião. No encontro, parece ter havido um entendimento entre os dois lados sobre os impasses motivadores da greve dos servidores da educação, iniciada em 24 de maio de 2011. 
A contraproposta do GEA deve ser apresentada e discutida com a categoria dos trabalhadores da educação em uma Assembléia Geral, realizada no CCA com início previsto para as 10:00 hs de hoje (17/06/2011).

Os pontos de entendimento, divulgados no site do GEA são:
#  Revogação imediata do artigo 3º da Lei nº 1.540/2011 e a realização de estudo objetivando a construção de uma nova proposta de regulamentação da data base para o ano de 2012;
# Um corte na tabela salarial do servidor no mês de outubro de 2011;
# a garantia de que os processos de promoção funcional não mais serão submetidos exclusivamente à competência da Procuradoria Geral do Estado do Amapá  com respeito às decisões anteriores;
# Pagamento referente à atualização dos valores de progressões e promoções a partir do mês de julho de 2011 e o parcelamento do retroativo em 24 vezes;
# Garantia da paticipação de representantes do SINSEPEAP na elaboração da portaria da SEED no que concerne a regulamentação dos processos internos de devolução de servidores.
# Suspensão imediata da greve, com a garantia de não vai haver corte do ponto, na forma do artigo 7º da Lei nº 7.783/1989, e conseqüentemente a não efetivação de descontos que importem em prejuízo à remuneração dos servidores da educação do Estado do Amapá; onde os mesmos se comprometem a cumprir o caledário letivo em 200 dias sem prejuízos para a aprendizagem dos discentes nos dias de paralisação e da greve.

INAUGURAÇÃO DE BIBLIOTECA EM LARANJAL DO JARI

Foi inaugurada, hoje (17/06/2011) às 10 horas, uma biblioteca em Laranjal do Jari, nas dependência da Escola Municipal de Ensino Fundamental Raimunda Rodrigues Capiberibe.
A construção da biblioteca foi uma parceria do SESI (Serviço Social da Indústria) com a Prefeitura Municipal de Laranjal do Jari. A arquitetura do prédio da biblioteca é moderna e bela; sendo a cobertura em formato de um livro aberto. A acervo atenderá os alunos da escola Raimunda Capiberibe e comunidade laranjalense. 
A comunidade escolar compareceu em pequeno número à inauguração que também contou com a presença da prefeita, da secretária de educação e outras autoridades como representes das empresas públicas, concessionárias de energia elétricas Eletronorte, Eletrobrás e vereadores de Laranjal do Jari.


Visão parcial da biblioteca do SESI

A arquitetura é moderna

População compareceu à inauguração da biblioteca

População e autoridades durante a inauguração da biblioteca
Ambiente agradável e moderno. Beneficiará alunos e comunidade local

O teto possui o formato de um livros aberto

A comunidade da Escola Raimunda Capiberibe está feliz com essa conquista

Biblioteca do SESI, prontinha para inauguração


quinta-feira, 16 de junho de 2011

Laranjal do Jarí cria Secretaria de Cultura

 A prefeita de Laranjal do Jarí Euricelia Cardoso (PP), nesta semana criou a secretaria municipal de Cultura Segundo a prefeita.

 “Quem ganha com a criação da secretaria são os produtores culturais do município”! Declarou a prefeita.
Que com o antigo departamento tiveram muitas atividades como: Carnavale, o Forrozão, o Laranjal Verão, o Festival do Açai e o Circuito Cultural, além dos trabalhos executados o município ganhou seu representante no Conselho Estadual de Cultura/Consec.
Com a criação da Secretaria Municipal de Cultura e Desporto de Laranjal do Jari/AP, a Prefeita nomeou o senhor Jefferson Costa Pinto que já dirigia o departamento municipal de cultura e esporte, daqui pra frente como Secretário municipal de Cultura e Desporto, sendo ele o primeiro a ocupar o cargo. Colou os desafios a serem que terá pela frente “agora, mas do que nunca aumentou o desafio e as responsabilidades, mas iremos seguir firme e trabalhando dentro do que for planejado em conjunto com a administração municipal e os movimentos culturais e esportivos, sempre com o aval da Prefeita Euricelia na busca de resultados que venha colocar o município em local de destaque em nível de Estado”.      

Fonte:www.vermelho.org.br

JUSTIÇA DEFINE MULTA AO GEA SE ELE MANDAR CORTAR O PONTO DOS SEVIDORES DA EDUCAÇÃO

Em virtude da greve dos servidores da educação do estado do Amapá, desde o dia 24 de maio, o governo estadual ameaçou retaliar os grevistas cortando seus pontos diários.
A juíza Alaíde Maria da Penha, da 4ª Vara Cívil definiu multa diária de R$ 20 mil, caso o governo resolva deixar de cumprir a liminar judicial e por em prática a atitude arbitrária de colocar falta no ponto dos grevistas.
A queda disputa entre o Governo e os servidores da educação começa a atingir novo rumo. Os trabalhadores da educação, conseguem assim uma importante vitória no que se refere ao movimento de greve e as suas reivindicações. A justiça declarou a greve dos servidores da Educação é legal. A sentença foi proferida ontem pela juíza Alaíde Maria de Paula que ordenou ao Governo do Estado que não corte o ponto diário dos grevistas e  nem efetue descontos em seus salários. O pagamanto mensal deve ser mantido integralmente, inclusive o do corrente mês, até haja o julgamento final de todo o processo.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

I Fórum Social do município de Laranjal do Jari


Foi realizado no dia 11 de junho o I Fórum Social do município de Laranjal do Jari que contou com a participação da deputada federal Dalva Figueiredo (PT). Ela cumpriu uma extensa agenda nos municípios da região sul do Estado, Laranjal e Vitória do Jari. O Fórum foi realizado pela Cooperativa dos Castanheiros de Laranjal do Jari – Comaja e a Cooperativa dos Moveleiros – Coopmóveis e reuniu diversas lideranças comunitárias, produtores rurais, madeireiros, castanheiros, seixeiros, comerciantes e diversas outras organizações do Vale do Jari para discutir estratégias de desenvolvimento local e saídas econômicas para a região. Os problemas ambientais nortearam todos os debates. “Passamos por um momento muito difícil. Tivemos alguns dos nossos empreendimentos fechados devido ação do Ministério Público, mas não queremos conflito com a lei, e sim encontrarmos o melhor meio de compatibilizar desenvolvimento com proteção ambiental. Precisamos de ajuda!”, disse Eliseu Viana, presidente da Comaja, durante a abertura do Fórum.
Outros eixos temáticos foram estabelecidos para contemplar todos os setores. O extrativismo mineral concentrou a discussão sobre as atividades das seixeiras e olarias. No campo do extrativismo vegetal, madeireiras, movelarias, serrarias, indústria da castanha e associações extrativistas relataram, especialmente, a morosidade no processo de legalização dos empreendimentos produtivos.
Além dos temas relacionados diretamente às atividades produtivas, o I Fórum Social de Laranjal do Jari abordou outras questões econômicas, como o funcionamento dos matadouros e preços do mercado de carne; legalização do comércio de gás no município; implantação da nota eletrônica e o estágio de execução das obras da BR 156, trecho sul. A presidente do sindicato dos açougueiros, Márcia Souza denunciou a ausência de um matadouro municipal na cidade e as condições precárias de trabalho. “É um absurdo não termos até o momento um local adequado para cuidar da nossa carne. Trabalhamos com muita dificuldade e perdemos competitividade com os supermercados, apesar dos nossos preços serem bem mais vantajosos”, explicou.
Dalva sugeriu que o Fórum torne-se um espaço permanente de debates no Vale do Jari, ampliando com a participação de entidades do Pará, estado vizinho. “A sociedade local está dando uma bela demonstração de cidadania plena ao realizar este Fórum. Lamento profundamente a ausência de alguns poderes, especialmente do Ministério Público. Não podemos ignorar os problemas e nem fazer da lei instrumento apenas de punição. É preciso encontrar o melhor caminho para o desenvolvimento, e isso só se constrói com diálogo e parceria”, manifestou.
Para o presidente da Associação dos Produtores em Floresta de Produção Sustentável de Laranjal do Jari, José Pinto, a demora no processo de demarcação de terras na região impede que os agricultores ampliem a produção. “Desde 1980 reivindicamos o direito de trabalhar legalmente em nossas terras, mas até o momento nada foi resolvido. Até as terras trabalhadas pelos agricultores são reclamadas como pertencentes à empresa Jari Celulose, dona de quase tudo aqui”, relatou.
A Líder da Bancada Amapaense sugeriu e foi acatado pela plenária, a construção de um Termo de Ajuste de Conduta – TAC, entre os órgãos de fiscalização do Estado (Instituto de Meio Ambiente - Imap, Secretaria Estadual de Meio Ambiente - Sema, Instituto Estadual de Floresta - IEF, Secretaria de Indústria e Comércio - Seicom e Instituto de Desenvolvimento Rural do Amapá - Rurap), órgãos federais (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - Ibama e Departamento Nacional de Preservação Mineral  DNPM), entidades representativas dos empreendimentos locais e Ministério Público Estadual.
Ao final do evento, Dalva Figueiredo firmou o compromisso de apresentar o relatório do Fórum aos representantes do Ministério Público Estadual e Federal, bem como articular junto à Bancada Federal apoio para que a instância de debates volte a se reunir em seis meses. “Devemos valorizar e fortalecer esse fórum de debates, que é instância autônoma, suprapartidária e reúne um conjunto representativo da sociedade local. Os agentes públicos devem respeitar as deliberações e propostas apresentadas”, finalizou.

Fonte:www.jornalagazeta-ap.com

segunda-feira, 13 de junho de 2011

O BURACO É AQUI EMBAIXO

Por Ramon Casa Vilarino, Historiador e pesquisador do Núcleo de Estudos de Ideologias e lutas sociais (NEIL/PUC-SP).
A distância entre os ricos e pobres na América Latina, região com os mais elevados índices de desigualdade do planeta, condena milhões de pessoas à pobreza.
As desigualdades de renda, acesso a serviços, educação e poder da América Latina são mais altas do que qualquer região do mundo. Apenas algumas sociedades na África conseguem ser mais desiguais do que países latino-americanos. Essas elevadas taxas de desigualdade têm um custo alto: aumentam a pobreza, dificultam o crescimento econômico e diminuem seus impactos na redução da pobreza. Por isso, o tema desigualdade é central no debate político da região. A pobreza na América Latina seria fruto da desigualdade? E a desigualdade, qual seria a sua causa? é possível haver desigualdade sem pobreza? As respostas a essas questões nos remetem diretamente ao estudo do sistema capitalista, das formações sociais latino-americanas e da colonização empreendida em nosso continente.

CAPITALISMO, OU DESIGUALDADE COMO PRESSUPOSTO
O capitalismo é um modo de produção que possui princípios, dentre os quais se destacam o respeito e a desfesa da propriedade privada dos meios de produção e igualdade jurídica entre todos os atores sociais para realizar contratos livremente. O que isso significa? Em princípio qualquer pessoa pode tornar-se um proprietário de meios de produção e a lei é igual para que todos possam competir em condições de igualdade. Imagine se um proprietário de meios de produção, na prática, é igual a um trabalhador desempregado necessitando de renda! Quando eles se encontram e assinam um contrato, o primeiro comprando e o segundo vendendo sua força de trabalho, temos o encontro de dois atores desiguais, e nessa relação o trabalhador se verá quase na obrigação de aceitar a proposta deste ou de outro propietário. Assim, do ponto de vista capitalista, nunca uma vaga de emprego é criada se não houver a possiblidade de se extrair lucro dessa relação com o trabalhador, do que se depreende que a desigualdade é inerente ao sistema.
E a pobreza? Deriva da desigualdade? Podemos ser desiguais socialmente, mas não termos pobreza entre nós. O que impede que isso se concretize é que o capitalismo pressupõe a acumulção de capital o tempo todo. Essa é a condição para que o capitalista invista na produção e empregue alguém. Dessa forma, na busca incessante por esse objetivo, o lucro é obtido pelo maior preço possível da mercadoria produzida somada à maior economia possível em sua produção. O que acontece então? O capitalista procura vender sua produção - sua, não porque produziu, mas porque se apropriou da riqueza gerada pelo trabalho - pelo maior valor e pagar à mão de obra o menor valor. O que temos como resultado? No limite, riqueza de um lado e pobreza de outro.
Essa é a única causa da desigualdade e da pobreza na América Latina? Certamente, não, mas no sistema capitalista haverá em maior ou menor grau essa combinação, do contrário, o país mais rico do mundo, que econsome 40% dos recursos naturais do planeta para apenas 5% da população da população do globo , não teria pobres. E não são poucos. No caso da América Latina há outras causas associadas, como a colonização e seus reflexos ainda hoje.

 COLONIZAÇÃO LATINA
A colonização empreendida na América Latina fez parte do processo de expansão europeia, iniciado no século XV por Portugal e Espanha. Quando resolveram cruzar o Atlântico, os ibéricos esperavam encontrar regiões que pudessem ser facilmente exploradas do ponto de vista mercantil. Não à toa, nos primeiros anos após a chegada ao Brasil, o governo português arrendou sua exploração a comerciantes que se interessavam pelo pau-brasil, ao passo que os espanhóis tiveram melhor sorte e exploraram de cara metais preciosos. A Espanha tornou-se a maior potência da época por isso. Qual o custo disso tudo? Muito grande, particularmente o genocídio das populações nativas, sacrificadas como lenha para atender àqueles interesses. No Brasil, além dos indígenas, milhões de africanos foram barbaramente escravizados e mortos nesse regime que fazia um trabalhador definhar até a morte, em muitos casos, após sete anos de trabalho.
Quando a escravidão finalmente foi abolida, o que aconteceu? Por aqui, os negros foram largados à própria sorte, impedidos de integrar com algum êxito o sistema que no fim do século XIX por aqui dava as caras. Nesse sentido, além de afirmarmos no tópico acima, há esse reforço explicativo: a pobreza se concentra em populções que foram espoliadas de seu modo natural de vida e que tiveram de se integrar, negros e índios, sem nenhuma alternativa, como cidadãos de segunda classe numa formação socioeconômica que anuncia que perante a lei todos são iguais. Assim, negros e descendentes de índios num continente como o nosso são particularmente marginalizados, num sistema maior que pressupõe a desigualdade como natural e até necessária, pois, como afirmam os autores neoliberais, há a complementeridade de funções, ou seja, é necessário que alguns façam o que outros não estão dispostos a fazer.
Os povos originários pré-colombianos e os africanos para cá arrancados não possuem muito espaço e condições objetivas para retomar seus modos de vida ancestrais, que, no caso de muitas tribos, não só a pobreza, mas mesmo as desigualdades não existiam.

A POBREZA DO PONTO DE VISTA DOS REFORMISTAS
Estudos recentes têm mostrado que para diminuir a pobreza na América Latina são necessários investimentos nas áreas sociais e em setores estratégicos. A educação é um deles. As pesquisas apontam que a cada ano estudado sobem as perspectivas de ascensão social e aumentam as chances reais de emprego e renda. No entanto, filhos de pais que possuem baixa escolaridade têm mais chances de se evadir da escola e ocupar postos de trabalho informais, o que alimenta um novo ciclo de pobreza. Além disso, morando em áreas pouco atendidas por serviços de saúde e saneamento básico, o risco de doenças também aumenta, fazendo com que trabalhadores com baixa escolaridade adoeçam mais e produzam menos, tenham menos renda, estudem menos, tirem seus filhos mais cedo da escola, estejam mais expostos à violência, e assim por diante.
Considerar, no entanto, que a educação por si só resolveria o poroblema, ainda que a longo prazo, é um otimismo ingênuo. Os próprios autores dos estudos apontam como necessárias reformas como a agrária, ampliando o leque de propriedades e desconcentrando a produção e a posse da terra. Isso, por exemplo, diminuiria a população das grandes cidades e os gargalos existentes em torno de serviços públicos. O combate à corrupção e o estímulo à participação dos negócios públicos por parte da população são outras frentes necessárias para que aquele objetivo seja atingindo. Além disso, é preciso que os Estados atuem firme e decididamente no controle do sistema, em sua regulação e na taxação de grandes riquezas, cujo o outro lado da moeda chamas-se miséria. Como fazer isso, no entanto, quando o discurso neoliberal e "moderno" insiste no oposto, afastamento do Estado dos campos social e econômico, como se nada de político existisse neles?
Os estudiosos desse campo apontam como as causas da pobreza as consequências do capitalismo, e não este em si. Daí defenderem reformas no sistema, e não o seu fim.
Dentro dos marcos do capitalismo, a desigualdade continuará existindo, isso é inevitável dada a natureza dos sistema. Podemos discutir, então, se apobreza não pode ser extinta ou, pelo menos, abrandada. Programas sociais, como o Bolsa Família, atenuam de alguma forma a miséria, porém, esse tipo de ajuda sem o necessário desenvolvimento social cria uma rede de pessoas completamente dependentes do Estado, o que estimula as práticas clientelistas e populistas de se fazer política. Enquanto não se aliar crescimento econômico com desenvolvimento social, continuaremos assistindo a esse triste filme: riqueza acumulada de um lado, miséria e pobreza distribuídas do outro.


Fonte: Revista Carta na Escola, Edição n° 48, agsoto de 2010
Fonte das imagens:
www.merionline.com.br
3.bp.blogspot.com
reporter news
colombia virtual
revista perspectivablog
portaldoagronegocio

Uninter promove campanha de arrecadação de livros para o Projeto Rondon

O Grupo Educacional Uninter está arrecadando livros para doar ao município de Laranjal do Jari/AP. A iniciativa partiu dos voluntários da Facinter que participarão do Projeto Rondon na Operação Oiapoque, que é realizada pelo Ministério da Defesa na região Norte.
De acordo com o prof. Marcos Rogério Maioli, coordenador dos alunos do Grupo Uninter no Projeto Rondon, é possível contribuir  com os munícipios, simplesmente doando um livro. Os alunos e professores levarão para a biblioteca do município e também distribuirão a população durante as atividades. “Buscamos contribuir com o futuro desta comunidade e incentivamos a todos que procurem em sua estante aquele livro que há muito tempo não é lido para compartilhar o conhecimento que está parado na sua estante”, explica Maioli.
O coordenador orienta que os doadores escrevam nome e e-mail para que um cidadão  da localidade possa enviar um agradecimento. As doações serão recolhidas dos postos de entrega em todas nas Unidades da instituição: Tiradentes - Rua Saldanha Marinho, 131; Unidade Garcez - Av. Luiz Xavier, 103 e Unidade Divina - Rua do Rosário, 147.
O Projeto Rondon é coordenado pelo Ministério da Defesa, com a colaboração da Secretaria da Educação do Mistério da Educação (MEC) e diversos órgãos civis para integração social por meio da participação voluntária de estudantes universitários.

Fonte: www.paranashop.com.br

Ministro prevê liberação de R$ 270 milhões para a Defesa Civil nos próximos dias


Brasília - O governo federal deve liberar, nos próximos dias, novos recursos para a Defesa Civil nacional. Segundo o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, a expectativa é que a Presidência edite uma medida provisória (MP) liberando cerca de R$ 270 milhões.
"Estamos na expectativa da edição desta MP, o que deve ocorrer nos próximos dias. Com isso, a Defesa Civil [Nacional] terá recursos para atender as demandas que estão surgindo", disse o ministro ontem (9) à Agência Brasil. Até o início da noite de ontem (9), o ministério falava em R$ 500 milhões, estimativa atualizada para R$ 270 milhões esta manhã pela assessoria da pasta.
Em janeiro deste ano, o governo liberou, também por meio de uma MP, R$ 780 milhões em créditos extraordinários para que a Defesa Civil e o Ministério dos Transportes atendessem municípios atingidos por desastres naturais, recuperassem estradas e rodovias e financiassem projetos de prevenção.
Em abril, o secretário nacional de Defesa Civil, Humberto Viana, já falava na expectativa de que uma segunda MP, de R$ 700 milhões, fosse publicada o que não ocorreu.
Ontem (9), o ministro da Integração Nacional esteve em Roraima, onde sobrevoou áreas alagadas da capital, Boa Vista, e anunciou que o governo federal destinará R$ 15 milhões para que o governo estadual auxilie a população afetada pelas chuvas que deixaram o estado em situação de calamidade pública, comunidades isoladas e as principais rodovias interditadas. Segundo o próprio ministro, o dinheiro deve ser liberado a partir da semana que vem.
Hoje (10), foi publicado no Diário Oficial da União a liberação de R$ 25,8 milhões para ações de socorro, assistência e reconstrução em cinco cidades e oito estados. Os municípios, com os respectivos valores, são: Cuparaque (MG - R$ 1,8 milhão); Jerônimo Monteiro (ES - R$ 200 mil); Laranjal do Jari (AP - R$ 600 mil); Juazeiro (BA - R$ 500 mil) e São Lourenço do Sul (RS - R$ 2,4 milhões).
Já os estados são o Paraná  (R$ 2,8 milhões); Alagoas (R$ 2,8 milhões); Minas Gerais (R$ 3 milhões); São Paulo (R$ 1,5 milhão); Espírito Santo (R$ 4,3 milhões); Bahia (R$ 1,2 milhão); Goiás (R$ 1,5 milhão) e Rio Grande do Sul (R$ 3,2 milhão).
De acordo com o ministro, o governo federal está reformulando a Política Nacional de Defesa Civil, procurando, além de qualificar as ações de resposta aos desastres naturais, aperfeiçoar as medidas de prevenção.
"Não basta apenas gastarmos dinheiro com o socorro e a recuperação. É preciso que o Brasil vire este jogo. Precisamos investir mais e mais em prevenção. Evidentemente, isso vai demandar um volume de recursos muito maior", comentou o ministro em Boa Vista.

Fonte:
Alex Rodrigues
Repórter Agência Brasil
Edição: Lílian Beraldo

ACORDO ENTRE PREFEITURA E SERVIDORES DE MACAPÁ DEVE SER FIRMADO HOJE

Reunião discutirá as propostas apresentadas pelo comando de greve e retorno dos profissionais às salas de aula
Professores que atuam na rede municipal de educação deverão decidir o retorno da categoria às salas de aula. Uma nova reunião entre o Sindicato dos Servidores em Educação do Amapá (Sinsepeap) e o prefeito de Macapá, Roberto Góes, juntamente com a secretaria municipal de Educação, Helena Guerra está marcada para ocorrer na segunda-feira (13), no período da tarde.
Na quinta-feira (9), ocorreu uma reunião entre os grevistas e representantes do município para discutir as reivindicações propostas pelo comando de greve, que é um reajuste imediato de 15% e aumentos gradativos até que se chegue ao piso salarial previsto em lei, de R$ 1.187. Em reunião realizada no dia 2 deste mês, o Sinsepeap recusou a proposta apresentada pelo município de Macapá que propunha o fim da paralisação mediante implementação do piso salarial previsto em lei, e a redução das gratificações.
Segundo a secretária Helena Guerra, esta foi a forma encontrada para que a prefeitura não esbarre na Lei de Responsabilidade Fiscal e continue financeiramente viável “Não temos como avançar além disso. O piso, que é garantido por lei à categoria será dado, mas temos que reduzir algumas coisas. Do contrário o município ficará sem receita. Precisamos considerar ainda, a Lei de Responsabilidade Fiscal. Temos avaliado isso para que não cause impactos na folha de pagamento”, explicou.
Ela adianta que as férias de julho dos estudantes podem ser prejudicadas diante dessa situação. “Devido à reposição de aulas, muitos estudantes terão que ter paciência e ficar atentos, pois as férias escolares de julho provavelmente serão comprometidas. Mas a estimativa é que apenas 5% das escolas passem por essa situação”, declarou.

Fonte:Jornal A Gazeta

domingo, 12 de junho de 2011

Professores da rede estadual receberão Notebooks em Outubro

Em  notícia veiculada no dia 24̣̣ de maio de 2011, o site do jornalista Corrêa Neto abordou a promessa do governador de ofertar um noteook para cada professor da rede estadual do estado do Amapá.

Na tarde desta segunda-feira, 23, a Assembléia Legislativa recebeu a secretária de Estado da Educação, Miriam Corrêa. Na oportunidade ela abordou a respeito das dificuldades que a Secretaria estadual de educação está enfrentando. A secretária foi ouvida e questionada pelos parlamentares presentes.
Dentre os questionamentos, o deputado Charles Marques (PSDC) perguntou à Mirian Corrêa, quando os professores receberiam os notebooks prometidos durante campanha eleitoral?
Segundo a secretária, existe 8 milhões para implementar neste projeto e desta forma garantiu que os computadores serão entregues no mês de Outubro, no dia do professor.
O deputado enfatizou também a importância do funcionamento da rede física escolar, pois a mesma deverá ser atuante, porém, isso não acontece. Mas a Secretária informou que pretende colocar para funcionar a rede, pois reconhece a necessidade da atuação deste setor, com o objetivo de fiscalizar as obras em andamento, especificamente da educação.
O deputado se colocou a disposição da secretaria estadual de educação, pois acredita que os poderes devem ser independentes para garantir educação transformadora.

Dois secretários de estado são exonerados

Desgastados politicamente, Mirian Correa, da Educação, e Paulo Figueira, do Meio Ambiente, foram exonerados ontem.
Mirian Corrêa foi atropelada por vídeos que mostrariam seu marido recebendo dinheiro da empresa que tem o contrato de vigilância da SEED. O vídeo não apareceu publicamente, mas, mesmo não havendo indício de que Mirian sabia ou concordava com o fato, ficou fragilizada politicamente, em um momento nevrálgico da Educaçao, com professores em greve e em manifestações diárias, e muitas denúncias de assédio moral contra professores na SEED.
Paulo Figueira, já assumiu fraco. Foi indicado pelo deputado Zezé Nunes, com quem vinha não vinha se entendendo mais, e era alvo de denúncias.
Bastou um vento pra derrubá-lo.

/Fonte: www.alcilenecavalcante.com.br

sábado, 11 de junho de 2011

Importância da vírgula

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Pesquisando pela net encontrei essa preciosidade. Deleitem-se.

Vírgula pode ser uma pausa... ou não.
Não, espere.
Não espere.
Ela pode sumir com seu dinheiro. 23,4.
2,34.
Pode criar heróis..
Isso só, ele resolve.
Isso só ele resolve.
Ela pode ser a solução.
Vamos perder, nada foi resolvido.
Vamos perder, nada foi resolvido.
A vírgula muda uma opinião.
Não queremos saber.
Não, queremos saber.
A vírgula pode condenar ou salvar.
Não tenha clemência!
Não, tenha clemência!
Detalhes Adicionais:
SE O HOMEM SOUBESSE O VALOR QUE TEM A MULHER ANDARIA DE QUATRO À SUA PROCURA.
* Se você for mulher, certamente colocou a vírgula depois de MULHER...
* Se você for homem, colocou a vírgula depois de TEM...

Fonte: Blog do Eldo

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Deputados e empresários discutem alternativas para substituir sacolas plásticas por biodegradáveis


Debate pode antecipar o processo de adaptação da classe empresarial às novas exigências, previstas no projeto. O objetivo é começar a encontrar alternativas que possam tornar viáveis aos empresários adotar as embalagens sustentáveis.
Ambientalistas, donos de supermercados, pequenos comerciantes e deputados discutem hoje (10) no plenário da Assembleia Legislativa, sobre o fim do uso de sacolas plásticas no Eestado. A medida não tem força de lei, já que o projeto – aprovado pelo Legislativo – ainda não teve a sanção governamental. Mas, pretende mudar o comportamento dos lojistas e acabar em três anos com o uso das sacolinhas.
O debate pode antecipar o processo de adaptação da classe empresarial às novas exigências, previstas no projeto. O objetivo é começar a encontrar alternativas que possam tornar viáveis aos empresários adotar as embalagens sustentáveis.
Segundo estudos apresentados por ambientalistas, o Brasil consome 14 bilhões de sacolas plásticas por ano. Quando jogadas nos bueiros, elas entopem as redes de esgoto, causam enchentes, além de poluírem o meio ambiente.
Na tentativa de mudar esse comportamento, alguns estados começam a trabalhar na elaboração de leis para substituir as tradicionais sacolas plásticas por biodegradáveis. O trabalho tem como meta principal a preservação do meio ambiente, e ao mesmo tempo possibilitar na criação de produtos sustentáveis.
O Amapá é a mais recente unidade da federação a adotar a metodologia. Esta semana os deputados aprovaram o projeto que proíbe o uso de sacolas plásticas no Estado. A mudança, caso passe pelo crivo do Executivo, deve ocorrer em três anos.
Se depender da vontade do parlamento, o Amapá se juntará a São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná e Rio Grande Sul. Todos estão procurando regulamentar e restringir o uso de sacolas plásticas.
Macapá também já aderiu ao movimento, e aprovou recentemente o projeto que solicita a prefeitura que crie incentivos fiscais para tornar viável a substituição das sacolinhas por produtos sustentáveis nos estabelecimentos comerciais da capital.
O assunto foi bem recebido pela classe empresarial. A ex-presidente do Sincal, Ana Lígia Barriga, uma das favoráveis pelo fim das sacolas plásticas, disse que os sindicatos serão coesos e estão dispostos a acatar as normas descritas em lei. “Precisamos fazer a nossa parte e preservar o meio ambiente, é responsabilidade de todos”, entendeu.
 “A formulação de uma lei que estimule e crie mecanismos de incentivos para lojas, mercados, comércios, miniboxes ou quais quer estabelecimentos para substituir o material gradativamente por sacolas oxibiodegradáveis será bem vinda”, completou.
As galerias da Casa devem ficar lotadas. O debate está marcada para às 9 horas. O autor do projeto, deputado Zezé Nunes (PV), será um dos coordenadores do trabalho, que deve contar também com todos os integrantes da Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa e representantes do governo. 

Fonte: Amapá Digital





Almeirim terá nova eleição para prefeito


Araci Bentes, ganhou, mas não levou
Uma nova eleição será realizada para a escolha do novo prefeito de Almeirim, no oeste do Pará. A decisão foi tomada por unanimidade pelos ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Os ministros entenderam que é necessária uma eleição suplementar pelo fato de que o número de votos nulos superou a quantidade de votos dados aos candidatos a prefeito em 2008.

Dois dos quatro concorrentes tiveram, depois da eleição, seus votos anulados por causa de indeferimento de registro e cassação de candidatura, o que fez com que o número de votos nulos superasse os válidos.

Um dos eliminados do processo eleitoral foi o candidato eleito, Araci Bentes (PMDB), além do terceiro colocado no pleito, Gandor Hage (PR), que concorria à reeleição. Quem acabou assumindo a prefeitura foi o segundo mais votado, José Botelho (PT).
José Botelho, 2º colocado - Atual prefeito

Dois recursos apresentados por Botelho foram negados. Ele tentou ingressar como assistente no processo em que Gandor teve o registro cassado por juízo de primeira instância.

Relator dos recursos, o ministro Arnaldo Versiani afirmou que não há como o segundo colocado na eleição e atual prefeito do município intervir em processo que diz respeito ao terceiro colocado em 2008, solicitando a sua inclusão como assistente de Gandor Calil, para pleitear a manutenção do registro desse candidato, evitando assim a nova eleição no município.
Vesiani afirmou que a necessidade de realização de eleição no caso, em razão do número de votos nulos ter superado os votos dados aos candidatos a prefeito, após indeferimentos de candidaturas, é algo que faz parte do processo eleitoral.
Gandor Hage, gestor anterior - Teve a Candidatura cassada
“O que há realmente são vicissitudes do processo eleitoral e que as cassações do registro de outros candidatos podem resultar em eleição. Mas isso não dá direito àquele candidato que foi eleito ingressar em processos em que não dizem respeito a ele, mas em outra situação jurídica, e intervir como se fosse a parte, para solicitar aquilo que a própria parte não pleiteia”, destacou .
O ministro lembrou inclusive que o próprio Gandor não recorreu da cassação de sua candidatura. “O que seria um fato curioso, pois teríamos o assistente sem o assistido”, disse o ministro Marco Aurélio.

Fonte: Diário do Pará

JUSTIÇA PROÍBE CORTE DO PONTO DE GUARDAS E INSPETORES MUNICIPAIS QUE PARTICIPARAM DE GREVE EM MACAPÁ

Legalidade do movimento grevista já havia sido declarada pelo judiciário
O Sindicato dos Guardas e Inspetores Municipais de Macapá – SIGMMA obteve antecipação de tutela em demanda movida contra o Município, por meio da assessoria jurídica Wagner Advogados Associados, que proíbe descontos na remuneração em razão da greve ocorrida entre os meses de março e abril deste ano. A decisão foi tomada pelo magistrado da 5ª Vara Cível e de Fazenda Pública, Normandes Antônio de Souza, que também fixou multa de R$ 10 mil em caso de descumprimento.

A legalidade do movimento grevista já havia sido declarada em ação civil pública proposta pelo Município. Segundo o juiz, para que fosse declarada liminarmente a ilegalidade, seriam necessárias provas que demonstrassem o descumprimento das condições estabelecidas na lei 7.783/89, que dispõe sobre o exercício do direito de greve, define as atividades essenciais e regula o atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade. Souza ainda menciona o entendimento do Supremo Tribunal Federal -STF que não inseriu os guardas municipais nas categorias profissionais que desempenham atividade essencial, uma vez que servem à guarda do patrimônio municipal e não à segurança pública.

O integrante do escritório Wagner Advogados Associados, Cesar Farias, diz que a postura do Município Réu, ao editar o decreto que cortou o ponto dos grevistas, foi flagrantemente abusiva:

- Além de o direito de greve estar previsto no texto constitucional, a greve é reconhecida internacionalmente em todas as democracias constituídas como um instrumento legítimo de pressão dos trabalhadores para a conquista dos direitos que entendem justos. Ao proceder ao corte dos dias paralisados, o Município está, na prática, proibindo o direito de greve dos servidores públicos, pois está aplicando uma punição não disposta em lei.

Fonte: Wagner Advogados Associados

quinta-feira, 9 de junho de 2011

O AMAPÁ E SUAS BELEZAS - O ESTADO MAIS PRESERVADO DO BRASIL

Bandeira do Amapá, o desenho representa o formato do Forte de São José
 Florestas de terra firme, várzeas, cerrados, igapós e manguezais formam o Amapá. Macapá, capital do estado, é a única do Brasil cortada pela linha do Equador. Nela se pode observar o equinócio, fenômeno natural ocorrido no momento em que o sol tem sua trajetória alinhada à linha do Equador.
Parque Montanhas do Tumucumaque
Com 143,4 mil quilômetros quadrados de área, no extremo-norte do Brasil, este estado com apenas 16 municípios tem a cobertura florestal mais conservada do País e sua diversidade de ecossistemas no Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque encanta brasileiros e estrangeiros. Pesquisadores e ambientalistas estão migrando para lá, em busca de conquistas científicas e atraídos pela ativa população indígena.
Nome de origem indígena, da nação Nuaruaque, o Amapá também é uma espécie de árvore brasileira da família Apocináceas, que dá um leite e um fruto saboroso em formato de maçã cor roxa, integrante da farmacopéia do mundo amazônico.
Pólo ecoturístico e extrativismo
Cachoeira de Santo Antônio do Jari
Não é bem habitado, apesar de sua vasta extensão. Tem pouco mais de 477 mil habitantes. Faz divisa com o estado do Pará e é fronteiriço ao Suriname e Guiana Francesa. Dispõe de um pólo ecoturístico abrangendo os municípios de Oiapoque, Pracuúba, Tartarugalzinho, Serra do Navio, Macapá, Mazagão e Laranjal do Jari.
De economia baseada no extrativismo vegetal e mineral, o Amapá explora palmito, castanha-do-pará, e madeiras. Manganês, ouro, caulim e granito são os minerais mais encontrados. A produção agrícola limita-se ao cultivo de arroz e mandioca. Na pecuária, predominam as criações de búfalo e o gado bovino.
Fortaleza São José de Macapá
Igreja de São José de Macapá
O setor industrial dedica-se ao processamento mineral, à extração da madeira e à pesca. A costa do Amapá é banhada pelo Rio Amazonas. A capital, guarda relíquia da arquitetura militar do século XVIII, na qual se sobressai a Fortaleza São José de Macapá, restaurada e transformada em centro de atividades culturais.
Monumentos e pororoca
Pororoca no rio Araguari
Monumento do Marco Zero
Entre os pontos turísticos localizados na zona urbana da capital, destacam-se o Monumento Marco Zero do Equador, o Trapiche Eliézer Levy, Museu Sacaca do Desenvolvimento Sustentável e o Mercado de Produtos da Floresta. Com sua costa influenciada pela foz do Rio Amazonas, a zona costeira do Amapá apresenta cenários belíssimos, formados por lagos residuais que abrigam fantástica biodiversidade de fauna e flora flúvio-marinha, onde habitam várias espécies de aves e peixes.
É nessa região que ocorre a pororoca, fenômeno natural do encontro das águas fluviais e águas oceânicas, formando ondas gigantescas que invadem o Continente.
Paisagem tipicamente amapaense
A foz do Rio Amazonas acolhe também o Arquipélago do Bailique, complexo insular formado por oito ilhas que servem de refúgio para aves migratórias. Oferece ainda paisagens naturais de grande beleza onde está sendo criada uma unidade de conservação para atividades de ecoturismo. Em Mazagão, a região de Maracá tem como atrativos sua natureza exuberante e rios encachoeirados.
Beija-flor brilho de fogo
Marrecas, gaviões e guarás
Em Pracuúba, o visitante encontra pássaros e ninhais de excepcional beleza. Também pode ver marrecas, garças, guarás, e gavião-real. E ainda, um grande número de peixes espécies tucunaré e pirarucu. Pratica-se ali a pesca esportiva.
Na porção centro-oeste localiza-se a Serra do Navio, com cobertura de floresta densa de terra firme, e o Rio Amapari, com diversas corredeiras. Ali reina uma espécie rara de beija-flor avermelhado, o conhecido "brilho de fogo".
Castanha-do-Brasil
Biscoito de castanha do Brasil
Residência dentro da Reserva do Iratapuru
Na região sul, encontra-se a Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Rio Iratapuru, com ecossistema rico em biodiversidade e habitado por populações tradicionais. Iratapuru foi criada para manter o equilíbrio ecológico e proporcionar a exploração sustentável dos recursos naturais da região.
Açai, fruta típica da Amazônia
Habitantes da floresta estão envolvidos com o extrativismo da castanha-do-Brasil, transformada em óleo, farinha e, principalmente, em biscoito. A gastronomia amapaense é rica. Entre outros, tem o açaí, fruto de onde se retira o vinho, e pela variedade de temperos de sabor inigualável em peixes e camarões regionais, grelhados, assados ou cozidos, servidos com tucupi e farinha de mandioca.
Pena que as belezas e as riquezas do Amapá não sirvam para a melhoria de vida da população. Enquanto o Amapá é o estado mais preservado do país é também um dos mais pobres do Brasil. Ainda temos que aprender a usar o pontencial natural em benefício dos que aqui vivem.


Produtos Natura, feitos da castanha do Brasil


Beiradão, deu origem a Laranjal do Jari








Fonte: 
www.ariquemesonline.com.br
Fonte das imagens:  3.bp.blogspot
                                  bmutran, simaraviana, spintravel.blogtv, viajeaqui

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Páginas da História do Jari -Conflito no Jari, Revolta do Cezário


Rio Jari, palco da Revolta do Cezário
 Assim como a Guerra de Tróia, a Revolta do Cezário teria ocorrido por causa da esposa do seringueiro José Cezário de Medeiros que diziam ser jovem e muita bonita.
Coronel José Júlio, dono da Jari na época

Ela teria adoecido e precisando de maiores cuidados foi levada para Arumanduba, sede das empresas de José Júlio de Andrade. De Arumanduba ela seria levada para Belém, onde iria receber cuidados médicos. Na sua estadia em Arumanduba o senhor Duca Neno, gerente da empresa de José Júlio simpatizou com ela e, como a mesma não aceitou o seu assédio ele passou a maltratá-la.
O motim contou com o envolvimento de cerca de oitocentas pessoas, entre homens, mulheres e até crianças.

 Segundo Cristóvão Lins, José Cezário começou a arquitetar a revolta a partir de 17 de junho de 1928, após o recebimento de uma carta de sua esposa contando as intenções de Duca Neno e a forma como ela estava sendo tratada em Arumanduba.
Quando o navio, Cidade de Almeirim, responsável pelo abastecimento das filiais e o recolhimento da produção extrativista florestal chegou à vila de Santo Antônio da Cachoeira, em 5 de julho de 1928. Ocasião em que José Cezário prendeu o camandante do navio José Américo juntamente com o restante da tripulação.
Depois do embarque dos revoltosos o navio seguiu pelo rio Jari para a Arumanduba, sede do conglomerado do coronel Zé Júlio.
Embarcação típica da Amazônia;  um barco parecido os revoltosos sequestraram
Chegando em Arumanduba os revoltosos prenderam Duca Neno no porão de um
navio maior, o cidade de Alenquer e rumaram para a cidade de Belém onde Neno seria entregue às autoridades. Nas proximidades de Belém uma corveta da marinha interceptou o navio com os revoltosos e libertou Duca Neno.
De acordo com Lins, a Revolta do Cezário foi o episódio mais negativo da história da empresa Jari e da fase em que a região pertencia ao coronel José Júlio (1899-1948).

Vila de Santo Antônio da Cachoeira; aí teve início a Revolta do Cezário